James H. Cone e a teologia da libertação negra: o discurso Black Power para uma igreja progressista

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Não há nada mais ameaçador na América hoje do que um homem branco com raiva.

Reportagem de 21 de novembro de 2021 da CNN.[1]

Atualmente, é muito comum encontrar nos Estados Unidos cristãos que defendem movimentos sociais anticristãos como o Black Lives Matter. Muitas dessas pessoas parecem estar acríticas em relação ao discurso propagado pela mídia que continuamente defende a ideia de que toda pessoa negra, independente de sua situação real de vida e de suas ações, deve ser considerada como vítima do racismo estrutural. Simples posto: todos os negros seriam vítimas da “supremacia branca”. O caso mais conhecido e que tem sido usado como argumento para essa conversa, é o caso de George Floyd. Um homem negro, que foi morto em uma ação trágica e violenta cometida por um policial branco. A narrativa prevalecente é de que a morte de Floyd prova que a polícia americana usa de brutalidade sempre que se depara com negros. Apesar de os números mostrarem que de fato a violência policial nos Estados Unidos é alarmante, afirmar que os negros e suas comunidades são as maiores vítimas da violência e corrupção policial é uma falácia impetuosa.

Confirmar isso é fácil. Basta uma breve pesquisa em nomes como: Tony Timpa[2] — homem branco, morto em 2017, em situação idêntica a George Floyd, com a diferença de os policiais que o mataram nunca responderam criminalmente; Ella Fresch — mulher branca e policial, morta por espancamento em 2021 que teve medo de sacar sua arma e sofrer represália social; Andrew Coffee IV — um afro-americano, que foi considerado inocente em todas as acusações de assassinato, pelo mesmo motivo (e na mesma semana) que Kyle Rittenhouse (o jovem branco, acusado pela mídia como “supremacista branco” por ter atirado em três pessoas brancas que o atacaram). Em ambos os casos, o julgamento concluiu que os jovens agiram em legítima defesa. Neste caso, Coffee era acusado de atirar contra os policiais durante uma operação antidrogas em sua casa e mesmo assim foi inocentado das acusações. O que chama a atenção é como nenhum desses casos teve repercussão nacional como o caso de George Floyd. Provavelmente porque não se adequavam às pré-condições básicas da narrativa: a supremacia branca e o julgamento (injusto) que tem como base o racismo estrutural.

Sobre a afirmação de que a violência policial estaria então conectada especialmente a questões raciais, o professor Roland G. Fryer, Jr., do departamento de economia da Harvard University, afirma que de fato “as questões são espinhosas e as conclusões que alguém pode tirar sobre o preconceito racial são repletas de dificuldade.” Mas baseado em uma extensa pesquisa realizada por ele, defende que “Os dados mais granulares sugerem que não há preconceito racial envolvido nos casos de morte por tiroteio policial.”[3] É verdade, todavia, que existe violência policial nos Estados Unidos (e no mundo). Existir o racismo e a extrema desigualdade socioeconômica é uma realidade cruel. Mas seria, de fato, a questão racial a raiz de todos os males sociais?

Infelizmente esta é uma retórica que muitos cristãos nos EUA estão aceitando como sendo verdadeira. No entanto, me parece que o que estamos assistindo por aqui, é o resultado de algumas décadas de um cristianismo que é raso em conhecimento bíblico e que em nome do “ser progressista” e em nome do “amor” abriu mão de credos fundamentais da fé cristã. Parece também que muitos cristãos esqueceram (ou não conhecem) a história do cristianismo. Não se lembram de importantes nomes de homens e mulheres, que justamente por serem protestantes, lutaram contra as injustiças sociais sem precisarem se filiar a movimento ideológicos. O que se vê posto nas igrejas hoje parece ser fruto de sementes que foram lançadas em meados dos anos 1950, época dos movimentos dos Direitos Civis nos Estados Unidos. Todavia isso não aconteceu de forma aleatória, nem orgânica. Tais ideias foram construídas por pessoas que, intencionalmente ou não, semearam ideias no passado que ecoam até hoje.

Um dos nomes de maior relevância para o entendimento de como essas ideias foram aos poucos penetrando a igreja cristã americana é James H. Cone. Recentemente traduzido para o português e publicado no Brasil, Cone é um dos grandes nomes da “Teologia da Libertação Negra”, perspectiva teológica fundada por ele por volta de 1960. Esta, no entanto, é o braço teológico mais poderoso, plantado dentro das igrejas cristãs, do revolucionário movimento “Black Power” lançado pelo mulçumano Malcolm X. Em seu livro The Cross and the Lynching Tree, Cone afirma que era necessário o desenvolvimento de uma “nova teologia”, uma vez que a teologia cristã era “muito branca”,[4] pois seguia um modelo europeu de interpretação bíblica. Tal como a Teologia da Libertação, ele afirmava que esse modelo teológico “branco” era incapaz de dar respostas às complexidades sociais geradas pelo sofrimento dos negros.

Para Cone, se a cruz é o símbolo cristão do sofrimento, a “árvore do linchamento” (onde os negros eram brutalmente espancados e mortos na época da escravidão) era o símbolo máximo do sofrimento dos negros americanos e a prova de que os brancos são os verdadeiros opressores. Cone também acreditava que quando o sofrimento é vivido coletivamente, a fé é provada de forma ainda mais desafiadora (o que é verdadeiro), mas destaca que o maior pecado dos cristãos brancos era negar a existência de uma “supremacia racial branca” na sociedade americana e, portanto, estariam negando o pecado original verdadeiro: o pecado do racismo.

James Cone nasceu em Arkansas em 1938. Em suas próprias palavras, no “estado do linchamento, em uma época em que “os brancos eram virtualmente livres para fazer qualquer coisa com os negros e impunemente” e onde “as cruzes da Ku Klux Klan eram uma realidade familiar”. Ele escreve por volta de 1969, dois anos após o motim racial de Detroit[5] e um ano após o assassinato de Martin Luther King Jr. As histórias trazidas por ele são, de fato, de fazer doer a alma de qualquer leitor. São relatos reais, e trazem à luz a sensação de desamparo e o desespero sofridos por tantos negros americanos. Em seu livro, Cone relata que entendeu pertencer a ele a “responsabilidade de abordar a grande contradição que a supremacia racial branca representava para o cristianismo na América”. Para tanto, recorreu a duas figuras históricas que serviram de guia para suas ideias, tendo como objetivo integrar sua “negritude e seu cristianismo”. De um lado, Martin Luther King Jr. e o movimento dos Direitos Civis, e do outro lado, Malcom X. Cone explica que abraçou as duas ideias por reconhecer nestes diferentes elementos que poderiam “se complementar e se corrigir”, trabalhando para o mesmo objetivo: “a libertação dos negros da supremacia branca”. Sua esperança era “dar voz às vítimas negras“, com o objetivo de que “os americanos brancos pudessem olhar para o terror que infligiram à sua própria população negra  — escravidão, segregação e linchamento” para que pudessem então “ser capazes de entender o que está vindo para eles[6] no presente momento histórico.

Não é minha intenção negar que Cone traz para a luz a tragédia do sofrimento gerado pela escravidão, assim como revela importantes elementos de um período de segregação racial vivenciados pelos norte-americanos. Mas é minha intenção aqui afirmar que o objetivo principal de James Cone, nunca foi o de escrever um livro de histórias apenas. Sua prioridade era desenvolver um tratado para uma nova perspectiva teológica, centrada na pregação da cruz de Jesus como um paralelo ao sofrimento da árvore do linchamento, e tendo como o a priori da interpretação bíblica o sofrimento dos negros e o combate à “supremacia branca”. E é a proposta teológica de James Cone, a Teologia da Libertação Negra, contida por trás dos relatos e histórias de seu livro, o que realmente ecoa até os dias atuais.  Logicamente, um leitor distraído, levado apenas pela emoção, pode pensar que Cone era apenas um pastor simples que queria proteger a sua comunidade. Todavia, ao prestar mais atenção, tendo como crivo a Bíblia e a História do Cristianismo, é possível perceber que James Cone foi um formador de opiniões radical, que semeou dentro das comunidades negras americanas, desde os anos 1960, a ideia de que só existem dois lados: o lado do opressor e o lado do oprimido. Se você não está de um lado, certamente está do outro.

São os frutos dessas sementes que podem ser vistos hoje em muitas igrejas cristãs americanas e seminários teológicos. Mas, infelizmente, muitos cristãos não estão cientes de quanta influência negativa as ideias de James Cone e de outros teólogos que pregam a libertação por via da ação social revolucionária têm sobre a igreja evangélica nos dias atuais. James Cone segue como um dos maiores influenciadores do movimento pela justiça social nos Estados Unidos. Ele é amplamente citado por teólogos e pessoas importantes dentro dos movimentos sociais tais como Jemar Tisby[7] e o autor mais conservador Mika Edmondson,[8] entre outros. No modelo teológico proposto por James Cone, a interpretação bíblica deveria ocorrer tendo como ponto inicial o sofrimento dos negros. Todavia, a questão que surge após a leitura de seu livro é: quanta reconciliação racial de fato aconteceu desde os primeiros escritos de James Cone? E mais, poderia o modelo teológico proposto por Cone ser um modelo bíblico de libertação para todos os povos? Ao pensar em termos teológicos e bíblicos, qual é a contribuição histórica da Teologia da Libertação Negra em realmente libertar os negros da opressão e da pobreza?

Dr. Anthony B. Bradley, autor do livro Liberating Black Theology afirma que as ideias de Cone não são apenas uma “teologia baseada na pessoa negra, não autônoma, que é uma vítima quase permanente da agressão branca, mas é também um sistema teológico separatista”,[9] e tudo, segundo ele, em nome da contextualização. Para este autor, o ponto de partida de Cone, onde ele afirma que a identidade negra é sempre a do ser vítima (oprimido), fornece na verdade “uma antropologia teológica falha”. Isto porque James Cone escreveu uma teologia negra, que apresenta uma interpretação da Bíblia a partir da perspectiva dos negros, para a libertação dos negros, onde todo o cristão branco tem apenas um lugar: o lado do opressor.

De acordo com James Cone, os cristãos brancos são incapazes, até hoje, de entender ou de se relacionar com o sofrimento da árvore do linchamento porque eles têm uma visão de mundo (de)formada pela “supremacia branca”. Sendo assim, a dívida branca para com os negros é impagável e, na prática, a reparação e a restituição dos danos causados pelos brancos aos negros nunca poderão ser completamente pagos. Como seria possível, então, para esta perspectiva teológica, a restauração e a reconciliação entre as pessoas de diferentes raças? A resposta é simples: tal reconciliação é idealmente impossível.

Mesmo eu, que deveria ter certo “lugar de fala”, se considerarmos os padrões da interseccionalidade[10] tão defendido pelos movimentos de justiça social atual — uma vez que sou uma mulher latina vivendo como imigrante nos Estados Unidos — na teologia de Cone, eu não encontro lugar. Sou “muito branca” e, portanto, opressora. Todos os argumentos utilizados por mim neste artigo, ao serem analisados por teólogos da libertação negra, “podem” ser invalidados por causa da cor da minha pele e por minha situação social. Neste caso, não é a realidade dos fatos, a história, nem a argumentação racional que prevalece no debate, mas sim o espectro racial/social/econômico no qual eu me encontro.

Todavia, em meu trabalho como agente social de combate ao tráfico de pessoas para fins de exploração sexual, eu recebo diariamente notícias de mulheres/meninas que são vítimas do abuso e da exploração. Recebo notícias de meninas (e meninos) estupradas(os) violentamente, e de pessoas vendidas como commodities. Ainda hoje, muitas pessoas são escravizadas, e dados de agências americanas mostram que existem mais pessoas vivendo em situação de escravidão hoje, do que em todos os outros períodos da história. Estima-se que 40 milhões de pessoas estejam presas à escravidão moderna em todo o mundo. Essas pessoas são mulheres/homens, meninos/meninas, heterossexuais/homossexuais, negros, europeus, asiáticos. Muitas(os) são brasileiras(os) e americanas(os), e apesar de não terem a aparência de “oprimido” tal como descrito por James Cone, eles/elas são oprimidos! Neste caso, que respostas a Teologia da Libertação Negra poderia então oferecer aos brancos, de diferentes nacionalidades que estão também em sofrimento social/econômico? O que dizer aos asiáticos que aparecem em disparado nas estatísticas de tráfico de pessoas? E todos os outros americanos, com a pele branca, sofrendo com a pobreza e a miséria? Para estas pessoas, a Teologia da Libertação Negra não tem nada a oferecer?

Interessante que, ao contrário da ideia proposta por James Cone de que todos os cristãos americanos brancos eram (e são) opressores, e de que os cristãos deveriam se envergonhar de seu passado racista, é possível verificar que muitos cristãos na história se levantaram contra a escravidão e o racismo. A última carta entre o evangelista John Wesley e William Wilberforce escrito em 1791 é um exemplo disso:

Li esta manhã um trato escrito por um pobre africano, eu estava particularmente atingido pela circunstância, que um homem que tem uma pele negra sendo injustiçado ou indignado por um homem branco, não pode ter reparação; é uma lei em todas as nossas colônias que o juramento de um homem negro contra um branco não vale nada. Que tirania é isso!”

Mas se os motivos citados anteriormente que demonstram a minha relutância com a assimilação do material de Cone por parte dos brasileiros não são suficientes para que recebam seus escritos com olhar atento e crítico, vale ressaltar que a Teologia de Libertação Negra de James Cone incorpora em suas ideias uma divisão sociológica das raças que não é bíblica. Isto é, a divisão das raças tal como usada por ele não existe na Bíblia como um conceito formal. Deus criou a raça humana, de um homem, Adão, e o pecado veio por meio deste homem que representa toda a humanidade. Por causa disso, foi possível para Jesus, ao mesmo tempo homem e Deus, salvar a raça humana. Biblicamente, é possível encontrar apoio para a ideia de diferentes etnias, povos/nacionalidades, dois sexos diferentes (masculino e feminino), mas não para a diferença de raças tal como proposto hoje em dia, e como usado por Cone. Foram as ciências e os estudos sociais/antropológicos que designaram o termo “raça” para as diferenças entre as características relacionadas à aparência física das pessoas. O evolucionismo darwiniano pode ser facilmente usado para sugerir que algumas “raças” são superiores/inferiores a outras. Darwin escreveu uma vez: “Em algum período futuro, não muito distante como medida em séculos, as raças civilizadas do homem, quase certamente, exterminarão e substituirão as raças selvagens achadas do mundo”.

A história já tem provas de que mãos erradas, a ideia de “supremacia racial” tal como colocado por Cone, pode se tornar uma interpretação bíblica racista muito poderosa. Esta perpetua o ódio, a divisão e a opressão. Sobre isso, Dr. Bradley afirma que:

“Basta olhar para os líderes da segunda geração da teologia da libertação negra para descobrir o quão longe a teologia da libertação negra se aventurou, porque muitos teólogos negaram pontos de partida ortodoxos, como a autoridade final das Escrituras, definições bíblicas de pecado e redenção, as doutrinas de Deus e redenção por meio da expiação substitutiva e semelhantes.”[11]

O autor negro Samuel Say vai ainda além ao falar de James Cone. Ele afirma que as ideias de Cone são “doutrinas heréticas”. Ele escreveu: “A Teologia da Libertação Negra troca o poder de Deus pelo poder negro. Ela troca a supremacia de Cristo pela supremacia negra. A Teologia da Libertação Negra é construída sobre uma base de amargura e vitimização, com a justiça social como sua pedra angular.[12]

A verdade pura e simples é que James Cone foi capaz de construir sua perspectiva teológica apenas porque ele tinha como base fundamental as ideias adotadas do Marxismo e da Teoria Crítica das Raças, o que já era uma realidade para a Teologia da Libertação amplamente disseminada em seu tempo. Os princípios básicos destas ideias se inserem em uma ampla gama de outras teorias que agora são chamadas coletivamente de “wokeness”. Estas são: Teoria Queer, Teoria Pós-colonial, Estudos de Gênero, Teoria Crítica e muitas outros mais. Tais teorias apresentam uma visão de mundo diferente (e oposta) daquela que a Bíblia apresenta. Elas têm sua própria epistemologia e um conjunto diferente de éticas. Em todas essas, é comum encontrar as palavras como “supremacia branca”, negritude/brancura, interseccionalidade e outras. Essa linguagem não está apenas presente nos escritos de James Cone, mas é um argumento comum dentro de todas essas ideologias não-bíblicas. Cada palavra tem um significado técnico, com um conceito sociológico e ideológico por trás, e nunca são usadas por seus autores sem uma intenção particular. Por causa do espaço aqui, não será possível definir cada termo, ou apresentar as teorias por trás dos mesmos. Mas é central para esta reflexão o questionamento da necessidade de apropriação desses termos e ideias pela Teologia Cristã, tal como propõe a Teologia da libertação negra.

Parece-me que quando os teólogos tentam abraçar muitos conceitos ideológicos, eles tendem a perder os aspectos bíblicos fundamentais do Evangelho. Dietrich Bonhoeffer, ao escrever sobre o “bem-aventurado os pobres” no Sermão da Montanha, em seu livro O Custo do Discipulado, explica isso de uma forma ainda mais dura e brilhante. Ele escreveu:

“O Anticristo também chama os pobres de bem-aventurados, mas não por causa da cruz, que abraça toda a pobreza e a torna uma fonte de bênção. Ele luta contra a cruz com ideologia política e sociológica. Ele pode chamá-lo de cristão, mas isso só o torna um inimigo ainda mais perigoso.[13]

Por fim, devemos sempre nos levantar para reafirmar que no cerne do pensamento cristão, o que inclui a Reforma Protestante, existe uma preocupação profunda com a justiça que não carece de nenhum outro aparato ideológico. Na justiça bíblica, podem ser reconhecidos importantes aspectos de justiça social tal como a defesa do direito e a proteção das mulheres/viúvas, dos órfãos e os direitos do imigrante. No livro de Atos encontramos um modelo de “comunhão radical” que pode servir de exemplo para a necessidade de reconciliação entre povos que o mundo atual possui. No modelo bíblico, a unidade entre os crentes é resultante dos dons do Espírito Santo e do amor entre os cristãos que “tem tudo em comum”. A transformação social vista desde a igreja primitiva nunca teve influência de nenhuma ideologia humana, nem precisou de ações humanas revolucionarias especificas. A unidade, guiada pelo Espírito Santo, foi suficiente para transformar as pessoas e a sociedade ao seu redor. Essa transformação social pode ser vista também na história da igreja e no estudo dos grandes avivamentos, tal como no caso do Avivamento de Gales. Ao ler textos tais como Gálatas 6, em conjunto com 1Tessalonicenses 3, é possível entender que essa profunda comunhão entre os cristãos pode ser tão poderosa, que pode transformar todo o mundo circundante, sendo um testemunho de um modelo transformador bíblico e efetivo. A igreja está em uma missão, e é a missão de Deus, e a tradição cristã, que segue o modelo bíblico verdadeiro, deve refletir essa mensagem de unidade.

O problema não é a cor da nossa pele. O problema é, e sempre foi, o coração pecador do homem. Todos os seres humanos são capazes de ferir outros. Independente da sua cor, apesar da sua etnia, apesar da sua posição socioeconômica. Ao viverem longe de Deus, todos os seres humanos são capazes de fazer mal aos outros. O poder do Evangelho, somado ao poder de uma igreja cheia do Espirito Santo, é o que precisamos para superação de todas as relações de opressão que tem como motor não as questões de raça, mas o problema do coração pecador dos seres humanos. Espero que você se lembre disso quando James Cone chegar até você, ou na próxima vez que ouvir o termo “supremacia branca”.

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[1] https://www.cnn.com/2021/11/20/us/angry-white-men-trials-blake-cec/index.html

[2] https://www.nationalreview.com/news/tony-timpa-suffered-the-same-fate-as-george-floyd-but-received-none-of-the-attention/

[3] https://scholar.harvard.edu/files/fryer/files/fryer_police_aer.pdf

[4] James Cone. The Cross and the Lynching Tree. pp. xv.

[5] https://www.history.com/topics/1960s/1967-detroit-riots

[6] James Cone. The Cross and the Lynching Tree. pp.vxii

[7] https://jemartisby.com

[8] https://twitter.com/travismcneely/status/992943986049503233

[9] Anthony B. Bradley Liberating Black Theology. Crossway. Edição Kindle.

[10] https://www.politize.com.br/interseccionalidade-o-que-e/

[11] Anthony B. Bradley, Liberating Black Theology. Crossway. Edição Kindle.

[12] Encontrado em: https://slowtowrite.com/the-history-and-heresy-of-black-liberation-theology/

[13] pp. 121 In: https://df34e017f9c26b9c7b00-b8e800764aa7fb8b32de2e07e74ef69f.ssl.cf2.rackcdn.com/uploaded/t/0e8233652_1547052993_the-cost-of-discipleship-bonhoeffer.pdf

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