Uma Constituição para as nossas comunidades em miniatura: A família como uma célula de resistência

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No livro A opção beneditina, bem como em sua sequência, Live not by lies [Não viva de mentiras], Rod Dreher aborda os passos que os crentes cristãos necessariamente devem dar para se prepararem para as provações que se aproximam rapidamente. Nosso país parece estar prestes a enfrentar dias sombrios. O número de crentes cristãos nos Estados Unidos diminui a cada ano, ainda que parte dessa estatística se refira a cristãos nominais que deixam de se identificar como tais, em qualquer sentido. O impacto de tudo isso tornou-se particularmente óbvio no campo da sexualidade humana, em que (mesmo em igrejas ostensivamente evangélicas) o ensino bíblico é amplamente desconsiderado. No ano passado, a Noruega aprovou uma lei que torna ilegal criticar a homossexualidade ou a transexualidade, seja em público ou em privado, com penas de prisão de um a três anos. Um deputado finlandês está sendo julgado neste momento simplesmente por ter enunciado os ensinamentos da Bíblia sobre a homossexualidade. Este mês, o Canadá tornou ilegal exortar alguém a se arrepender de desejos homossexuais. Há muita gente nos Estados Unidos defendendo leis semelhantes (o futuro dirá se essas pessoas terão sucesso).

A família, insiste Dreher, é um dos principais baluartes contra os problemas que se aproximam. Ele chama as famílias de “células de resistência” contra os ataques de um mundo hostil.

Essa convocação para a guerra tem uma longa história na igreja cristã, remontando à igreja primitiva. À medida que a tradição se desenvolvia, muitos teólogos se apropriaram da tradição política clássica da Grécia e de Roma e a transformaram. No centro do seu pensamento estava a ideia de que a formação de um estado virtuoso tem de começar com o indivíduo e a família.

Pedro Mártir Vermigli, um reformador protestante italiano, apresenta um bom exemplo dessa tradição em seu comentário sobre a Ética a Nicômaco, de Aristóteles, publicado postumamente (1563):

Entre esses temas morais, a ética vem seguramente em primeiro lugar, seguida pela economia e, finalmente, pela política. Para mim, essa ordem é circular. Por meio da ética, os que a estudam se tornarão, um a um, bons homens. Se eles se mostrarem íntegros, criarão boas famílias. Por sua vez, famílias firmadas em princípios corretos criarão boas repúblicas. E, em boas repúblicas, tanto a lei como a administração visarão nada menos do que cada homem se tornar um bom cidadão, pois têm olhos não apenas para o corpo, mas também para o espírito, e cuidarão para que os cidadãos vivam de acordo com a virtude.

Neste artigo, não examinarei a ideia da família como uma pequena comunidade em geral (por mais importante que ela seja), mas a necessidade de que essas comunidades sejam devidamente formadas e reguladas por meio da prática da catequese, que tem uma longa e venerável tradição nas igrejas cristãs.

Essa tradição é de vital importância hoje. Sem um vigoroso programa de educação e instrução cristã nas nossas famílias, qualquer sucesso alcançado na comunidade mais ampla não terá importância. Muitos cristãos, justificadamente preocupados com o estado da sociedade, cometem o erro de não começar pelo próprio lugar onde podem realmente ter um impacto significativo: suas próprias casas. Se não conseguimos pôr a nossa casa em ordem, o que nos faz pensar que seremos capazes de pôr a nossa comunidade, estado e nação em ordem? Mais importante ainda, obviamente, é que o bem-estar eterno dos nossos filhos está em jogo.

O teólogo luterano dinamarquês Niels Hemmingsen colocou bem esse “foco na família” em sua obra de 1562, On the law of nature [Sobre a lei da natureza]:

Mas como o homem é, por assim dizer, uma comunidade em miniatura, o resultado é que as virtudes da alma pelas quais a integridade do estado do homem é preservada devem ser transferidas para a sociedade e para os domínios dos homens. Pois, por essas quatro virtudes — a prudência, a temperança, a coragem e a justiça, — as sociedades dos homens são preservadas, ou seja, suas famílias e comunidades.

O homem é uma comunidade em miniatura, assim como a família. A reforma da nossa sociedade deve começar no lar.

Por que precisamos catequizar a resistência

Quando pensamos nos imensos desafios espirituais e morais que nossos filhos enfrentarão nos próximos anos, precisamos procurar orientação nas Escrituras. A Bíblia orienta os pais cristãos a criarem seus filhos “na disciplina e instrução do Senhor” (Efésios 6.4, ESV; a versão King James da Bíblia usa a conhecida redação “na criação e admoestação do Senhor”). O que quer dizer isso?

Em primeiro lugar, significa ensinar à nossa família todo o conselho da Palavra de Deus. Isso é o que está indicado pela palavra “disciplina” ou “criação”. O uso de “criação” na versão King James capta o sentido holístico da palavra, que não é simplesmente corrigir o mau comportamento. Em segundo lugar, significa “admoestar” os nossos filhos. Isso inclui instrução, mas também inclui correção quando um deles se desvia. Considerado como um todo, o versículo de Efésios 6.4 dá aos pais uma grande responsabilidade: Deus nos confiou o desenvolvimento espiritual e intelectual dos nossos filhos. Precisamos ensinar-lhes o evangelho, precisamos ensinar-lhes “todo o conselho de Deus” (Atos 20, 27) e precisamos ensinar-lhes como pensar na cultura e em todas as influências que incidirão sobre eles neste mundo. Temos de estar vigilantes: os nossos filhos serão bombardeados com ideias contrárias à Palavra de Deus. Elas chegarão até eles nas escolas, nos programas de TV que assistem, na música que ouvem e nas conversas que têm com os amigos. Eles se defrontarão com uma infinidade de inverdades morais e teológicas a cada esquina. Não será fácil lutar contra essa situação, mas precisamos fazê-lo. Deus requer isso dos pais.

Vemos esse imperativo no Antigo Testamento também. A passagem de Deuteronômio 6.7, falando a respeito dos mandamentos de Deus, diz aos pais: “[…] e as ensinarás a teus filhos e delas falarás sentado em casa e andando pelo caminho, ao deitar-te e ao levantar-te.” Falar das coisas do Senhor deve ser uma constante nas nossas conversas em família, a cada minuto, a cada hora, dia a dia. Nossos filhos têm de saber o que é verdade sobre Deus e sobre si mesmos e devem aprender a avaliar o mundo segundo esse padrão.

A passagem de Provérbios 22.6 nos mostra o que devemos fazer: “Instrui a criança no caminho em que deve andar, e mesmo quando envelhecer não se desviará dele”. Deus determinou tanto o meio (treinamento) quanto o fim (não o início) da salvação e proteção espiritual de nossos filhos.

Se não ensinarmos aos nossos filhos o que Deus exige e o que ele proíbe, e como discernir uma coisa de outra, eles ficarão totalmente indefesos em um mundo de trevas. Nossos filhos devem ser vacinados contra todas as cepas de incredulidade por meio de uma exposição constante às verdades das Escrituras. Eles precisam ver e saborear a bondade de Jesus Cristo em sua Palavra para que, como diz o hino, as “coisas da terra empalideçam cada vez mais, à luz de sua glória e graça”. Deus dá aos pais essa responsabilidade extraordinária.

O debate sobre qual tipo de educação é melhor (pública, privada ou em casa) é uma constante nos meios cristãos. Não vou resolver esse debate aqui, mas posso afirmar uma coisa com confiança: seja qual for a forma escolhida para dar educação geral a seus filhos, você continua responsável diante do Senhor por instruí-los nas coisas do Senhor. Se você optar por enviá-los para uma escola pública (ou privada), não poderá se tornar passivo quanto a isso. Principalmente em uma escola pública, seus filhos vão ouvir muita coisa contrária à Palavra de Deus. A situação piora a cada dia. Ainda mais significativa será a pressão social que eles sofrerão para aceitar as concepções morais modernas (sobre sexualidade, família e muitas outras coisas). Isso significa que os pais precisam saber a que seus filhos estão sendo expostos e devem dar-lhes os instrumentos para resistir a essas ideias e forças sociais. Isso não é opcional. A pressão exercida sobre os nossos filhos para que se ajustem é imensa.

Como catequizamos a resistência?

Em termos práticos, como “instrui(r) a criança no caminho em que deve andar?”. Provavelmente, há muitas maneiras, mas algumas, em particular, resistiram à prova do tempo. A primeira é a mais simples: precisamos ler constantemente as Escrituras para os nossos filhos e encorajá-los a também ler e meditar sobre elas em oração. O apóstolo Pedro disse isto sobre a Palavra de Deus: “Fostes regenerados não de semente perecível, mas imperecível, pela Palavra de Deus, que vive e permanece” (1Pedro 1.23). Não temos esperança, se não nos alimentarmos constantemente da Palavra. Também devemos ajudar nossos filhos a memorizar a Palavra, como vemos em Salmos 119.11: “Guardei a tua palavra no meu coração para não pecar contra ti”.

Outra maneira pela qual podemos cumprir nossa responsabilidade bíblica de instruir nossos filhos nas coisas do Senhor é catequizando-os. A catequese remonta aos primeiros dias da igreja cristã (o primeiro catecismo, o Didaquê, talvez date do primeiro século). Na sua forma mais básica, um catecismo é simplesmente um resumo das verdades centrais das Escrituras. O Credo dos Apóstolos e o Credo Niceno eram, de certa forma, simples catecismos (embora, por serem credos, tivessem mais autoridade na igreja primitiva). Alguns catecismos na igreja primitiva eram mais longos, tomando a forma de tratados, tais como os de Cirilo de Alexandria, Gregório de Nazianzo, e, mais tarde, no início da era da igreja, o de João Damaceno. A prática da catequese continuou durante o período medieval (veja, p. ex., o Catecismo de Tomás de Aquino) e floresceu também na época da Reforma protestante. Alguns dos catecismos protestantes mais famosos são os catecismos Maior e Menor de Martinho Lutero, o catecismo de Heidelberg e os catecismos Maior e Breve de Westminster. Curiosamente, muitos catecismos, desde a igreja primitiva até a época da Reforma, são organizados segundo a mesma estrutura, com seções principais explicando o Credo dos Apóstolos, os Dez Mandamentos e a Oração do Senhor. Que verdades bíblicas podem ser mais importantes do que essas?

Uma terceira maneira de ensinar as coisas do Senhor diligentemente aos nossos filhos é a prática do culto familiar, que também tem uma longa tradição na história da igreja. O culto familiar, assim como a catequese, é uma prática simples. Ele pode ser apenas ler e discutir uma seção da Bíblia, orar em conjunto e cantar um hino. Esses são os elementos centrais da adoração, biblicamente falando, e são, de fato, tudo o que é necessário para um breve período de culto familiar diário.

Algumas sugestões práticas podem ser úteis aqui. Em nossa família, abordamos a catequese da seguinte forma (nós educamos nossos filhos em casa, então isso pode ter contornos diferentes de acordo com a realidade de cada família). De manhã, o dia da escola começa com a Bíblia sendo lida para os nossos filhos reunidos. Em seguida, eles trabalham em um ou dois versículos para memorizar. Finalmente, eles recitam a pergunta da semana do Breve Catecismo de Westminster. Isso leva cerca de vinte minutos (total para quatro crianças). Depois, nossos filhos estudam ciências, matemática, literatura e todo o resto. Nas tardes de domingo, passamos um tempo revisando e discutindo um número maior de questões do catecismo (geralmente de 5 a 10). Isso geralmente leva cerca de uma hora. Toda noite, imediatamente após o jantar, temos um tempo de culto familiar que consiste em ler a Bíblia, discutir brevemente o texto, orar e cantar um hino. No total, gasta-se cerca de meia hora. Se você se sente intimidado pela ideia de discutir o texto bíblico no culto familiar, talvez se sinta mais à vontade usando o Guia Bíblico de Adoração Familiar (também disponível em uma versão mais barata). Ele fornece um par de parágrafos curtos para cada capítulo de toda a Bíblia, com foco em aplicações concretas do texto. Também temos hinários para cada membro da família.

A forma específica de fazer qualquer uma dessas coisas (ou todas elas) não é o mais importante. Também não importa a quantidade de tempo gasto. Alguns podem achar melhor fazer o culto familiar pela manhã; outros, durante o almoço. Alguns podem achar que o catecismo funciona bem durante a aula em casa; já para outros, é melhor fazer à noite. Quanto tempo você deve gastar no culto familiar? Mantenha-o curto. Esse não é um culto completo. Vocês só tem 15 minutos? Então passem 15 minutos em família com as Escrituras. Pense no impacto que 15 minutos por dia lendo a Palavra de Deus e orando juntos terão ao longo da vida de uma criança. Dezoito anos de 15 minutos por dia são 1642 horas. Talvez vocês deixem de fazer o culto alguns dias. Não deixe passar essa oportunidade só porque não consegue manter uma constância perfeita. Cada pouquinho ajuda. Nossos filhos serão bombardeados no mundo com muita coisa contrária à Palavra de Deus. Catequese e adoração familiar são duas formas de combater esse mal. Tudo isso deve ser feito no contexto de amorosa e coerente disciplina dos nossos filhos. Para ver o quanto a disciplina é importante (e difundida) na Bíblia, veja: Deuteronômio 8.5; Jó 5.17; Salmos 94.12; Provérbios 3.11-12; 5.7-14, 22-23; 6.20-24; 12.1; 13.24; 15.10; 19.18; 23.13; 25.15; 29.17, 19; Efésios 6.4; Hebreus 12.3-11.

Às vezes ouço pessoas dizerem que coisas como: catequese e culto familiar não são exigidas nas Escrituras. Está certo. Mas é exigido que criemos nossos filhos na instrução e admoestação do Senhor. Ensiná-los diligentemente, falando com eles sobre a Palavra de Deus quando nos assentarmos em nossa casa, quando andarmos pelo caminho, quando nos deitarmos e quando nos levantarmos é exigido. É exigido que ensinemos a criança no caminho em que deve andar. Se você sabe de uma maneira melhor do que a catequese e o culto familiar para fazer tudo isso, então ponha em prática! Mas não negligencie a educação espiritual de seus filhos. Faça da maneira que quiser, mas faça. A felicidade eterna dos seus filhos depende disso.

Um quarto aspecto da instrução dos nossos filhos nas coisas do Senhor nos faz passar da família para a igreja. O texto de Hebreus 10.25 nos lembra que não devemos deixar de nos reunir coletivamente como povo de Deus. É a pregação da Palavra de Deus que salva (1Pedro 1.23). Somente quando estamos reunidos em adoração é que somos fortalecidos pela Ceia do Senhor (1Coríntios 11.17). A catequese e o culto familiar são vitais, mas devem ser feitos no contexto da igreja. Foram os pastores e presbíteros da igreja que receberam de Deus a responsabilidade de pastorear as almas do povo de Deus, e eles terão que prestar contas a Deus sobre sua obediência fiel (Hebreus 13.17). João Crisóstomo, pastor do quarto/quinto século pregou
corretamente que “o lar é uma pequena igreja” (Homilia 20 sobre Efésios), mas é uma pequena igreja que não pode prosperar (ou mesmo sobreviver) sem uma conexão vital com todo o corpo de Cristo, como ele se manifesta em uma congregação em particular. Temos de centrar nossa vida na igreja. Devemos estar presentes e engajados no culto da igreja, de manhã e à noite (se possível!), domingo após domingo.

Conclusão

Deus pode salvar e abençoar nossos filhos sem as coisas que escrevi acima? Sim. No entanto, o que descrevi são os meios normais que Deus promete usar para o bem espiritual de nossos filhos. Posso sobreviver a um acidente de avião? Talvez. Mas não quero testar essa teoria.

O que devemos fazer se falhamos nessa área? Talvez não tenhamos entendido a nossa responsabilidade como pais até os nossos filhos serem mais velhos. Talvez tenhamos falhado completamente em tudo isto e os nossos filhos já tenham saído de casa. Isso muitas vezes provoca um esmagador sentimento culpa e vergonha. A solução fácil é minimizar a importância das exigências da Palavra de Deus. Se baixarmos o nível, não precisamos nos sentir tão culpados. Mas essa é uma falsa esperança. Devemos, em vez disso, confessar nossas falhas pecaminosas ao Senhor. Ele é “bom, pronto a perdoar e cheio de amor para com todos os que [o] invocam” (Salmos 86.5). Então, confiando na sua graça, devemos nos esforçar para obedecer-lhe fielmente em tudo o que ele ordena, voltando à fonte transbordante da sua graça, dia após dia. Os avós podem ter oportunidades únicas que perderam com seus próprios filhos.

Ensinar as crianças a pensarem corretamente sobre Deus, sua Palavra e o mundo exterior sempre foi necessário. Mesmo assim, nosso mundo está rapidamente se tornando cada vez mais hostil até mesmo ao mais básico dos ensinamentos bíblicos. Se não formos vigilantes na formação espiritual dos nossos filhos, outras coisas em que possamos ser tentados a confiar serão de pouca utilidade. Os grupos de jovens da igreja, por exemplo, não trarão nenhum benefício, se os pais abdicarem do papel que Deus lhes atribuiu na instrução espiritual de seus filhos. Não podemos terceirizar a obrigação que Deus nos deu. Essa verdade é ainda mais contundente no ministério universitário. Muitas vezes, ouço cristãos lamentarem a tragédia das crianças que crescem na igreja e abandonam a fé quando vão para a faculdade. Se esperarmos nossos filhos irem para a faculdade para cuidar da alma deles, será tarde demais. A Palavra de Deus deve ser seu companheiro constante desde o nascimento. Se eles não foram formados para amar a Deus, serão deformados pelo mundo.

Criar os nossos filhos na instrução e na admoestação do Senhor é uma responsabilidade espantosa. Quem tem capacidade de realizar essas coisas? Em nós mesmos, nenhum de nós. Mas a graça de Deus é suficiente. O poder dele se aperfeiçoa na nossa fraqueza, e é por isso que também devemos estar constantemente em oração pelos nossos filhos. Caso contrário, todos os nossos esforços serão em vão. Mas, em humilde confiança na graça de Deus, podemos voltar sempre à promessa que ele nos fez: “Instrui a criança no caminho em que deve andar, e mesmo quando envelhecer não se desviará dele” (Provérbios 22.6).

Se não começarmos por nós mesmos e pela nossa família, nada mais que buscamos fazer no mundo importará. A batalha pela alma da nossa cultura e da nossa nação será perdida antes mesmo de começar.

Tradução: Lucília Marques
Publicado originalmente em American Reformer, em 25 de janeiro de 2022.

Publicado com permissão.

1 COMENTÁRIO

  1. Muito importante essa informação e urgentíssimo,a nossa postura como pai e líder cristão, pós a volta desses princípios ao retorno a ter prazer na lei do Senhor (salmo 1) para nossa família e igreja.

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