Reino Encantado, subcriação e Imago Dei: um diálogo entre J.R.R. Tolkien e a Teologia Reformada

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Você já parou para pensar no que são, verdadeiramente, os contos de fadas? Automaticamente, a maioria das pessoas associa o conto de fadas a estorinhas da Chapeuzinho Vermelho, Branca de Neve, Cinderela etc., mas, nem todos concordam que os contos de fadas se resumam a isso e, tampouco, que o termo “fadas” diga respeito somente a seres como Tinker Bell. Para o britânico J.R.R. Tolkien, autor de obras consagradas como O Hobbit, O Senhor dos Anéis e O Silmarillion, as estórias[1] de fadas são bem diferentes do imaginário popular.

Tolkien levava essa questão muito a sério, ele fez amplo uso do conceito de Feéria, que geralmente é traduzido como Reino Encantado, para se referir ao mundo das estórias de fadas. Para ele, Feéria não se referia a algum tipo de idealismo platônico ou ao reducionismo das fadinhas das histórias infantis. Feéria, para Tolkien, era palpável, tangível, não no sentido físico, mas no sentido da plausibilidade do que Feéria representa e comunica. Ele diz o seguinte:

Feéria é uma terra perigosa, e nela há armadilhas para os descuidados e masmorras para os audaciosos demais. […] O reino das estórias de fadas é amplo, profundo, alto e cheio de muitas coisas: toda maneira de feras e pássaros se encontra lá; mares sem costas e incontáveis estrelas; beleza, que é encantamento, e perigo sempre presente; alegria e tristeza tão cortantes quanto espadas. Nesse reino, um homem pode, talvez, considerar-se afortunado por ter vagado, mas sua própria riqueza e estranheza amarram a língua de um viajante que quiser relatá-las. E, enquanto ainda está lá, é perigoso para ele fazer perguntas demais para que os portões não se tranquem e as chaves não se percam.

Uma vez que para Tolkien o imaginário popular corrompeu o conceito de estórias de fadas, ele faz questão de apresentar o que realmente significa essa ideia. Primeiramente, ele mostra que as definições acadêmicas presentes nos dicionários e lexicográficos também estão erradas. Por exemplo, ele não concordava com a definição do Oxford English Dictionary. Lá, Contos de Fadas é definido como uma lenda sobre fadas com desdobramentos de sentido, uma história irreal ou incrível (incrível aqui no sentido de impossibilidade de crer) e também uma falsidade. Ele também discordava do lexicográfico pois, no lexicográfico, o termo fadas descreve “seres sobrenaturais de tamanho diminuto, que a crença supõe possuírem poderes mágicos e terem grande influência sobre os afazeres dos homens, para o bem ou para o mal”.[2] Tolkien discorda, e ele o faz argumentando que em Feéria, o ser humano é que seria sobrenatural, não as fadas.

Em sua conceituação, as estórias de fadas ou de elfos, na verdade, não são sobre fadas ou elfos, mas sim, sobre Feéria; em outras palavras, as estórias são sobre o Reino Encantado, ou seja, é algo muito mais amplo e que traz consigo um objetivo maior, onde fadas, elfos, anãos, homens, goblins, animais falantes, seres celestiais, ou seja, vários outros seres além das fadas e dos elfos, são apenas personagens e, talvez, até possamos dizer, são apenas coadjuvantes no quadro maior do que se pretende passar.

Anões, bruxas, trols, gigantes ou dragões. Ela abriga os mares, o sol, a lua, o céu, a terra e todas as coisas que estão nela: árvores e pássaros, água e pedra, vinho e pão e nós mesmos, homens mortais, quando estamos encantados. Estórias que estão de fato preocupadas primariamente com fadas, isto é, com criaturas que poderiam também, em inglês moderno, ser chamadas de elfos, são relativamente raras e, via de regra, não muito interessantes. A maioria das boas estórias de fadas são sobre as aventuras de seres humanos no Reino Perigoso ou em suas fronteiras imprecisas. Naturalmente, que é assim; pois, se os elfos são verdadeiros e realmente existem, independente de nossas estórias sobre eles, então isto é certamente verdadeiro: os elfos não estão primariamente preocupados conosco, nem nós com eles. Nossos destinos são separados, e nossas trilhas raramente se encontram. Mesmo nos limiares de Feéria nós os encontramos apenas devido a alguma encruzilhada casual dos caminhos.[3]

Ele passa a mostrar então que uma definição de estórias de fadas não deve ser restrita a qualquer definição ou relato histórico sobre fadas ou elfos; deve sim, depender da natureza de Feéria, o próprio Reino Encantado e tudo o que nele está contido, até mesmo o ar que sopra ali. Feéria não pode ser descrita numa série de palavras, pois tem como constituição a indescritibilidade, o que não significa imperceptibilidade.  Em outras palavras, não existe a mínima necessidade de um conto de fadas tratar de fadas, ao invés disso, podemos entender que conto de fadas se trata de uma expressão que é usada para fazer menção a todas as obras ficcionais que usam o conceito de Mundo Secundário[4] onde fazem seus personagens viverem suas aventuras.

Tolkien resume sua explicação da seguinte maneira: “uma estória de fadas é aquela que aborda ou usa Feéria, [para] qualquer que possa ser seu próprio propósito central: sátira, aventura, moralidade, fantasia”.[5] (Ênfase acrescentada).

Além de esboçar uma definição — ainda que ele mesmo afirme a impossibilidade de definir — Tolkien afirma algo indispensável para compreendermos seu pensamento em relação ao assunto. Segundo ele, é essencial que as estórias de fadas sejam apresentadas como verdadeiras, uma vez que as estórias de fadas tratam de maravilhas, elas não podem conter nada que passe a ideia de que a narrativa em que tais contos ocorram, seja uma ficção ou ilusão.  E isso se dá pelo fato acima exposto de que Feéria é um local que existe para que suas histórias sejam reais, independente do que se propõe contar por lá. Logo, se ela passa alguma ideia de ilusão ou ficção ela perde o seu sentido.

A imago Dei como origem das estórias de fadas e a subcriação

Uma vez que define o que é Feéria e para que serve, Tolkien faz uma análise das origens das estórias de fadas e a conclusão que ele chega, após extensa argumentação, é que elas têm sua origem na capacidade criativa do homem. As estórias de Fadas são encontradas em registros muito antigos e são encontrados universalmente, ou seja, onde quer que haja um povo, uma cultura, uma língua, ali ela se encontra de alguma maneira. É nesse ponto que ele passa, então, a discorrer sobre a capacidade da mente humana de produzir coisas por meio da imaginação. Como exemplo, ele cita um gramado verdejante, esse exemplo é utilizado para mostrar que a mente é capaz de discriminar as duas coisas tanto o objeto grama, quanto a cor desse objeto, o verde. Em outras palavras, a mente entende esses conceitos juntos e separadamente. Ele então parte para uma abrangência desse conceito, mostrando que a mente pensa em: cinza; amarelo; pensa em movimento; essa mesma mente transforma o chumbo em cinza; o ouro em amarelo; e coloca a água em movimento. Ou seja, a mente faz uma coisa, faz outra coisa, faz ambas as coisas. Daí ele segue:

Quando conseguimos abstrair o verde da grama, o azul do céu e o vermelho do sangue temos já um poder encantatório — em certo plano; e o desejo de empunhar esse poder no mundo externo às nossas mentes despertas. Não se segue daí que usaremos esse poder bem em qualquer plano. Podemos lançar um verde mortal sobre o rosto de um homem e produzir o horror; podemos fazer a rara e terrível lua azul brilhar; ou podemos fazer com que bosques vicejem com folhas prateadas ou que carneiros usem velos de ouro e colocar fogo quente na barriga da serpente fria. Mas em tal “fantasia”, como é chamada, nova forma é criada; Feéria começa; o Homem torna-se um subcriador”.

Essa capacidade que o homem possui de imaginar coisas no mundo da fantasia é possível por causa desse conceito de subcriação. Ou seja, o homem não é o Criador, pois a grama, o verde, o azul do céu, e o vermelho já existem. No entanto, no Reino Encantado, o homem atribui tais conceitos ao seu mundo encantado, e ali ele se torna subcriador. A origem das estórias de fadas está na capacidade do homem em subcriar, em transportar para o Reino Encantado conceitos e ideias que existem no Mundo Primário por meio da mimética. O que se conclui é que, desde que o homem existe, as estórias de fadas existem pelo fato de que subcriar é algo inerente à humanidade — e isso se dá tanto pela tradição oral quanto pelo registro gráfico.

Tolkien também defende que somente Deus é Criador, e a habilidade de subcriar só é inerente ao ser humano pelo fato de Deus ter criado o homem à sua imagem e semelhança. Como bem apontou Clyde S. Kilby:[6] “A universalidade da arte e do processo criativo não é a evidência daquela luz que ilumina todo homem?”.

Em seu poema “Mitopéia”, Tolkien diz o seguinte:

Mentiras não compõem o peito humano, que do único Sábio tira o seu plano, e o recorda. Inda que alienado, algo não se perdeu nem foi mudado. Desgraçado está, mas não destronado, trapos da nobreza em que foi trajado, domínio do mundo por criação: O deus Artefato não é seu quinhão, homem, sub criador, luz refratada em quem matiz Branca é despedaçada para muitos tons, e recombinada, forma viva mente a mente passada. Se todas as cavas do mundo enchemos com elfos e gobelins, se fizemos deuses com casas de treva e de luz, se plantamos dragões, a nós conduz um direito. E não foi revogado. Criamos tal como fomos criados.[7]

Nesse ponto, além da ideia do homem como subcriador, Tolkien acrescenta algo que não se pode deixar de mencionar. Ele entende que a imaginação do ser humano parte de um Único Sábio, ou seja, Deus. Mas, esse homem está alienado deste Sábio (e a causa da alienação é a Queda) e mesmo estando alienado deste Sábio, o homem continua subcriando, pois a imago Dei não se perdeu completamente. Ainda que sua nobreza seja somente uns trapos daquela nobreza original à qual havia sido vestido, ainda assim, permanece a capacidade criativa. Existe uma luz refratada em vários tons que resulta em subcriação.  Como somos seres criados e permanece em nós lampejos da nobreza original ao qual fomos projetados, temos a condição de subcriar. Clyde S. Kilby vai dizer que: “Nossa verdadeira identidade humana é nada menos que imago Dei e não há explicação adequada para nossa criatividade fora dessa concepção fundamental”.

Imago Dei

O conceito de imago Dei diz respeito a imagem de Deus no homem. A primeira menção que temos disso na Escritura está registrada em Gênesis nos capítulos 1.26-28; 5.1-3 e 9.6. De acordo com Antony Hoekema: “O salmo oito também poderia ser visto como uma descrição do significado da criação do homem à imagem de Deus”.[8] (Apesar da frase “imagem de Deus não aparecer nesse salmo). A imago Dei não se explica por causa das características físicas do ser humano, mas está relacionada com os atributos comunicados ao homem pelo Criador, tais como santidade, imortalidade, inteligência, razão, etc. Herman Bavink contribui consideravelmente na conceituação dessa ideia. Ele diz:

A essência da natureza humana é seu ser [criado] à imagem de Deus. Todo o mundo é uma revelação de Deus, um espelho de seus atributos e perfeições. Toda criatura, ao seu próprio modo e grau, é a incorporação de um pensamento divino. Mas, entre as criaturas, apenas o ser humano é a imagem de Deus, a mais exaltada e mais rica autorrevelação de Deus e, consequentemente, a cabeça e a coroa de toda a criação, a imago Dei e o epítome da natureza, tanto mikrotheos (microdeus) quanto mikrokosmos (microcosmo).[9]

Bavinck afirma que até os pagãos reconheceram essa realidade do homem como imagem de Deus e ele cita como exemplo Pitágoras, Platão, Ovídio, Cícero, Sêneca e outros.

Imago Dei na história do cristianismo

Vários teólogos na história da igreja trataram da questão da imago Dei, Irineu entendia que o homem havia sido criado à imagem e semelhança de Deus, porém, ele acreditava que essa imagem e semelhança havia sido totalmente perdida na queda; Tomás de Aquino entendia que a imagem de Deus no homem reside no intelecto ou na razão; João Calvino, por sua vez, entendia que a imagem de Deus é encontrada fundamentalmente na alma do homem, contudo, Calvino também admitia que “embora a principal sede da imagem divina fosse na mente e no coração, ou na alma e suas faculdades, não haveria ainda assim qualquer parte do homem, nem mesmo seu próprio corpo, no qual algumas centelhas não tivessem brilhado. Olhando em direção ao futuro, Calvino admite que, quando a imagem de Deus for restaurada em sua plenitude na vida por vir, ela será restaurada tanto no corpo como na alma”.[10] Comentando os termos usados na Escritura para se referir à imagem e semelhança, Calvino afirma o seguinte:

Consequentemente, com esta expressão se denota a integridade de que Adão foi dotado, quando era possuído de reto entendimento, tinha as afeições ajustadas à razão, todos os sentidos afinados em reta disposição e, mercê de tão exímios dotes, verdadeiramente refletia a excelência de seu Artífice. E ainda que a sede primária da imagem divina tem de estar na mente e no coração, ou na alma e suas faculdades, contudo nenhuma parte houve, quanto ao corpo, em que não brilhassem certas centelhas. Certo é que até mesmo em cada porção distinta do mundo fulgem certos traços da glória de Deus, donde, uma vez que sua imagem está posta no homem, se pode concluir que subsiste tácita antítese que eleva o homem acima de todas as demais criaturas e como que o separa da massa vulgar.[11]

Calvino passa então a falar sobre as consequências da queda na constituição original do homem, ele diz:

Quando Adão caiu de seu estado original, não há a mínima dúvida de que, por esta defecção, ele veio a alienar-se de Deus. Portanto, embora concordemos que a imagem de Deus não foi nele aniquilada e apagada de todo, todavia foi corrompida a tal ponto que, qualquer coisa que lhe reste, não passa de horrenda deformidade.[12]

Para Calvino, o homem caído ainda mantém alguns aspectos da imagem de Deus. O pecado não aniquila totalmente essa imagem, mas a deforma terrivelmente. Em outro lugar ele vai dizer que, pode-se notar alguns traços remanescentes da imagem de Deus no homem, e esses traços distinguem os seres humanos das demais criaturas. Ele também afirma nas Institutas que “Respeitar o ser humano como imagem do Criador significa não desprezar suas obras, conquanto que não firam a glória de Deus. Negligenciar as excelentes virtudes humanas é menosprezar o próprio Espírito de Deus”.[13]

Imago Dei e subcriação na Teologia Reformada

A teologia reformada, obviamente, entende a criação do homem como tendo sido à imagem e semelhança de Deus. E assim como Tolkien, a teologia reformada também crê que o fato do homem ser criado à imagem e semelhança de Deus faz com que ele tenha plenas condições de utilizar sua habilidade criativa para produzir arte da mais diversa. Ou seja, o homem, de acordo com a teologia reformada, é subcriador dentro do mundo criado por causa da imago Dei. E esse é um ponto de contato importante entre Tolkien e a teologia.

A exemplo do que Tolkien demonstrava e como vimos  acima, a teologia reformada também entende que a Queda fez com que o homem decaísse de seu estado original, com isso, suas capacidades criativas concedidas originalmente por Deus foram manchadas pelo pecado, bem como toda a sua constituição. No entanto, essa imagem de Deus no homem foi deformada, mas não perdida. Essa deformação por certo é transmitida para aquilo que o homem cria como subcriador, mas, pela graça comum de Deus e pela permanência de centelhas da imagem de Deus no homem, podemos presenciar homens pecadores criando beleza, criando boas estórias, comunicando verdades em seus Reinos Encantados. Isso nos possibilita, então, apreciar uma boa estória de fadas. E não só isso, nos possibilita também admirar uma boa obra de arte, ler um bom livro, assistir um bom filme, uma boa série, ouvir uma boa música, etc.

D.A Carson consegue apontar de forma muito satisfatória essas duas verdades que caminham lado a lado. Ele diz:

Criado por Deus, este mundo jamais poderá perder toda a glória que Deus impregnou nele (Sl 8), e o próprio Deus continua fazendo o bem e outorgando boas dádivas. […] Todo o potencial do mundo denominado “natural” foi criado por Deus e opera sob a autoridade do Cristo ressurreto: toda arte, toda música, todas as habilidades administrativas, toda rica variedade, toda capacidade criativa. E assim mesmo tudo está corrompido pelo pecado.

Conseguimos com isso, compreender que a obra de Tolkien, não apenas seu legendário, mas também suas contribuições teóricas, muito podem contribuir para entendermos melhor o lugar da cultura em nossa vida cristã e do homem produzindo cultura a partir da imago Dei. Além disso, conseguimos entender como desfrutar melhor da subcriação, compreendendo que tudo isso é fruto do desenvolvimento da imagem de Deus no ser humano, e mesmo o pecado permeando todas as coisas, existe a possibilidade de desfrutar da subcriação e glorificar a Deus por meio dela, mesmo quando o subcriador não serve a Deus. Isso é visto claramente na Palavra de Deus:

Lameque tomou para si duas mulheres: o nome de uma era Ada, e o nome da outra, Zila. E Ada deu à luz Jabal; este foi o pai dos que habitam em tendas e possuem gado. O nome do seu irmão era Jubal; este foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta. Zila também teve um filho, Tubal-Caim, fabricante de todo instrumento cortante de cobre e de ferro (Gn 4.19-22, A21).

Logo após a queda, a habilidade de criar coisas é manifestada, por incrível que pareça, na linhagem de Caim. Não só no sentido de ferramentas necessárias para a condução da vida, mas também instrumentos musicais, ou seja, arte.

Conceitos como amor, perdão, amizade, bondade, justiça, alegria estão presentes nas boas obras de ficção, ou, como Tolkien chamava, nas estórias de fadas, e podem ser desfrutadas. Não somente na literatura fantástica, mas por toda a boa literatura. Assim, o nome de Deus é honrado e glorificado no desempenho e desfrute das habilidades que o Criador concedeu aos seus subcriadores.

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[1] Tolkien prefere usar o termo “Estórias de Fadas” no lugar do comum “Contos de Fadas”. Seguindo Tolkien, usaremos “Estórias de Fadas” em todo esse texto.

[2] J.R.R. Tolkien, Sobre Histórias de Fadas (São Paulo: Conrad Editora do Brasil, 2010).

[3] Ibidem, p. 15-6.

[4] Tolkien faz uma distinção entre o Mundo Primário (mundo real), que é obra do Deus criador, da subcriação de um Mundo Secundário (Reino Encantado).

[5] Ibidem, p. 16.

[6] Clyde Samuel Kilby (1902-1986) foi um escritor e professor americano, mais conhecido por sua bolsa de estudos sobre os Inklings, especialmente em J.R.R. Tolkien e C.S. Lewis. Escreveu vários livros sobre a obra de Tolkien, entre eles Tolkien e The Silmarillion; A well of wonder: C.S. Lewis, J.R.R. Tolkien, and the Inklings e The arts and the christian imagination.

[7] J.R.R. Tolkien, Árvore e Folha (Rio de Janeiro: Harper Colins, 2020).

[8] Anthony A. Hoekema, Criados à imagem de Deus (São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2018).

[9] Herman Bavinck, Dogmática Reformada (São Paulo: Cultura Cristã, 2012).

[10] Anthony A. Hoekema, Criados à imagem de Deus (São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2018).

[11] João Calvino, As Institutas (São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2006).

[12] João Calvino, As Institutas (São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2006).

[13] João Calvino, As Institutas, II.2.15.

 

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