O prato principal – A última refeição de Jesus com os discípulos afastou-se do roteiro convencional de outro modo. Quando Jesus se levantou para abençoar o alimento, ele tomou o pão. Todas as refeições de Páscoa sempre tinham pão. Ele abençoou o vinho — e todas as refeições de Páscoa sempre tinham vinho. Mas nenhum dos evangelhos menciona o prato principal. Não há menção ao cordeiro nessa refeição de Páscoa. E, evidentemente, não se tratava de uma refeição vegetariana. Que tipo de Páscoa seria essa, celebrada sem o cordeiro? Não havia um cordeiro sobre a mesa porque o Cordeiro de Deus estava à mesa. Jesus era o prato principal. Essa é a razão pela qual João Batista, ao ver Jesus pela primeira vez, disse:
“Este é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” ( Jo 1.29). É também por essa razão que em Isaías 53, o profeta escreve sobre o Messias:
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mas o Senhor fez cair a maldade de todos nós sobre ele.
Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a boca; como um
cordeiro que é levado ao matadouro, […] derramou a sua vida
até a morte e foi contado com os transgressores… (Is 53.6,7,12 – AS21).
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Em Marcos, quando Jesus diz “isto é o meu corpo. […] isto é o meu sangue […] derramado em favor de muitos”, ele está dizendo: Sou aquele sobre quem Isaías e João falaram. Sou o Cordeiro de Deus para o qual apontaram todos os outros cordeiros, o Cordeiro que tira o pecado do mundo. Na cruz Jesus recebeu aquilo que nós merecíamos: o pecado, a culpa e a condição decaída do mundo recaíram sobre ele. Ele nos amou tanto que tomou sobre si a justiça divina para que pudéssemos ter livre passagem, para sempre. Vale a pena repetir: todo amor, todo amor real, transformador é um sacrifício substitutivo. Você nunca amou uma pessoa caída ou culpada ou ferida, a não ser por meio de um sacrifício substitutivo. […]
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