Introdução[1]
As leituras messiânicas têm sido objetos de estudos na área de Cristologia para identificar essa temática nas primeiras comunidades cristãs. Nesse sentido, os estudos dos títulos cristológicos, como as expressões “Jesus é o Filho de Deus” (cristologia explícita – títulos dados a Jesus pela comunidade de fé) e “Jesus é o Filho do Homem” (cristologia implícita – título reivindicado por Jesus como Messias e revelador do Pai), já geraram (ou melhor: ainda geram!) debates acalorados entre os especialistas do Novo Testamento. O objetivo deste artigo é contribuir para esse tema utilizando um verbete grego presente em um livro bíblico do final do primeiro século da era cristã.
Ao estudar o Apocalipse de João 19.15, são encontrados dois verbetes interessantes para uma possível leitura messiânica, a saber: (1) ῥομφαία (rhomphaía – “espada”) e (2) ῥάβδος (rhábdos – “cetro”). Por questão de delimitação, neste artigo será investigado o uso de ῥομφαία em relação ao léxico de domínios semânticos editado por J. P. Louw e E. A. Nice[2], a fim de apontar se existe uma interpretação messiânica associada a este verbete grego.
O segundo léxico ῥάβδος[6] já foi examinado por R. F. de Sousa (2010), que avaliou a correspondência deste verbete em Isaías 11 da LXX e os Oráculos de Balaão em Números 24 da LXX e no texto hebraico, como também redigiu uma crítica dirigida a J. Schaper[7].
A tradução de חפר por rhábdos poderia ter sido influenciada por uma associação com o Oráculo de Balaão de Números 24, uma conexão feita por vários outros textos no período do Segundo Templo. O caráter davídico do oráculo em Isaías 11:1–5 é evidente, mas a ausência de “elementos davídicos” mais explícitos na tradução não nos permite imaginar o esforço de sistematização abrangente proposto por Schaper. De fato, como observei, o tradutor ignora a oportunidade de capitalizar a ideia de um “ramo” de Davi, em contraste com outros textos que conectam Isaías 11 e Números 24. Juntamente com a ausência de qualquer vestígio do “ramo de David” na tradução de Isaías 4:2, isso poderia sugerir que, se o tradutor tivesse alguma expectativa messiânica davídica coerente, não seria o mesmo que atestado por outros grupos judaicos, e ele não tinha intenção de realçar essa expectativa além do que ele poderia considerar como uma tradução fiel do texto hebraico original. […] Também observei que a leitura da última parte de Isaías 11 nos dá alguns vislumbres das concepções escatológicas do tradutor. Em particular, apontei para a possível conexão com Isaías 65 e para as representações atualizadas encontradas na última parte do capítulo. O “cetro” de Isaías 11:1 da LXX, então, é uma figura messiânica? O conteúdo do oráculo hebraico, a evidência interna da tradução e o testemunho da interpretação judaica de Isaías 11:1-5 sugerem que a resposta é “sim”. No entanto, a tradução geral aproximada da passagem na LXX nos impede de avançar muito mais no entendimento da esperança escatológica e messiânica do tradutor.[8]
2. O uso de ῥομφαία em domínios semânticos
Examina-se, neste primeiro momento, o conceito de ῥομφαία em relação a três domínios semânticos, a saber: (1) “armas e armaduras”[9]; (2) “guerrear e lutar”[10]; (3) “sentir pesar, ficar arrependido”[11]. Na Tabela 1, são agrupados os léxicos com uma breve definição e a menção de referências bíblicas.
É importante frisar que o léxico ῥομφαία aparece sete vezes no Novo Testamento, sendo uma vez em Lucas 2.35 e seis vezes no Apocalipse de João (Ap. 1.16; 2.12, 16; 6.8; 19.15, 21). Se for considerado que cada domínio semântico corresponde a uma hipótese de leitura, logo as sete referências bíblicas supramencionadas podem ser agrupadas assim: (1) hipótese 1 – “armas e armaduras”: Ap. 1.16; Ap. 2.12, 16; Ap. 19.15, 21; (2) hipótese 2 – “Guerrear e lutar” (Ap. 6.8) e (3) hipótese 3 – “Sentir pesar, ficar arrependido” (Lc 2.35).
Será que há uma leitura messiânica do léxico ῥομφαία nas três hipóteses apresentadas? Em primeiro lugar, pode-se descartar a hipótese 2, pois o texto bíblico de Apocalipse 6.8 (hipótese 2) afirma que a ação da “espada” (ῥομφαία) é do cavaleiro do cavalo esverdeado e não do Messias! Já para a hipótese 3, alguns comentadores[12] apontam uma influência de Ezequiel 14.17 – “uma espada há de atingir a terra e com ela hei de ferir homens e animais” e de Zacarias 12.10 – “Derramarei sobre a casa de Davi e sobre todo habitante de Jerusalém um espírito de graça e de súplica, e eles olharão para mim a respeito daquele que eles transpassaram” em relação à expressão idiomática de Lucas 2.35 (vide Tabela 1).
A primeira hipótese já tem uma atestação de leitura messiânica em Isaías e nos Salmos. Sobre esse assunto, R. H. Charles comenta assim o Apocalipse 1.16:
ἐκ τοῦ στόματος αὐτοῦ ῥομφαία δίστομος ὀξεῖα ἐκπορευομένη. cf. Ap. 2.12, 16. Essas palavras remontam a Isaías 11.4, “Ele deve ferir a terra com a vara da boca” (aqui a LXX tem τῷ λόγῷ τοῦ στόματος αὑτοῦ), Isaías “Ele fez a minha boca como uma espada afiada” (ὡς μἀχαιραν ὀξεῖαν). Veja também a nota em Isaías 9.15, onde parte da cláusula acima se repete: cf. Hebreus 4.12; 2 Tessalonicenses 2.9; 4 Esdras 13.4. A espada que sai da boca do Filho do Homem é simplesmente um símbolo de sua autoridade judicial. A arte religiosa tem sido muito infeliz em representar esse símbolo literalmente como uma espada que sai da boca de Cristo. ῥομφαία δίστομος – Salmo 149.6 da LXX (ῥομφαῖαι δίστομοι = פיפיות חרב) [minha tradução].[13]
Robert H. Charles também comenta o Apocalipse 19.15:
Em 15abc, são combinados pensamentos e palavras extraídos de Isaías 11.4 e Salmo 2.9. Mas essa combinação já é encontrada em Salmos de Salomão 27.26-27, 39.
27.26 – ἐκτρίψαι ὑπερηφανίαν ἁμαρτωλῶν ὡς σκεύη κεραμέως, ἐν ῥάβδῳ σιδηρᾷ συντρίψαι πᾶσαν ὑπόστασιν αὐτῶν·
27.27 – ὀλοθρεῦσαι ἔθνη παράνομα ἐν λόγῳ στόματος αὐτοῦ.
27.39 – πατάξει γὰρ γῆν τῷ λόγῳ τοῦ στόματος αὐτοῦ.
καὶ ἐκ τοῦ στόματος αὐτοῦ ἐκπορεύεται ῥομφαία ὀξεῖα: cf. Ap 1.16, 2.12.
ἵνα ἐν αὐτῇ πατάξῃ τὰ ἔθνη. De Isaías 11.4, καὶ παράξει γῆν τῷ λόγῳ τοῦ στόματος αὐτοῦ, καὶ ἐν πνεύματι διὰ χειλέων ἀνελεῖ ἀσεβῆ, cf. Salmos de Salomão 27.26-27,39 (citado acima). Sabedoria 28, 22, ἐνίκησε τὸν ὄλλον οὐκ ἰσχύι τοῦ σώματος οὐχ ὅπλων ἐνεργείᾳ ἀλλὰ λόγῳ τὸν κολάζοντα ὑπέταξεν. 1 Enoque 62.2, “A palavra da sua boca mata todos os pecadores”. Todas essas passagens implicam que a espada que sai da boca do Messias é simplesmente uma figura para condenação forense ou judicial […] [minha tradução][14]
Na mesma direção, J. J. Collins resume dessa forma a abordagem messiânica de ῥομφαία.
A imagem da espada saída da boca deriva de Isaías 11,4 e é básica em profecias messiânicas por volta da virada da era[15]. O texto hebraico de Isaías fala de ‘vara da sua boca’, com a qual ele ferirá a terra, enquanto matará os perversos com o sopro da sua boca. A Septuaginta verteu a frase em questão como “a palavra da sua boca”, e é citada dessa forma nos Salmos de Salomão 17,24-25 […] O Apocalipse de 4 Esdras[16], aproximadamente contemporâneo ao Apocalipse de João, vislumbra o messias como um homem que se ergue do mar e guerreia contra uma multidão hostil.[17]
Charles e Collins estão alinhados ao perceber que há uma leitura messiânica de ῥομφαία a partir de lições do Antigo Testamento.
Além dessas percepções, é interessante destacar que em uma rápida pesquisa na LXX, observa-se que há mais de 230 registros de ῥομφαία com suas declinações, entre eles: Gn 3.24; Ex 5.21; 32.27; Nm 22.23; Js 5.13, Sl 21.21 etc. Aqui, dois pontos se destacam: (1) o verbete ῥομφαία aponta para uma grande espada de origem possivelmente trácia[18] e não deve ser confundido com o verbete μάχαιρα (uma adaga ou faca) e (2) os Pais da Igreja[19] comentaram sobre ῥομφαία em textos de Gênesis 3.24, de Lucas 2.35, de Sl 21.21[20]. No primeiro ponto, deve-se investigar se há alguma figura messiânica em μάχαιρα, como por exemplo, nos textos das “pedras de facas” (Js. 5.2 LXX) com a “pedra angular”. No segundo ponto, Lampe[21] percebeu uma interação dos Pais da Igreja com o léxico ῥομφαία em textos como Gn 3.24 e Lc 2.35.
Considerações finais
Este trabalho partiu dos três domínios semânticos para o léxico ῥομφαία a fim de responder à pergunta: há uma interpretação messiânica para esse verbete grego em Apocalipse 19.15? Notou-se que para a hipótese 1, onde se encontra o Apocalipse 19.15, a resposta é positiva.
Charles e Collins nos apontaram que as citações de ῥομφαία em Ap 1.16; Ap. 2.12, 16; Ap. 19.15, 21, têm relação com Is 11.4, 19.15, 49.2 e com o Sl 2.9, 149.6 – sem perder o olhar para o oráculos de Balaão (Nm 22-24 LXX). Além disso, as passagens de Salmos de Salomão 19.24-25, Hebreus 4.12; 2 Tessalonicenses 2.9 e 4 Esdras 13.4 são construções derivadas dos textos supramencionados.
Sugerem-se duas pesquisas a fim de verificar se há uma interpretação messiânica: (1) no léxico μάχαιρα e (2) no verbete ῥομφαία nos Pais da Igreja.
Referências bibliográficas
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[1] O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001.
[2] LOUW, J. P.; NIDA, E. A., Léxico Grego-Português do Novo Testamento baseado em domínios semânticos, 2013.
[3] Neste trabalho, todas citações do texto grego do Novo Testamento são extraídas da 28ª edição de Barbara Aland et al – Novum Testamentum Graece, 2012 [NA28]. Já os textos do AT, utiliza-se a LXX editada por Alfred Rahlfs – Septuaginta, 2004 [LXX].
[4] As citações em português do texto bíblico do AT e do NT serão norteadas pela tradução da Bíblia de Jerusalém, 2006 [BJ].
[5] Segue o comentário da BJ, “A espada é a arma da Palavra exterminadora (cf. 1,16; Is 14,4; 49,2; Os 6,5; Sb 18,15; 2Ts 2,8; Hb 4,12)” (BJ, 2006, p. 2163, nota g).
[6] Sugere-se a leitura do artigo de SCHNEIDER, C., “ῥάβδος, ῥαβδίζω, ῥαβδοῦχος”, p. 966-971.
[7] SCHAPER, “Messianism in the Septuaginta of Isaiah and Messianic Intertextuality in the Greek Bible”, p. 376. Segundo R. F. de Sousa, “Ele argumenta que ῥάβδος foi usado ‘metonimicamente’, como referência ‘ao instrumento de poder militar/cetro real, a fim de designar o líder/rei militar, o esperado messias davídico’. Ele afirma que ῥάβδος é ‘um termo que denota o cetro real’, enquanto algumas linhas depois ele também afirma que ‘duas vezes se refere metaforicamente a nações como instrumentos de violência (militar), como varas, nas mãos de Deus…’ O reconhecimento da variedade de significados para os termos deve advertir contra conclusões ‘apressadas’.” DE SOUZA, R. F., Eschatology and Messianism in LXX Isaiah 1-12, 2010, p. 142.
[8] DE SOUZA, R. F., Eschatology and Messianism in LXX Isaiah 1-12, 2010, p. 155-156.
[9] LOUW, J. P.; NIDA, E. A., Léxico Grego-Português do Novo Testamento baseado em domínios semânticos, 2013, p. 52-54.
[10] LOUW, J. P.; NIDA, E. A., Léxico Grego-Português do Novo Testamento baseado em domínios semânticos, 2013, p. 489.
[11] LOUW, J. P.; NIDA, E. A., Léxico Grego-Português do Novo Testamento baseado em domínios semânticos, 2013, p. 285-286.
[12] A “nota e” da Bíblia de Jerusalém (BJ) do texto de Lucas 2.35, “Verdadeira Filha de Sião, Maria suportará em sua própria vida o destino doloroso de seu povo. Juntamente com seu Filho, estará no âmago dessa contradição pela qual os corações deverão revelar-se pró ou contra Jesus. O símbolo da espada pode ter-se inspirado m Ez. 14,17, ou segundo outros, em Zc 12,10” (BJ, 2006, p. 1791, [nota e]). Os comentários de Lucas 2.34-35 da Nova Almeida Atualizada (NAA) afirma: “[…] espada se refere ao futuro sofrimento de Maria na crucificação de Jesus (veja Jo 19.25)” (NAA, 2017, p. 1831). Já a Tradução Ecumênica Brasileira (TEB) declara, “Aqui como em 1,46 e muitos outros textos, a alma representa a pessoa. – Inserida como parênese, esta ameaça obscura, cuja formulação se inspira sem dúvida em Ez 14.17, deve ser compreendida segundo o seu contexto: Israel vai se dividir diante de Jesus; e Maria será dilacerada por esse drama. Outros vêem aqui, um anúncio da paixão (cf. Jo 19.25)” (TEB, p. 1973, nota c). Leon Morris diz, “[…] Simeão passa a tratar do custo de Maria pagará. A espada (rhomphaía denota uma espada grande, não a pequena máchaira de 22:36, 38, 49, 52) que traspassará a alma de Maria é a morte de Jesus. O sofrimento dEle não deixará incólume […]” MORRIS, L., Lucas, 2005, p. 85.
[13] CHARLES, R. H., A Critical and Exegetical Commentary on the Revelation of St. John, 1920, vol. I, p. 30.
[14] CHARLES, R. H., A Critical and Exegetical Commentary on the Revelation of St. John, 1920, vol. II, p. 136.
[15] Collins desenvolveu essa ideia de forma aprofundada na obra – COLLINS, J. J., The Scepter and the Star, 2010, p. 49-68.
[16] Em 4 Esdras 13,9 se lê: “E eis que, quando ele viu a investida da multidão que se aproximava, ele nem levantou sua mão, tampouco carregava uma lança ou qualquer arma de guerra; mas apenas vi como ele emitira de sua boca como se fosse uma torrente de fogo, e doa seus lábios um hálito flamejante, e de sua língua ele fez jorrar uma tempestade de fagulhas. Todos estes estavam misturados juntos, a torrente de fogo e o hálito flamejante e a grande tempestade, caíram sobre a multidão que investia, preparada para a batalha, e a queimou por completo, de modo que, subitamente, nada se via da multidão incontável, mas apenas o pó e cinzas, e o cheiro de fumaça” – 4 Esdras 13.9-11 apud COLLINS, J. J. A imaginação apocalíptica, 2010, p. 393-394.
[17] COLLINS, J. J. A imaginação apocalíptica, 2010, p. 393.
[18] cf. MICHAELIS, W., “ῥομφαία”, p. 993-998.
[19] Em relação às citações dos Pais da Igreja, é oportuno consultar o verbete ῥομφαία em LAMPE, G. W. H., A Patristic Greek Lexicon, 1961, p. 1218.
[20] Um comentário do Sl 21.21 encontra-se na Epístola de Barnabé 5.13 – “E ele estava disposto a sofrer assim, pois era necessário que ele sofresse em uma árvore, pois o Profeta diz sobre ele: ‘Poupe minha alma da espada’ e ‘Pregue minha carne, pois as sinagogas dos ímpios ressuscitaram. contra mim’”.
[21] LAMPE, G. W. H., A Patristic Greek Lexicon, 1961, p. 1218.