Credo ut intelligam I: Anselmo de Cantuária e o argumento ontológico

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No início do século XI, Anselmo de Cantuária apresentou em seu livro Monologion um argumento em prol da existência de Deus – o Argumento Ontológico. Este argumento tem encontrado muitos críticos em quase mil anos, desde que foi escrito. Todavia, seu primeiro crítico, Gaunilo, foi quem levou Anselmo a aprimorá-lo a ponto de ele ser um argumento respeitado e usado ainda hoje por muitos como uma prova da existência de Deus.

Pretendo, em dois artigos, analisar o debate entre Anselmo de Cantuária e o monge Gaunilo em torno do Argumento Ontológico, o qual gira em torno da expressão anselmiana de Deus ser aquele sobre quem não se pode pensar nada maior. Segundo Alister McGrath, dentro do contexto da fé cristã, seu argumento tem ganhado o posto de um dos melhores argumentos acerca da existência de Deus.

Finalmente, veremos os desdobramentos futuros que o argumento ontológico possuiu. Analisaremos seu reflexo na academia filosófica e teológica. Concluiremos analisando alguns reflexos do Argumento Ontológico nas confissões de fé reformadas dos séculos XVI e XVII.

Quem foi Anselmo de Cantuária
Anselmo de Cantuária nasceu na cidade italiana de Aosta, na região de Piemonte, no ano de 1033. Filho de Gondolfo e Ermenberga, Anselmo teve um berço nobre. Sua educação iniciou-se na Abadia de St. Leger onde um currículo clássico o treinou para a clareza de expressão que, mais tarde, seria característica em seus escritos. Embora seu pai desejasse para ele a carreira política, a decisão de Anselmo inclinava-se para o monastério.

Após uma juventude protegida e gasta nos estudos, Anselmo enfrentou a morte de sua mãe. Após isso, cruzou os Alpes e, depois de três anos, se fixou permanentemente na abadia de Bec, na Normandia, norte da França.

Em Bec, estudou aos pés de Lanfranc, renomado teólogo de então. Anselmo fez os votos monásticos e sucedeu seu famoso professor como prior em 1063. Tudo isso, devido a sua intelectualidade e piedade fora do comum. Mais tarde, de 1078 a 1093, se tornaria abade de Bec. Neste tempo, sob a liderança de Anselmo, o monastério e sua escola se tornaram um proeminente centro de ensino. É nesse período que Anselmo escreveu duas de suas principais obras: o Monologion e o Proslogion.

Em 1093, Anselmo é nomeado arcebispo de Cantuária pelo rei Guilherme II, o Ruivo. Embora esse fosse o desejo tanto do rei quanto do povo, Anselmo aceitou o arcebispado contra sua vontade pessoal. Segundo Matos, já de posse do principal cargo eclesiástico da Inglaterra, Anselmo “promoveu reformas na vida da igreja, lutando contra a simonia (comércio de cargos eclesiásticos), o nicolaísmo (casamento clerical) e as interferências dos governantes na vida da igreja. Por causa disso, Anselmo foi exilado duas vezes (1097-1100 e 1103-1107)”.

Após seu último período de exílio, Anselmo é recebido na Inglaterra com entusiasmo pelo rei e pelo povo. Mas, “ele voltou para casa para morrer”. Anselmo veio a falecer em 21 de abril de 1109.

A razão de Proslogion existir
A obra Proslogion (segundo McGrath, é praticamente impossível de se traduzir esta palavra) foi escrita por volta do ano 1079. Seu primeiro título foi “A fé que procura a inteligência daquilo que crê”. Segundo Roque Frangiotti, “a pedido de Hugo e dos copistas”, a obra de Anselmo foi intitulada novamente para o que hoje conhecemos, Proslogion.

Segundo Anselmo, a razão pela qual ele se pôs a escrever Proslogion foi o de consolidar o argumento do Monologion (sua obra anterior). Segundo Richard William Southern, Anselmo quis que o Proslogion fosse “um suplemento para o Monologion”. Justo González argumenta que Anselmo, estando insatisfeito com o argumento proposto em Monologion, escreveu Proslogion com o objetivo de que este fosse menos complicado. E que, “após uma longa procura por um argumento mais simples, ele acreditou que o descobriu no que, mais tarde, seria chamado o ‘argumento ontológico’”. Alister McGrath resume o propósito de Anselmo como sendo a missão de “formular um argumento que levaria à crença na existência e no caráter de Deus como o bem supremo”. Tal argumento se valeria da afirmação de que Deus é o “ser do qual não é possível pensar nada maior”.

A exposição do argumento ontológico
É no Proslogion que Anselmo expõe o argumento ontológico. Uma frase desse livro que se tornaria conhecida é credo ut intelligam (creio para que possa compreender). Bengt Hägglund, em História da Teologia, diz que Anselmo baseia-se na tradução da Vulgata em Is 7.9: “Se não creres, não compreenderás” para embarcar na expressão agostiniana “compreender é a recompensa da fé”. No capítulo 1 do Proslogion, Anselmo afirma à Deus:

Não tento, ó Senhor, penetrar a tua profundidade: de maneira alguma a minha inteligência amolda-se a ela, mas desejo, ao menos, compreender a tua verdade, que o meu coração crê e ama. Com efeito, não busco compreender para crer, mas creio para compreender. Efetivamente creio, porque, se não cresse, não conseguiria compreender.

Assim começa a ser desenvolvida a argumentação de Anselmo na chamada prova anselmiana, ou, como Kant a chamou mais tarde, a prova ontológica da existência de Deus – ontologia é o braço da metafísica que lida com a natureza, ciência ou teoria do ser; aqui, no caso, o Ser de Deus.

O objetivo de Anselmo, em princípio, é chamar os seres humanos a buscarem a quietude para, nela, se encontrarem com Deus. “Eia, vamos homem!” é o início de sua chamada a que os homens fugissem de suas ocupações diárias, seus “pensamentos tumultuados”, suas preocupações com o dia a dia, e entrassem no esconderijo de suas mentes para, lá, se encontrarem com Deus. Na mente, os homens deveriam fugir de tudo, menos de Deus.

A mente é o objetivo de Anselmo. Sua prova acerca da existência de Deus busca satisfazer o intelecto daquele que crê. Anselmo não tenta satisfazer a mente do “insipiente”. Antes, faz uso da lógica para provar àquele que crê que Deus é, pelo fato de ele ser o Ser do qual não se pode pensar nada maior. E isso sem mencionar um versículo bíblico sequer.

McGrath registra que o argumento ontológico leva a dedução da existência de Deus a partir da afirmação de que Ele era “aquele sobre quem nada maior pode ser concebido”.

Hägglund resume o argumento ontológico de Anselmo como “a fé que concebe Deus como o ser mais elevado e mais perfeito”. Para Roque Frangiotti, Anselmo quis entreter-se com a questão da existência de Deus sobre todos os seus atributos buscando mostrar, em sua quietude, “que ele é tudo o que a fé nos ensina: eterno, imutável, todo-poderoso, imenso, incompreensível, justo, piedoso, misericordioso, verdadeiro, a verdade, a bondade, a justiça, e que tudo isso está nele como coisa única”.

Todo o argumento de Anselmo, os vinte e seis capítulos de Proslogion, foram escritos em forma de oração, lembrando em muito as Confissões de Agostinho de Hipona. Ao longo de sua piedosa argumentação, Anselmo demonstra, de duas formas, que Deus é aquele ser maior que podemos compreender. Primeiramente, Anselmo declara que, se existisse alguém maior que Deus, certamente nossa mente teria condições de imaginá-lo. E, se nossa mente tivesse condições de imaginar alguém maior que Deus, certamente Deus não seria o ser acerca de quem não se pode pensar nada maior.

Deus é uma realidade perfeita que, sendo perfeita, não pode existir apenas na ideia, mas também na realidade. Doutra sorte não seria perfeita. Em segundo lugar, Anselmo declara que Deus é “aquele ser que não podemos conceber como não-existente”. Para Anselmo, trata-se de uma contradição falar da “não existência de Deus”, pois o divino não pode deixar jamais de existir. E, se nossa mente é capaz de pensar na não-existência de um ser do qual tudo depende, nossa própria mente nos testemunha de sua realidade, visto que dEle tudo depende. Fosse Deus contingente, logo poderíamos pensar em sua não existência. Como essa não é a situação de Deus, logo, Ele deve existir.

Hägglund ousa dizer que, para Anselmo, tal pressuposto pode ser entendido intelectualmente até mesmo por aqueles que não creem na existência de um Deus. Isso porque o que é mais elevado do que tudo o que se pode conceber, não pode existir apenas no intelecto.

Sem dúvida, o valor de Proslogion encontra-se no “nítido apelo à razão em questões teológicas”, bem como na valorização do papel da lógica. É nesta obra que vemos antecipados os melhores aspectos da teologia escolástica, além de vermos cunhada uma expressão que passou a ser de uso geral naquele século: fides quaerens intellectum (a fé em busca do conhecimento).

Apesar de toda a argumentação de Anselmo no Proslogion ter sido contestada desde a sua concepção, McGrath afirma que, ainda hoje, ela é considerada um dos “componentes mais intrigantes da teologia-filosófica.”

O questionamento de Gaunilo
Mediante a apresentação do argumento ontológico, rapidamente se levantaram refutações por parte de um monge beneditino de Marmotiers chamado Gaunilo. Este, de acordo com Boehner e Gilson, possuía uma notável agudeza de espírito. Apesar de admirar e elogiar em parte o trabalho de Anselmo, Gaunilo não se convenceu da validade da prova ontológica nela exposta. Gaunilo questionou o fato de que uma ideia ser ventilada no intelecto não garanta que ela exista na realidade.

Em decorrência disso, Gaunilo escreveu um livro chamado Em favor do tolo, ou, Defesa do tolo, como o traduz Justo González. Nele, Gaunilo acusa Anselmo de confundir duas coisas bem distintas. Elas seriam o esse in intellectu e o esse in re (o ser na inteligência, na mente, e, o ser na coisa, na realidade). Gaunilo dizia que o fato de possuirmos a ideia de algo não quer dizer que esse algo exista, de fato. Mesmo que a ideia que tenhamos seja uma ideia “perfeita”.

Vejamos como Gaunilo o coloca no sexto capítulo de sua objeção:

Alguns afirmam, por exemplo, que há uma ilha num ponto qualquer do oceano e que, pela dificuldade, ou melhor, a impossibilidade de achá-la, pois não existe, denominam de Perdida. Contam-se dela mil maravilhas, mais do que se narra a respeito das Ilhas Afortunadas [sic]: que, devido à sua inestimável fertilidade, ela está repleta de todas as riquezas e delícias e que, apesar de não haver lá nem proprietário nem habitantes, supera, em fartura de produtos, todas as terras habitadas pelos homens.

 Venha qualquer pessoa dizer-me que tudo isso existe e eu compreenderei facilmente, pois suas palavras não apresentam para mim nenhuma dificuldade. Mas se ainda essa pessoa quisesse acrescentar como consequência: tu não podes duvidar mais que essa ilha, a melhor de todas que há na terra, exista de verdade nalguma parte, porque conseguiste formar uma ideia clara da mesma na tua inteligência… acreditaria que estivesse brincando, ou não saberia distinguir qual de nós dois eu deveria julgar mais estulto.

Alister McGrath comenta que, para Gaunilo, a ideia de que algo exista não implica em sua real existência. Gaunilo dá o exemplo da ilha perfeita ou de certa quantia financeira. Pensar na ilha mais magnífica que podemos, e pensar que tal grande quantidade financeira está em nossa posse, não tornam tais coisas reais. Partindo dessas ilustrações, Gaunilo tenta fragilizar o argumento da existência de Deus, fazendo juízo do ser de Deus do mesmo modo como o faz de uma ilha.

Para Gaunilo, apesar de toda a força que nosso pensamento possa fazer para compreender a natureza de um ser, isso não resulta em que a conclusão tirada de tal pensamento gere a ideia de que o ser pensado encontra seu paralelo no mundo real. Barth analisa da seguinte maneira o questionamento de Gaunilo:

Deveria alguma palavra acerca de Deus ser mais do que um símbolo razoavelmente significativo de um ser humano, um desejo demasiado humano, que nunca é cumprido, para compreender o incompreensível? Estas são as questões que ele sentiu-se compelido a dirigir para Anselmo.

Para Karl Barth, foi um fato absolutamente notável que Gaunilo tenha se sentido compelido a apelar diretamente a Anselmo.

Segundo o artigo de Timothy Stanley sobre Barth e Anselmo no periódico Modern Theology (Teologia Moderna), a controvérsia aqui é que Gaunilo entendeu mal a natureza noética do nome de Deus em Anselmo. Anselmo, nos diz Stanley, concordou que o nome de Deus permanecia escondido na objeção ontológica do próprio Deus, e que Deus é sempre incompreensível. “Como, então, nós sabemos que Deus é incompreensível?”, pergunta Barth. “Certamente, para Anselmo, como tudo o que nós conhecemos da Natureza de Deus, é seguido por fé e em fé”, responde o próprio Barth. Ou seja, para Gaunilo, não seria honesto da parte de Anselmo apelar à mente para convencer o insipiente acerca da existência de Deus.

Barth, em sua obra Anselm: Fides quaerens intellectum, comenta que, para Gaunilo, o artigo de fé acerca da existência de Deus, com respeito a sua validade epistemológica, não seria nada mais do que uma “vox vazia”.

O entendimento de Gaunilo quanto a uma palavra é que ela não passa de uma afirmação abstrata. Sons vazios que podem ser lançados dos lábios de qualquer pessoa sem que a ideia expressada pela palavra seja real, ou exista na realidade.

Gaunilo assim afirma no início do segundo capítulo de sua objeção:

A isso pode-se responder: se algo está na minha inteligência somente porque compreendo as palavras que o expressam, então não seria possível, também, afirmar o mesmo a respeito das coisas falsas ou absolutamente inexistentes, isto é, que se encontram na minha inteligência, porque, ao ouvir alguém falar nelas, eu as compreenderia?

Barth diz que Gaunilo ignorou “o fato dessa vox dever ser distinguida da inteligível vox Deus, simplesmente porque seu conteúdo é apenas de uma natureza noética e não ontológica”. Ou seja, a voz de Deus possui apenas uma natureza que contempla nosso pensamento, e não é capaz de nos levar à compreensão de sua real existência.

Nancy Levede, do Departamento de Estudos Religiosos da Universidade de Indiana (EUA), afirma em seu artigo Traces of History in St. Anselm (Traços da história em Santo Anselmo) que “a diferença entre Gaunilo e Anselmo, ambos dos quais disciplinariam seus pensamentos para o que eles poderiam conhecer em existência, é que, para Gaunilo, este exercício [de tentar compreender a Deus] é ostensivamente protetor do que realmente existe”. Levede comenta que, para Gaunilo, assim como Anselmo construiu a existência de Deus em sua mente, ilhas perdidas também podem ser construídas. Para Gaunilo, as ilhas perdidas são “construídas não de fantasias ociosas, mas do trabalho improvável do pensamento, dentro dos seus limites”.

Levede comenta também que, em Gaunilo, bem como “em todo o ceticismo, racionalismo e historicismo, há corpos e linguagens”, cada um tomando o seu caminho de acordo com suas leis e lógicas preordenadas.

Para Gaunilo, é impossível concluir sem nenhuma dúvida que Deus não exista. Boehner e Gilson nos lembram que Gaunilo “nega decididamente a possibilidade de pensar Deus como não existente”. Gaunilo, ao mesmo tempo que questionou a prova anselmiana contida no Proslogion, também não poupou elogios às demais considerações de Anselmo. O questionamento de Gaunilo foi e é tido como a objeção que melhor conseguiu “expor a séria fragilidade existente na argumentação de Anselmo”.

No próximo artigo, veremos como Anselmo responde às críticas de Gaunilo. Veremos também todos os desdobramentos futuros do Argumento Ontológico.

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1 COMENTÁRIO

  1. Excelente texto! Boa estrutura e desenvolvimento… Estou na expectativa da parte 2. Esta Revista deveria produzir mais texto sobre teólogos-filósofos da Idade M‚dia. parabéns!

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