Movimento Revolucion rio e Sexualidade – I

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2024

Considerado por alguns pensadores como fruto do hiato ideológico da pós-modernidade, o gayzismo1 paradoxalmente irrompe como um movimento de massa que, por sua própria natureza e dinâmica, desbarata uma das mais enraizadas premissas pós-modernas: a morte ou o declínio das ideologias. A mitologia hodierna sustenta que esse braço vigoroso da revolução sexual é apenas mais uma dentre tantas militâncias populares espontâneas em defesa dos direitos negados às minorias sexuais oprimidas. Entretanto, qualquer investigação colegial sobre as camadas intestinas do gayzismo é suficiente para denunciar o seu real e sombrio substrato.

Ostentando um corpo razoavelmente bem ordenado de ideias e doutrinas, a elite gayzista busca reinterpretar – à imagem e semelhança de si mesma – o homem, a sociedade e o mundo, e a partir dessa ideologia nortear, ao sabor de um discurso colorido e bem engendrado às massas, e da mobilização agressiva de militantes barulhentos, um conjunto de ações sociais e políticas que objetivam a transformação radical da sociedade em espectro global.

O gayzismo nada tem, portanto, de espontâneo ou popular. Trata-se de um projeto civilizacional de cunho revolucionário e muito bem amparado, como é sabido, por farto financiamento tanto público quanto privado2. Sua elite é composta geralmente por militantes (tanto homossexuais quanto bissexuais e mesmo heterossexuais) de viés notadamente esquerdista, podendo incluir ocasionalmente sequazes anarquistas, anarco-socialistas e niilistas. Observadas as devidas diferenças entre o indivíduo comum, que vive sua homossexualidade sem fazer dela uma causa ideológica, e o ideólogo militante e revolucionário, torna-se assim pertinente relembrar e destacar que “nem todo gay é gayzista e nem todo gayzista é gay”.

Note-se que a identidade radical e revolucionária do movimento não é fruto da acusação passional de seus oponentes; tampouco significa uma reorientação estratégica mais recente nos rumos da militância. Ela é, antes, abertamente confessada por seus ideólogos e está presente na raiz do movimento desde os turbulentos dias em que o gayzismo, enfim, consolidou-se como fenômeno cultural de massa. É o que se pode constatar no folder institucional distribuído em 1970 pela então importante organização gayzista GLF (Gay Liberation Front)3:

“O Gay Liberation Front é uma coalizão nacional de organizações revolucionárias homossexuais que visa criar uma contracultura radical dentro do estilo de vida homossexual. Politicamente, é parte de um movimento radical que busca suprimir e eliminar toda opressão contra os homossexuais, seja na indústria, na mídia, no governo, nas escolas e nas igrejas.”

Mais recentemente, a finada Paula L. Ettelbrick4, voz de grande autoridade entre as militantes lésbicas americanas, declarou:

“Ser gay[zista] é mais do que construir uma casa, dormir com alguém do mesmo sexo, e reivindicar apoio legal para isso… Ser gay[zista] significa estender os parâmetros… da sexualidade e da família e, assim, nesse processo, transformar todo o tecido da sociedade. Devemos nos manter focados no nosso objetivo… de radicalmente reordenar a visão que a sociedade tem sobre a realidade.”

Tanto aqui quanto nos Estados Unidos, a ambição revolucionária serviu-se, com sucesso, da sofisticação estratégica de Antonio Gramsci, pensador comunista italiano que, detido em prisão fascista entre os anos vinte e trinta, desfrutou de tempo suficiente para pormenorizar o mais complexo manual de infiltração ideológica e transformação social até então concebido.  Em entrevista a um canal de televisão5, o deputado federal (PSOL) Jean Wyllys, hoje o mais destacado militante da causa gayzista no Brasil, reconheceu a estratégia empregada pelo movimento:

“Um dos intérpretes do Marxismo, Antonio Gramsci, diz isso: o segredo [revolucionário] não está numa revolução que vai transformar tudo [pelo confronto armado], mas em você se posicionar estrategicamente dentro da estrutura [social] e mudá-la de dentro.”

O ideal revolucionário de Gramsci releva a luta armada e a “ditadura do proletariado” em favor da “hegemonia [cultural] do proletariado”, uma lenta, constante e sutil mudança de mentalidade na qual se espera que a longa infiltração das instituições tradicionais produza, além de sua própria e funesta corrosão, a transformação cultural e psicológica das massas, redundando na mentalidade uniforme que é, em si mesma, a preparação para a tomada do poder sem resistência. Os principais e mais ativos agentes dessa revolução silenciosa, segundo Gramsci, são os “intelectuais orgânicos”6 dos quais o senhor Jean Wyllys, com sua ardorosa militância, apresenta-se como um exemplar característico.

Sob o prisma puramente histórico, o movimento revolucionário gayzista viu desabrochar os seus primeiros passos nos dias mais conservadores do período vitoriano. Atribui-se o seu pioneirismo ao advogado e intelectual alemão Karl-Heinrich Ulrichs, até hoje celebrado pelos ideólogos como o patrono da causa. Sexualmente molestado em tenra idade por seu instrutor de hipismo, Ulrichs não apenas identificou-se com o homossexualismo em si, mas com a então ousada e inaudita militância homossexual. Versado em direito, debalde empreendeu esforços para revogar o famigerado “Parágrafo 175”7 do código penal alemão que, a partir de 1871, passara a criminalizar sodomia.

Embora a segunda metade do século XIX visse o movimento grassar de modo particular nos meios artísticos e universitários britânicos (dos quais o dramaturgo Oscar Wilde8 e o poeta John Addington Symonds9 tornaram-se ícones), foi na Alemanha – especialmente durante os dias de frouxidão moral da República de Weimar – que o gayzismo ganhou tônus suficiente para apresentar aspirações políticas e sociais mais consistentes.  Cabe registrar que a obscura e perversa relação entre militância gayzista e nazismo – por mais absurda e conspiratória que soe aos leitores atuais – não só é fato como será pormenorizada em um post futuro. Por agora, basta registrar que a conexão americana daquela militância ainda incipiente consolidou-se com Henry Gerber, jovem alemão naturalizado americano que servira pelo exército dos Estados Unidos em sua terra natal logo após a Primeira Guerra Mundial. Em Berlim, inspirado pela obra pioneira do psicanalista homossexual Magnus Hirschfeld e seu Comitê Científico-Humanitário10, Gerber decide levar o movimento para além do Atlântico, fundando no ano de 1924, em Chicago, a Society for Human Rights, organização, aliás, desbaratada pouco tempo depois, sob a acusação de abuso sexual de garotos.

Na América ainda conservadora dos anos 40, a revolução gayzista ganha a adesão decisiva de Harry Hay, advogado e naturalista inglês radicado naquele país e membro ativo do Partido Comunista Americano (CPUSA). Hay, cuja estratégia será de vital importância para as futuras sendas do movimento, fora parceiro sexual de Champ Simmons, discípulo do supracitado Henry Gerber. Hay celebrizou-se pelo pioneirismo na aplicação da dialética marxista ao gayzismo, na qual, pela primeira vez, os homossexuais são apresentados como uma “minoria sexual” oprimida pelas classes dominantes.

Em 1950, Hay funda a Mattachine Society, organização com a qual expande o ativismo radical mediante fraternidades secretas baseadas nos padrões de infiltração comunista. Com isso, logra derramar na sociedade americana um volume progressivo e disperso de publicações e teorias simpáticas ao movimento.

Ainda no início dos anos 50, a Mattachine Society, através de um de seus membros, Wardell Pomeroy, conecta-se às experiências inomináveis do zoólogo bissexual Alfred Kinsey, cuja contribuição pseudo-científica alavancou não apenas o gayzismo, mas uma profunda derrocada nos padrões morais do homem americano. Com a sua famosa obra “O Comportamento Sexual do Macho Humano” (1948) 11, fruto de farto subsídio pela Fundação Rockfeller, Kinsey teve influência marcante sobre a carreira do mundialmente famoso multimilionário Hugh Hefner, empresário que, em 1953, inaugurava a era da moderna indústria pornográfica, que tanto dano moral tem trazido à varonilidade ocidental.

Nos turbulentos anos 60, o radicalismo gayzista ganha contornos mais agressivos, inspirado pelos ares esquerdistas que varriam os Estados Unidos de costa a costa. Com a militância incansável de Frank Kameny12, ex-astrônomo do serviço de mapeamento do exército americano, o capítulo da Mattachine Society em Washington, D.C., inicia sua longa e bem-sucedida campanha pela supressão das leis anti-sodomia nos Estados Unidos. Kameny encabeça o Annual Reminder for Gay Rights, sob cujo apelo organiza piquetes e manifestações barulhentas diante das mais renomadas instituições públicas americanas, como a Casa Branca, o Congresso e o Independence Hall, entre outros. A militância de Kameny, munida do fraudulento e nocivo “Relatório Kinsey”13, foi decisiva para que a American Psychiatric Association removesse, em 1973, o homossexualismo de seu Manual Diagnóstico de Transtornos Mentais, conquista tida como uma das mais significativas vitórias do movimento no campo dito científico.

Não obstante, os especialistas no movimento concordam que o episódio mais significativo para a transformação do gayzismo em fenômeno de massa, ocorreu no dia 28 de junho de 1969, na região de Greenwich Village, nas vizinhanças de Manhattan, em Nova Iorque. Ali, ocupando os números 51, 52 e 53 da Christopher Street havia o Stonewall Inn, um antigo restaurante que, ao passar em 1966 para o controle da máfia, fora transformado em um das mais famosas tavernas gays dos Estados Unidos. Na data citada, o local tornou-se palco de um acirrado embate entre as forças policiais e os seus usuais e controvertidos frequentadores. Os Stonewall Riots, como ficaram conhecidos aqueles incidentes, duraram vários dias e acabaram por fazer do local um marco do movimento gayzista.

Menos de seis meses após os tumultos no Stonewall Inn, duas organizações e três jornais da militância haviam sido fundados em Nova Iorque. Um deles vaticinava em uma de suas manchetes: “A libertação está a caminho!”. No ano seguinte, Nova Iorque, Chicago e Los Angeles viram surgir de uma das mais ousadas manifestações do movimento, a Gay Pride Parade, organização que, espalhando-se mundo afora, fez das cores do arco-íris um símbolo de sua militância e de seu confronto contra todos os valores morais e culturais sobre os quais o nosso mundo foi alicerçado.

Hoje, meio século após a controvertida revolução sexual e para o espanto de diversos setores da sociedade, o movimento gayzista encontra-se prestes a consagrar o homossexualismo como uma prática absolutamente incriticável e suprapositiva. Assim como ocorre com outros movimentos revolucionários culturais, ele aspira nada menos que o controle estatal absoluto sobre o que se pensa, fala e escreve. Contribuindo decisivamente para essa reengenharia social de proporções orwellianas, o gayzismo vai rapidamente demolindo, um após outro, todos os critérios de julgamento moral, de tal sorte que seus ideólogos – devidamente protegidos contra qualquer ressalva de terceiros – sintam-se enfim, quais soberanos indefectíveis da virtude, livres para ditar todos os rumos éticos e morais da humanidade, erodindo sem piedade e sob o manto dos Direitos Humanos, os valores tradicionais judaico-cristãos sobre os quais as noções de família e casamento foram embasadas no mundo ocidental. Isso faz desse movimento um dos maiores e mais abrangentes desafios que Igreja enfrentou em sua longa e combativa existência.

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1 Neologismo que denota um fenômeno social voltado para a disseminação sistemática da cultura e da ideologia homossexual. Também conhecido como Movimento LGBT (ou GLBT), o gayzismo caracteriza-se, entre outras coisas, pela labuta em prol da erosão dos valores tradicionais e pela progressiva imposição de uma nova moral à sociedade, através de incansáveis esforços culturais e jurídicos que visam silenciar ou mesmo criminalizar os seus opositores.
2 No caso do Brasil, um bom exemplo é o Programa Brasil Sem Homofobia lançado em 2004 no governo Lula, para cuja implementação o Estado destinou R$ 178 milhões de seu orçamento público. Dessa iniciativa derivaram outras tantas, como o projeto Escola Sem Homofobia (arquitetado em conjunto com a Global Alliance for LGBT Education – GALE). Com o imprescindível apoio do MEC e da ONG ECOS, o projeto tenta, desde 2008, emplacar nas escolas públicas o seu controvertido e obsceno Kit Anti-Homofobia.
3 Extinta organização gayzista resultante da coalisão de diversos grupos revolucionários americanos a partir dos levantes ocorridos em 1969 no bar gay Stonewall Inn, em Nova Iorque. O GLF advogava a total liberação sexual na sociedade, sustentando que a conduta heterossexual é uma forma de opressão que só pode ser superada através do total desmantelamento das instituições sociais, de forma que se possa reconstruí-las sem regras sexuais definidas. Entre suas principais demandas estão a decomposição da família tradicional e a luta contra o capitalismo (http://en.wikipedia.org/wiki/Gay_Liberation_Front).
4 Advogada e militante lésbica americana dedicada à causa gayzista, especialmente à legalização do “casamento” entre pessoas do mesmo sexo. Ao longo de 25 anos de militância dentro e fora dos EUA, ocupou posição de destaque em organizações como o Lambda Legal Defense and Education Fund (1986-93), o National Centre for Lesbians Rights, o Empire State Pride Agenda,  o International Gay and Lesbian Human Rights Commission (2003-09), o National Gay and Lesbian Task Force e, finalmente, o Stonewall Community Foundation, em cuja função se aposentou pouco antes de falecer. Morreu de câncer em 2011, aos 56 anos.
5 Entrevista concedida ao jornalista Antônio Abujamra, no programa Provocações da TV Cultura, transmitido em 25/06/2013 (http://tvcultura.cmais.com.br/provocacoes/programas/programa-619-com-o-deputado-federal-jean-wyllys-25-06-2013).
6 Na concepção de Gramsci, os intelectuais orgânicos são agentes de transformação da cultura produzidos organicamente por cada classe social. São indivíduos que exercem alguma influência ou liderança num sentido amplo, seja na produção, na cultura ou na administração pública e que, por isso, ditam regras e tornam-se referência cultural. Os intelectuais orgânicos não se limitam a descrever a vida social segundo regras científicas, mas expressam, mediante a linguagem da cultura, as experiências e o sentir que as massas não conseguem articular por si mesmas.
7 Artigo do Código Criminal alemão em vigor a partir de 15 de maio de 1871. O Parágrafo 175 criminalizava as relações homossexuais, passando mais tarde a abranger também a zoofilia, a prostituição e a pedofilia. Os nazistas ampliaram seu escopo em 1935, produzindo uma versão que permaneceu em vigor na Alemanha Ocidental até 1969. Em 1973, a lei sofreu mudanças atenuantes, até que fosse totalmente revogada em 1994, logo após a reunificação alemã (http://en.wikipedia.org/wiki/Paragraph_175).
8 Famoso escritor, poeta e dramaturgo britânico de origem irlandesa (1854-1900), autor de obras mundialmente conhecidas, como o romance O Retrato de Dorian Gray. Personagem excêntrico e de vida social conturbada, Wilde tornou-se, a partir de meados do séc. XX, um ícone do movimento gayzista por ter sido preso em 1895, em função de sua conduta homossexual.
9 Poeta e crítico literário inglês (1840-1893). Embora casado e pai de quatro filhas, Symonds era ardoroso militante da causa homossexual, incluindo a franca defesa da pederastia.
10 Fundado em Berlim, em 1897, por homossexuais militantes como Magnus Hirschfeld, o Comitê Científico-Humanitário (Wissenschaftlich-humanitäres Komitee) foi a primeira entidade gayzista da história. Sob o lema “Justiça pela Ciência”, a organização pregava a vitória sobre a discriminação contra o homossexualismo através da compreensão científica sobre o tema.
11 Biólogo pela Universidade de Harvard e docente em Zoologia pela Universidade de Indiana, Alfred Charles Kinsey produziu, entre 1938 e 1953, as obras Sexual Behavior in the Human Male (1948) e Sexual Behavior in Human Female (1953); ambas compõem o chamado Relatório Kinsey, documento de particular importância para a causa gayzista até os dias atuais. Em 1947, pouco antes da publicação do relatório masculino, Kinsey fundou na Universidade de Indiana o Kinsey Institute for Research in Sex, Gender and Reproduction.
12 Franklin Edward Kameny notabilizou-se como o mais longevo militante da causa LGBT nos EUA. Foi um dos convidados de honra do presidente Barack Obama durante a cerimônia de assinatura do Don´t Ask, Don´t Tell Repeal Act, que permitiu, a partir de 2010, que gays e lésbicas declarados sirvam as Forças Armadas dos EUA.
13 Para uma visão crítica sobre o Relatório Kinsey, conferir Kinsey´s Fraud and its Consequences for Society, de Raquel M. Chanano, publicado em http://www.ewtn.com/library/ISSUES/KINSEY.TXT; e o artigo How Alfred Kinsey´s Sex Studies Have Harmed Women and Children, por Robert H. Kight, disponível em http://www.cwfa.org/images/content/kinsey-women_11_03.pdf.

4 COMENTÁRIOS

  1. Gostei do artigo. Sou pastor e leio sempre que posso sobre o assunto. Vou guardar o artigo para usar em estudos futuros. Indico como assunto tangente o vídeo do Padre José Eduardo sobre Ideologia de Gênero, de 40min, dispónível no youtube. parabéns. Por favor, continue ensinando assim. Paz de Cristo.

  2. Muito obrigado pelas palavras de incentivo, nobre Pr. Marcos. A situação atual da revolução cultural (da qual o movimento LGBT ‚ apenas uma fração) ‚ de tal gravidade, que demanda atenção e atualização constantes da parte da liderança cristã em geral.
    Grande abraço e sucesso em seu minist‚rio.

  3. Ol  Aramis, tudo em paz meu irmão!? parabéns pelo artigo e pelo conteúdo exposto em palestra recente na PIB de Jacareí! Pude estar presente e ser desafiado a atentar com mais seriedade a esse mal que vem de maneira sutil cerceando nossa sociedade. Bom, soube da última palestra, sobre os desafios da igreja nesse s‚culo…,feita nessa mesma igreja, a convite do Pr. Cl udio Pinas, e infelizmente não pude participar. Congrego com o Pr. Agnaldo Machado, na Igreja Bíblica Manancial aqui em SJC, e gostaria de saber da possibilidade da aplicação dessa mesma em nossa igreja. Minha intenção ‚ a de trabalharmos essa palestra em conjunto com outras igrejas parceiras para alcançarmos o maior número de líderes possível. Aguardo seu retorno sobre isso meu irmão! Deus abençoe.

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