Marcos Eberlin, preletor do 8§ Congresso de Teologia Vida Nova, fala sobre a ciência e a origem da vida

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Extraído de: www.origemedestino.org.br/blog – autorizado por Johannes G. Janzen

Ele acaba de ser indicado para ganhar a medalha BrMASS 2011.

É um verdadeiro pioneiro da espectrometria de massas moderna no Brasil.

É Professor Titular do Instituto de Química da UNICAMP.

O laboratório ThoMSon, criado por ele, é referência nacional e internacional de espectrometria de massas.

A produção científica dele é fenomenal em quantidade (> 460 publicações) e qualidade.

Orientou e orienta um grande numero de pesquisadores que admiram a sua capacidade científica e amizade.

E é o autor do livro “Fomos Planejados: A maior descoberta científica de todos os tempos!”. O livro é uma obra que aborda a questão maior de todos os tempos: a origem do Universo e da Vida.

Então, só poderia correr atrás de uma entrevista exclusiva com o Prof. Dr. Marcos Eberlin acerca da evolução química da vida.

Aqui está ela.

A teoria da evolução procura explicar como as formas de vida se desenvolveram por longos períodos de tempo, mas isso ignora a importante questão do surgimento de um “sistema” vivo a partir de um “sistema” que não é vivo. Qual é a diferença entre um “sistema” vivo e um que não é vivo?
A diferença de um sistema vivo e não vivo é brutal, abismal! Vários saltos quânticos de complexidade e informação e antevidência são necessários! É tanta coisa ao mesmo tempo e no mesmo lugar que faz as estórias que lemos por aí virarem verdadeiros “contos de fada”, delírios irracionais! Não há forma rudimentar de Vida, não há como se conceber um algo… querendo se organizar, vislumbrando um futuro mais “brilhante” como um ser vivo. Isto é boato, não fundamentado em fatos! A Vida depende, todos nós sabemos hoje, eu e você, de um conjunto extraordinário de moléculas e macro-moléculas! Depende da organização destas moléculas em nano-máquinas moleculares, depende da síntese controlada, precisa e altamente eficiente destas moléculas e macro-moléculas, na hora e no local certo, com a distribuição tridimensional certa (quiralidade, por exemplo). A Vida se baseia em especificações, ou seja, instruções inteligentes! Rotinas e procedimentos e detalhamento aperiódico e funcional, que não pode por principio e lógica emanar de leis. Ou seja, precisa de inteligência! Precisa de criatividade e flexibilidade! Algo que transcende em milhares de ordens de grandeza os limites de atuação de processos naturais não guiados. A Vida é isto, um tudo ou nada! Ou tudo está ali, conforme especificado e pré-determinado por uma mente inteligente, ou Nada feito! A Vida precisa, entre tantas coisas, de proteção, pois as forças naturais e os processos naturais são hostis à Vida. As forças naturais são madrastas e não as “mães” da Vida. A Vida precisa então de membranas fosfolipídicas dupla camada engenhosamente arquitetadas, precisa de um coquetel de lipídeos nestas membranas, precisa de um ajuste fino do equilíbrio destes lipídeos todos e de um sensor de temperatura conectado ao sistema de ajuste para resistir às flutuações de temperatura! A Vida precisa de energia e assim precisa de verdadeiras usinas de energia química nano-molecular: as ATP sintase, um espetáculo de engenharia química! A Vida precisa de um processo que forme polímeros (poliamidas) a partir dos 20 aminoácidos escolhidos das milhões de opções disponíveis, para com um ajuste fino das forças intermoleculares, moldar as estruturas di-, tri e tetra-dimensionais das proteínas; precisa, então, das fábricas de proteínas mais espetaculares deste Universo, os ribossomos! Verdadeiros robôs moleculares a orquestrar a formação de ligações peptídicas, evitando as reações laterais mortais à Vida, e com uma eficiência acima de 5 noves (1 erro em 1 bilhão) em um processo frenético (várias ligações peptídicas por segundo). A vida precisa de mecanismos de controle, precisa de mecanismo de sub-divisão celular, precisa de uma macromolécula que armazene informação e a transmita, a “longa distancia”, no momento certo, e toda uma maquinaria para duplicar e retificar o seu DNA. A Vida precisa ainda de ser capaz de transmitir toda a informação nela armazenada para as gerações futuras. Ou seja, para que algo seja considerado “Vida”, honestamente falando, deixando a retórica em casa, ele precisa ter o que? Basicamente quase tudo, senão todo o verdadeiro arsenal de nano-máquinas moleculares e todo o software e o hardware de cópia, leitura e transmissão que as células de seres vivos possuem hoje. Vida, gente, não é coisa de amador. Não pode se dar ao luxo de ser rudimentar, de ir evoluindo do inanimado para o “animado”, do caos para o ápice da organização e especificação. Vida é coisa séria, coisa de gente que faz e sabe fazer, coisa de profissional!

Isso é extremamente impressionante. Pelo exposto pelo senhor, são tantas as condições que teriam que ser preenchidas, que a origem da vida parece ser um verdadeiro milagre. Apesar disso, os cientistas da origem da vida tem procurado desenvolver teorias (denominadas pelo senhor de “estórias”) sobre como as substâncias químicas poderiam evoluir até se tornarem matéria viva. Quais são os “contos de fada” mais comuns que os cientistas têm proposto nos últimos anos?
Destes “contos de fada”, o mundo do RNA me parece o mais chocante. Imaginam eles que a Vida teria sido iniciada a partir de uma molécula universal, a “Eva Molecular”, um “pequeno RNA” auto-replicante e auto-catalítico, que envolto em uma membrana rudimentar foi evoluindo catalisando sínteses de proteínas funcionais (pasmem) até se transformar em Tzchan… no primeiro DNA. Mas para você acreditar nesta hipótese você não deve saber nada de Química. Pois se um pouco você souber, destruirá de imediato a sua fé. Pois como pensarmos ser viável a Vida iniciar-se de uma molécula de RNA? Puro delírio, um sonho que teima em não bater com a realidade. Soa bem aos ouvidos naturalistas, mas ecoa muito mal no mundo molecular. Pois sabemos que um RNA é instável, bem menos estável do que um DNA… seus açucares são diferentes, e o açúcar do RNA foi projetado para exatamente calibrar sua menor estabilidade. Pois RNA codifica a síntese de proteínas, assim depois que fez seu serviço o RNA precisa se auto-destruir… em “10 segundos”! Os RNA são assim instáveis, deixando o “São Tempo” da Evolução sem tempo de fazer, com eles, os seus milagres… Um delírio também, pois de pequenos estes RNA não tem nada! São longas fitas… que teriam que se formar em processos aleatórios não guiados, e por consequência, completamente inviáveis do ponto de vista probabilístico, ou seja, a matemática mostra que não. Um delírio, pois mesmo que estas longas fitas pudessem de alguma forma se formar, apenas poucas combinações entre milhões de milhões de combinações possíveis se mostram auto-catalíticas. Uma impossibilidade completa, o “mundo do RNA” é um pesadelo para os químicos pré-bióticos, pois para formar RNA você não precisa ter disponível somente uma classe de bloco estrutural, como os aminoácidos das proteínas; você precisa de três classes: açúcar, base nitrogenada e fosfato! E todos nós sabemos que as condições de síntese de açucares são incompatíveis com as condições de síntese de bases nitrogenadas, e vice-versa… Então como formá-los e tê-los disponíveis no mesmo pote, naquela sopa “primordial” ácida e escaldante? Uma impossibilidade total elevada ao cubo! Aja fé, e fé do tipo que o obscurantista medieval fundamentalista aqui se recusa a ter – fé no irracional! “Evolution hopes you don’t know Chemistry. But, thanks God, I do”!

Pelo que o senhor comentou, parece que a ciência está em um beco sem saída. As teorias mais comuns não conseguem garantir uma explicação natural para o início da vida. O que fazer com esse impasse científico?
Temos que fazer o que a Ciência já fez várias vezes… admitir que erramos.
Já fizemos isto com a geração espontânea, com o flogístico, com o éter, com a força vital… Temos que ser humildes o suficiente para admitir que achávamos ter encontrado um processo natural que teria criado o Universo e a Vida. Mas foi um equívoco. Achávamos que estávamos iluminados pelo conhecimento cientifico banindo as trevas da ignorância da crença no sobrenatural… Mas percebemos o contrario…. O que achávamos que era luz na realidade era um laser que cegou um de nossos olhos, e a gente ficou por 150 anos sem ver a “inteligência” que existe na Vida e no universo, não enxergávamos nada, nada alem de forças naturais… e ficamos procurando explicações simplesmente onde elas não existiam… Ficamos a imaginar processos mirabolantes regidos pelas forças naturais, para explicar o inexplicável… informação aperiódica funcional, antevidência, complexidade irredutível. Mas forças naturais não têm estas capacidades. Descobrimos que a Vida é especificada e tudo que forças naturais não podem fazer é criar uma Vida especificada… Descobrimos que a Vida se valeu de antevidência e tudo que forças naturais não podem fazer é antever… Descobrimos que a Vida tem complexidade irredutível e tudo que forças naturais não podem fazer é criar sistemas com complexidade irredutível… a lógica e a razão nos mostram isto hoje. Vivemos em um impasse científico sim… Mas este impasse não decorre de decidirmos entre uma ou outra opção frente aos dados que dispomos. Esta decisão já esta feita! Não por nós, mas pela forca descomunal de uma avalanche sem precedentes de dados e mais dados que não deixam duvida alguma. Sabemos hoje por A+B que foi uma mente inteligente que orquestrou a Vida e o Universo. Esta é uma questão resolvida, cientificamente! A questão não resolvida é se vamos ou não anunciar isto… Se contamos ou não ao grande publico e a mídia a verdade… Por enquanto a estratégia tem sido negar, negar, negar…. Negar sempre, este é o lema! Negar e abafar! Por mais absurdas que nossas explicações possam parecer ou por mais avassaladoras que sejam as provas contra nós! Mas esta estratégia não está funcionando mais… Não está dando mais para cancelar todas as palestras… Não está dando mais para bloquear a informação… pois a internet é cruel… os blogs e os web-books estão pipocando por todos os cantos deste planeta anunciando os fatos! Não dá mais para demitir todos os cientistas que teimam em abrir a boca… Não dá mais para chamá-los de obscurantistas medievais fundamentalistas, religiosos ignorantes… Quando mais tentam desqualificar os oponentes mais claro fica a incapacidade de refutar suas teses… Não dá mais para contar somente com o exército de “meninos e meninas” de Darwin, catequizado no Darwinismo, a combater e desqualificar os proponentes da TDI [Teoria do Design Inteligente]… Está claro demais, evidente demais, ecoa por todo o canto e em todo o lugar… Vamos ter que admitir… vamos ter que dizer … Desculpem-nos, erramos! E este dia está próximo… quem viver, verá!

Pelo exposto, o senhor acredita que as evidências apontam para a existência de um Projeto Inteligente. Em um artigo para o Jornal da Ciência, Julio Cesar Pieczarka, pesquisador da UFPA, afirma que o Projeto Inteligente não é ciência, mas religião. Afinal de contas, o Projeto Inteligente é ciência?
Muitos na Academia tem esta falsa impressão e esta é mais uma artimanha usada pelos “sem-argumentos”: TDI é religião!

Mas o significado de “ser religião” é profundo e claro, e indicaria que a TDI se fundamenta e se estabelece pela força de argumentos filosóficos e/ou teológicos. Mas não se iluda! Esta afirmação é infundada e feita, ardilosamente, para confundir os leigos. Feita pelos que jogam verde para colher maduro! Em um erro clássico de interpretação, confundem com seus fundamentos as implicações filosóficas indiretas e conceitualmente dispensáveis da TDI.

Uma acusação comum é a que diz que a TDI é Criacionismo Bíblico disfarçado de Ciência. Uma conspiração de evangélicos querendo que a Bíblia seja pregada em aulas de Ciência! Será? Nós, da TDI, somos radicalmente contra este despropósito, um desserviço tanto à Ciência como ao Criacionismo Bíblico! O Criacionismo Bíblico é muitíssimo mais abrangente e profundamente muito mais pretensioso em suas colocações do que a TDI. O Criacionismo Bíblico envolve sim, em seus enunciados e para a sua compreensão, alguns aspectos científicos; mas muito mais abrangentes (e profundos) são seus aspectos filosóficos e teológicos. O Criacionismo Bíblico dá, por exemplo, nome e endereço para o criador, descreve suas características e pretensões, e suas reações e emoções (“viu que tudo era bom…”) ao criar e interagir com sua criação. Diz como, quando e onde ele criou o Universo e a Vida, e para que! Dá os materiais originais que Ele usou (do nada e do pó da Terra), e insere na narrativa da criação seres imateriais como anjos e demônios. Fala sobre Pai, Filho e Espírito Santo, homem e mulher à sua imagem e semelhança. Dá a condição original da Terra e do Homem, e descreve as mazelas atuais da humanidade como fruto de nossa desobediência. Princípios, eventos e afirmações que emanam de um livro sagrado milenar, a Bíblia, escrito por homens, mas, como suas páginas declaram, sob inspiração e cuidados divinos. Ou seja, o Criacionismo Bíblico descreve uma série de eventos, intenções, afirmações e previsões que são, por princípio e necessidade, completamente inacessíveis à Ciência e a sua limitada metodologia! Muitos têm procurado (e muitas vezes encontrado) na história, na lógica, na arqueologia, na cosmologia e em outras áreas do conhecimento científico, evidências que suportam as suas afirmações, mas o Criacionismo Bíblico independe da Ciência e dela não emana qualquer um de seus postulados.

A TDI, ao contrário, é uma teoria extremamente modesta, minimalista! Uma teoria que emana pura e exclusivamente de dados e interpretações científicas feitas por homens falhos e imperfeitos (temos que admitir) e que se resumem em um único postulado. Este postulado se harmoniza, sim, mas não necessariamente prova postulados do Criacionismo Bíblico. A TDI simplesmente conclui, pela força de dados obtidos e dentro das enormes limitações da metodologia científica, que uma fonte inteligente é a melhor, ou provavelmente a única inferência possível para a origem do Universo e da Vida. O Deus Criador bíblico é uma fonte inteligente? Certamente que sim! Portanto, Ele se harmoniza com o postulado central da TDI, mas esta implicação indireta do postulado central da TDI não o fundamenta. Note também que o postulado central da TDI nem sequer possui elementos suficientes para dar qualquer atributo específico a esta fonte inteligente, a não ser sua altíssima inteligência, característica esta que por sinal engloba a imensa maioria de outras opções de diversas vertentes religiosas para um Criador, ou coleção deles.

Como então classificar a TDI como Criacionismo Bíblico disfarçado de Ciência? Como assim proceder quando o disfarce é imensamente pequeno e inapropriado, e simplesmente incapaz de acomodar quem se pretenderia disfarçar? Quando o pretenso disfarce é inclusive, para alguns criacionistas bíblicos, inaceitável e herege! Quando as duas coisas que se pretende atrelar à mesma fonte emanam, na realidade, de fontes tão distintas e contrastantes?
Um exemplo recente, além do que você citou no Jornal da Ciência, de tentativa de atrelar a TDI às religiões, para assim desqualificá-la como Ciência, evitando o debate de suas teses, foi visto no artigo de Sergio D. Pena, intitulado Evolução e Religião (ver aqui) cuja introdução é reproduzida abaixo:

“…A resistência de alguns grupos religiosos à evolução (A TDI é citada e nestes grupos incluída, nominalmente) é um problema que me deixa simultaneamente perplexo e entristecido. Como racionalista de carteirinha e cientista militante, tenho dificuldade em entender essa situação. Como pode um indivíduo pensante desprezar evidências empíricas gritantes e concretas para adotar em seu lugar um pensamento anti-científico, com base apenas em revelações e escrituras milenares de origem obscura que alegam ser de autoria divina?

No contraposto, veja o que disse a jornalista, escritora e agnóstica Melanie Phillips (ver aqui): “Dogma é certamente o que encontramos do outro lado deste embate! Um dogma materialista que posa como guardião da razão contra o obscurantismo, mas que na realidade se nutre na irracionalidade e em um tipo de fascismo intelectual. É uma inquisição (desta vez) secular!”

A TDI é, então, ciência pura, em sua essência! Não se fundamenta em filosofia ou teologia, em textos de livros sagrados, ou em orientações ou interpretações de líderes religiosos, mas tem seus postulados fundamentados em ciência bruta, e em fatos e argumentos científicos. Os postulados da TDI não se baseiam em declarações de fé de livros sagrados, mas, seguindo o rigor cientifico, a TDI fundamenta seus postulados em dados científicos publicados na literatura científica disponível a todos. Como usa os conhecimentos mais recentes, normalmente estes dados científicos são os publicados em periódicos de grande prestígio acadêmico, como a Nature e a Science. Os dados são, portanto, os mesmos, mas a TDI os reinterpreta sem as restrições do paradigma predominante, sem o “tapa-olho” do naturalismo filosófico, o qual, não obstante a existência de duas causas lógicas e racionais neste Universo (as Forças Naturais e a Ação de uma Mente Inteligente), restringe a ação da Ciência e a compele a excluir, a priori, o Design Inteligente. A TDI tem, portanto, por não pressupor a exclusividade de causas naturais, a liberdade de poder fazer a melhor inferência, e assim optar no domínio pleno da razão, por causas naturais ou supernaturais! E, com relação à origem da Vida e do Universo, a TDI faz a melhor inferência: somos frutos de uma ação inteligente, a qual transcendeu, em muito, os limites de ação de forças naturais acéfalas não guiadas.

Classificar a TDI como Religião é estratégia dos fracos de argumentação, dos “sem-argumentos”! É procurar desqualificar a tese e não refutá-la. Cientista refuta; desqualificar é estratégia de advogado, daqueles “porta de cadeia”…

Design Inteligente é Ciência, em sua Essência! Ciência da Informação, Fronteira do Conhecimento Científico!

Cercear, portanto o direito de cientistas de expor, para seus colegas e alunos, os argumentos da TDI, nas “Catedrais da Ciência”, no fórum máximo da pluralidade e discussão de idéias, sob a falsa alegação de que TDI não é ciência, confundindo-a ardilosamente com religião, aponta então não para a fragilidade científica dos argumentos da TDI, mas para a impossibilidade de refutá-los.

O senhor mostrou que a melhor explicação científica para a existência da vida é a teoria do design inteligente a qual considera a existência de um Planejador Inteligente. Para o senhor, quem é o Planejador Inteligente?
Como cientista eu não sei. Simplesmente não há como saber, pela razão, pelos fatos, pelas evidências. Pois só temos a obra, mas o “artista” aparentemente, pelas nossas percepções, se foi. Sabemos, ao analisar sua obra, que foi uma mente extremante inteligente, esperta, genial, espetacularmente sábia e precisa que arquitetou o Universo e a Vida. Temos hoje também uma boa idéia de como esta mente fez isto. Sabemos um pouco que códigos usou, que lógica usou. Sabemos que, por exemplo, nas proteínas esta mente usou aminoácidos, 20 deles. Que esta mente calibrou as forças intermoleculares destes aminoácidos com extrema precisão e via uma engenharia química deslumbrante. Sabemos que no DNA esta mente usou uma dupla hélice, com quatro bases finamente ajustadas e conectadas lá dentro, um código 4 x 3; nas histonas, que esta mente usou carretéis moleculares, grampos moleculares, que enrolou neles o DNA de 2m para encaixar em cromossomos dentro de nossas células, que as voltas em torno dos carretéis foram finamente ajustadas a 1,7 voltas, e que estes carretéis liberam ou não a fita para copia dependendo da necessidade.Sabemos que foi um gênio, um mestre, uma mente espetacularmente inteligente, tanta inteligência que a nossa vã filosofia nem sequer sonha em desvendar por completo. Mas temos acesso, pela Ciência, a ela? Não. Não temos.

Mas como gente, pois cientista também é gente, posso usar a filosofia e a teologia que aprendi desde pequenininho, para inferir quem seria esta “mente”. E toda a filosofia e a teologia que eu conheço, a lógica, a racionalidade que transcende os fatos brutos, mas que neles se baseia, me diz que esta mente é a causa primeira da Vida e do Universo. Que esta mente é o que todos chamamos de Deus! E eu conheço um livro que descreve em muitos detalhes um Deus. Um Deus único, todo poderoso. Inteligente que só! Onisciente, onipresente! Galardoador dos que O buscam. Um Deus que faz, e não manda fazer! Um Deus que rege, e não se deixa reger, por forças naturais por exemplo. Um Deus que chamou, do nada, todas as coisas à existência, pelo poder de sua palavra! E disse Deus, haja luz. E houve luz! É para este Deus que minha filosofia e teologia, junto com a racionalidade de minha Ciência, apontam!

Como é o seu relacionamento pessoal com Deus?
Deus anda comigo, e eu ando com Ele. Eu o chamo de Pai, e Ele me trata como filho! Desde o ventre de minha mãe ele me conhece. Desde lá Ele já cuidava de mim. Pois de uma forma espetacular por Ele e para Ele fui formado! Ele dirige meus passos, e me recoloca no caminho quando dele me desvio. É pela misericórdia dEle que não sou consumido, mas reconduzido a condição de Filho pelo sangue que seu Filho derramou na cruz. Deus é meu refugio, e fortaleza. Ele, o leão da tribo de Davi! O Emanuel, Deus conosco! Eloi, Eloi, Ele no controle está, o meu Deus tudo governa. É ele que me faz justiça. Unge a minha cabeça com óleo, Ele faz o meu cálice transbordar. Dos meus inimigos, Ele cuida. Dos meus amigos, Ele cuida também. Meu socorro e consolo no dia da angústia. Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, eu não temeria mal algum. Pois é este Deus todo poderoso, sábio e onisciente que cuida de mim.

2 COMENTÁRIOS

  1. Meu Deus, as palavras de Marcos Eberlin, são tão fortes, no sentido da convicção de sua f‚. parabéns. É de pessoas assim que precisamos, nos dais atuais, com tanta coisa acontecendo, amis prevalecemos firmes na f‚ em nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

    Nosso Deus ‚ Fiel.

  2. ótima entrevista. Obrigado pelo esforço de vocês em disponibilizarem um material de tremenda relevância e edificação! Deus os recompense.

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