Apresentamos um texto de Frans Leonard sobre a mais recente obra de Franklin Ferreira: Por amor de Sião. O livro é fascinante em diversos aspectos visto que é carregado de informações e discussões importantes a respeito do relacionamento entre o povo do primeiro pacto e o da nova aliança.
Israel ocupava, ocupa e ocupará um lugar estratégico na história da salvação. Ocupava, porque Deus disse ao patriarca Abraão: “E todas as famílias da terra serão abençoadas por meio de ti” (Gn 12.3). Ocupa, porque o nosso Senhor e Salvador é “Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão” (Mt 1.1). E ocupará, porque o Messias disse que não voltará “até que venhais a dizer: Bendito o que vem em nome do Senhor” (Mt 23.39). E Deus é fiel.
A história de Israel é como um fio vermelho que perpassa a história da salvação e, por isso, pela história da igreja e pela história geral. Estamos vivendo um período especial nestas três histórias, que são como círculos concêntricos, cujo centro é Deus e Sua Palavra salvífica aos filhos de Adão e Eva (Gn 3.15). E estamos vivendo em um período histórico especial, porque Israel, esse povo arcaico com raízes mais antigas do que Hamurabi, ainda existe e, além disto, agora está voltando para casa, depois de uma diáspora “recente” de quase dois milênios.
Vamos imaginar que um certo Samuel Chaim, um pobre judeu idoso de Amsterdã, está chegando em um voo da El Al, no aeroporto de Tel Aviv. Cada ano, na mesa da Páscoa, ele sempre dizia: “No próximo ano, em Jerusalém”. E, finalmente, agora, ele aterrissou na Terra Prometida. Não chegou em uma faixa desértica como era antes. Mas no Estado organizado, tendo aquela cidade querida como sua capital nacional. O senhor Samuel sabe que alguns dos seus conhecidos cristãos pensam que uma profecia de Yeshua se cumpriu em 1967, quando, depois de serem atacados, os judeus reconquistaram Jerusalém. E ele se lembra que o rabino do exército disse que entraram na “era messiânica”. Mas esse olim (imigrante) descobriu que este tempo não é chegado, pois quase foi preso quando queria orar naquele lugar mais sagrado, o lugar onde tinha estado o templo do Eterno. E o ódio nos olhos do guarda palestino era o mesmo que ele tinha detectado no olhar daquele iraniano em Amsterdã, que apontava para seu kippah. Imediatamente ele se lembrou que tinha ouvido algo sobre uma luta de um anjo importante contra o líder supremo de Irã (Dn 10.21), e ficou arrepiado, apesar de ser um dia quente. “Será que não devia ter vindo para cá? Será que Jerusalém seria uma concentração judaica, alvo fácil de extermínio?” Apesar disto, ele tranquilizou seu pensamento, lembrando que havia sentido claramente que devia fazer aliyah, e subir para Jerusalém; até mesmo com confirmação do pessoal gentil da organização “Cristãos para Israel”, que havia ajudado a completar o valor da passagem. Novamente a paz voltou ao seu coração quanto a decisão. Como a mulher dele teria se alegrado! Teria se sentido em casa.
O livro de Franklin Ferreira, Por amor de Sião: Israel, Igreja e a fidelidade de Deus, é uma publicação fascinante, com muitas informações desconhecidas sobre uma discussão fraterna a respeito do relacionamento entre o povo do primeiro pacto com o da nova aliança. Talvez este livro nos ajude também a ouvir as notícias sobre Israel com mais interesse, e prestar atenção ao possível cumprimento das profecias. Porque a melhor interpretação das profecias ainda é seu cumprimento, como os discípulos do Senhor Jesus também descobriram (Jo 2.22). E não precisa ser dispensacionalista para aguardar o cumprimento do “até” profético sobre a volta do Rei (Mt 23.39; 28.29). Sem dúvida podemos ter diferenças de interpretação, mas concordamos sobre três pontos básicos com Franklin: em primeiro lugar, a Igreja não é o substituto de Israel, mas foi enxertada no tronco; em segundo, Israel está voltando para sua terra prometida; em terceiro, aguardamos grandes bênçãos depois desta volta. No momento, o mais visível destes três pontos é a volta em curso há mais de um século; este é um fato da história geral. Mas, será que essa volta dos judeus[1] teria alguma importância para a história da igreja e, quem sabe, até funciona no círculo da história da salvação? Pois assim, não seria um “sinal do tempo”?
Um sinal do tempo? Mas alguém poderia dizer, meio zombando, “nem ouvi a trombeta tocar”. Honestamente, nem eu. Mas eu acredito que algum shofar tocou para os judeus; se não, nem estariam vindo.
E que foi um jornalista, Theodor Herzl, que tocou a trombeta não faz diferença. No passado Deus usou até Ciro, o rei do antigo Irã!
Quando tivemos a honra de servir no oeste do Paraná, morávamos em Cascavel, atrás da escola presbiteriana. Do meu escritório, eu podia ver a criançada brincando no pátio. Certa vez percebi que os maiores já tinham desaparecidos. Eu não havia escutado que a primeira campainha tinha tocado para eles. Mas também nem precisava ouvir; não era da minha conta. O que um não-judeu teria de fazer ao ouvir a trombeta tocar para Israel? No máximo devia ajudar os judeus “fazer a aliyah” (Is 49.22). Mas vendo estas famílias afluindo de todos os lados, isto deve chamar a atenção; é um sinal no nosso tempo para todo o mundo ver (Is 43.5-8; Jr 31.8-10). Um sinal de outra categoria, mais importante do que as notícias normais sobre o tempo, política ou esporte.
Porém, há pessoas que têm, mas, no momento, não percebem. Às vezes até na igreja, e isso não por falta de fé ou por não querer, de forma alguma, mas simplesmente por não notar que hoje a situação é um pouco diferente do que pensávamos por muito tempo. É que a história progrediu, também a história da salvação.
Certo dia alguém queria me convencer do Reino de Deus de mil anos aqui na terra, apontando para o que o apóstolo Tiago falou naquele primeiro sínodo da igreja cristã. Não é que Tiago disse que Deus reconstruiria o “tabernáculo de Davi” (At 15.16)? Mas, no contexto, é claro que esse versículo não fala do futuro, mas daquele presente, mostrando que os gentios crentes fazem parte desse novo templo de Davi. E, sob a orientação do Espírito Santo, a assembleia decidiu que esses “gentios” devem obedecer ao Decálogo e à ordem de não comer sangue (Gn 9.4). Mas, não sendo judeus, não precisam das festas e das leis cerimoniais, e até nem da circuncisão, pois ela é o sinal específico da aliança de Deus com os descendentes de Abraão (Gn 17.9). E, por outro lado, é claro, que judeus não se tornam gentios quando vêm a Jesus!
Não, o que me fez pensar um pouco diferente sobre o futuro não foi Atos 15, nem Apocalipse 20, mas Levítico 23. Lá começa a descrição de sete festas, quase todas ligadas ao ciclo da agricultura no hemisfério norte. Mas, atenção, como o Senhor as apresentou: “São estas as festas fixas do Senhor…”. Estas festas não são simplesmente “festinhas” judaicas, por mais animadas que sejam, mas festas divinas, tempos santos em lugares santos (Hb 8.5). Quatro mais três festas em dois ciclos anuais. Elas funcionam como “figuras” na lei cerimonial, que apontam para seu cumprimento no Messias (Hb 9.24). Neste vale de lágrimas, é como a sombra de uma pessoa que está se aproximando, vindo do lado da luz. Jesus é o “corpo” que lançou a “sombra” dessa lei (Cl 2.17). São festas cristológicas.
As quatro festas do primeiro ciclo já se cumpriram com a vinda do Cordeiro de Deus nesta terra. Será que as festas do segundo ciclo se cumprirão também? Com certeza, pois são as festas do Deus Fiel. Mas aqui na terra? Depois de um longo tempo de espera, o segundo ciclo começa com a quinta festa, a festa das trombetas (dia primeiro do sétimo mês). Na sinagoga, este é o início dos dez “dias tremendos”, com o som do shofar conclamando o povo para se preparar. Assim nós aguardamos o cumprimento desta primeira festa do mês sétimo: o megafone divino, tocado, não para anjos, mas para os moradores da terra.
Quanto tempo seriam na história da salvação esses dez dias de toque de shofar? Lembrando-se como Pedro disse que, para Deus, um dia é como mil anos, alguém que defende uma interpretação mais literal poderia dizer que indica um período de 10 multiplicado por 1.000 anos. Pode ser, porém, pessoalmente creio que não é assim, mas, como for, tantos dias significa que Deus somente espera para que todos se convertam (2Pe 3.8,9). Porém, finalmente, depois de tantas trombetas e de tantos avisos, soará a última, e sairá o Sumo Sacerdote do santuário, finalizando as cerimônias do dia da expiação, a sexta festa, o Yom Kippur (dia dez do sétimo mês), para abençoar o povo da aliança da graça. Para este ato, Jesus espera o momento determinado pelo Pai, em que “aparecerá segunda vez” e os seus pés estarão não sobre o limiar da porta dos céus, mas “sobre o Monte das Oliveiras”, aqui na terra (Hb 9.27; At 1.11; Zc 14.4). Assim a primeira e a sexta festas estão ligadas intimamente, englobando os seis dias de trabalho do Cordeiro de Deus (Ap 5.5). E, somente depois de terminar o dia da expiação, o Yom Kippur, poderá começar o sétimo dia, o shabat jubileu!
Esta sétima festa se chama Sucote, a Festa dos Tabernáculos (dia quinze do sétimo mês). Poderíamos compará-la com uma semana de acampamento de férias. Apontando para que época? Para um milênio de plenitude de tempo de 10 multiplicado por 10 multiplicado por 10 anos, ou para a nova terra? O que quer que seja, para se chegar à uma situação de paz como esta, só o Senhor estando presente pessoalmente! E será para crentes tanto da antiga como da nova dispensação desta aliança da graça (Mt 17.4)! E, quem sabe, em vez de declarar o que “não-é”, um “a-milenista” podia se dizer que é “sucotista” (ou “skenista”, se preferir a palavra grega usada em João 1.14). E, quem sabe, a festa começaria no aniversário exato de Jesus Cristo que, na plenitude do tempo, “tabernaculou” entre nós por alguns anos.
Mas, por enquanto, aguardemos o soar das muitas trombetas (talvez inclusive pandemias, dias escaldantes e guerras). E, somente ressoada a última trombeta, o Senhor virá.
Reconhecemos que a revelação é progressiva, quer dizer, que, através da história, Deus mostra aos seus filhos as grandes verdades, pouco a pouco. Como, por exemplo, o substituto no monte Moriá e a chegada pessoal do Cordeiro de Deus nos mostram. Este progresso é uma verdade objetiva, mas existe também o lado subjetivo, que nosso entendimento das verdades de Deus pode aumentar através dos anos. Isto é verdade na vida individual, mas também coletiva, inclusive na igreja de Deus.
Esta revelação progressiva não significa que a graça da aliança no Antigo Testamento era outra. Não faz diferença se você mora em frente ou atrás da usina de eletricidade. O que importa que esteja ligada! Salvos pela graça, desde Gênesis 3.15. E, pela graça, a promessa sempre é para você e seus filhos, inclusive para Não faz diferença se você mora em frente ou atrás da usina de eletricidade. O que importa que esteja ligada! Salvos pela graça, desde Gênesis 3.15. E, pela graça, a promessa sempre é para você e seus filhos, inclusive para nós crentes individualistas no século 21. Deus pensa em famílias. Mesmo quando choram com um pouco de medo, nossos pequeninos são salvos sob o sangue do Cordeiro, à porta; mas, claro, depois de crescer terão de aplicar esse sangue em sua própria casa. E quem não quer ficar dentro do círculo da aliança da graça?
Pensando na volta atual dos judeus para a Terra Prometida, entendo que uma trombeta tocou para Israel e que o resultado deve ser notado pelos povos não-judeus. E mais ainda pela igreja de crentes “gentios”: atenção, irmãos, pois é uma alerta para nós que o tempo está se esgotando, inclusive o tempo da graça para os gentios (Lc 21.24). E se essa volta não nos pode convencer, quem sabe ajuda lembrar que até Isaías tinha profetizado o aparecimento súbito do estado quando perguntou se uma terra, um país, um estado pode nascer “em um só dia” (Is 66.8). Era uma pergunta profética, e uma profecia não é a mesma coisa que um relato histórico do que foi falado pelo profeta. Tem outra dimensão. David Ben-Gurion, o próprio fundador do Estado de Israel, no dia 14 de maio de 1948, o considerou também como um milagre, acrescentando: “Quem não acredita em milagres não é realista”.
Mas, se for assim, por que, então, não notamos antes? É que, como criaturas, estamos vivendo em tempo e lugar. De longe é difícil de ver as coisas. Mas, mais perto, dá para perceber tudo mais nitidamente. No decorrer dos anos, a nossa salvação está cada vez um pouco mais perto (Rm 13.11) e, por isso, quem sabe, podemos ver e reconhecer um pouco mais do que no passado. Quem insiste que não mudou nada, está olhando uma fotografia que captou fielmente a situação de uns tempos atrás. Mas olhe pela janela do avião “tempo” com sua Bíblia aberta. Não somente a história geral progrediu, mas também a história da salvação. Até há gente que diz que, hoje em dia, o tempo está voando. Se for assim, nós voamos com ele.
Com razão alguém poderia perguntar: “Mas será que esse dito ‘sionismo cristão’ é realmente ortodoxo? Será que está conforme as nossas confissões de fé?” O fato é que nem João Calvino, nem nossas confissões e catecismos, como a Confissão Belga e o Catecismo de Heidelberg, nem a Confissão Escocesa, nem a Confissão e Catecismos de Westminster tratam sobre detalhes de como vai ser a vinda do Senhor. E isto é sábio, porque não convém amarrar as consciências em pontos incertos. O que está certo é que cremos “na ressurreição do corpo e na vida eterna”. Não quer dizer que os autores desses documentos confessionais tinham perdido Israel de vista. Quantos rabinos ajudaram durante a tradução fiel da única norma de fé e vida, a Bíblia! E, na Escócia, havia rabinos ensinando hebraico nos seminários presbiterianos!
A Reforma tinha ocorrido no século 16, e a sã doutrina sobre a sotereologia foi ensinada fielmente. Décadas depois, em alguns casos, isto terminou por conduzir a uma certa frieza doutrinária, uma concordância intelectualista com a fé. Mas no século seguinte, o puritanismo, na Inglaterra (William Perkins), enfatizava de novo o que os reformadores tinham pregado também, a saber, que uma fé bíblica deve levar a uma vida santificada. Orto-doxia andando de mãos dadas com orto-praxia. Nesse mesmo tempo havia muito contato entre a Inglaterra e a Holanda, inclusive pela ameaça da Espanha, como no caso da Invencível Armada, em 1588. Assim, por volta de 1600, esta onda purificadora chegou também aos Países Baixos, influenciando em seguida a Alemanha, por volta de 1650 onde tal onda seria chamado de pietismo. Na Holanda se usava geralmente a expressão “segunda reforma” (nadere reformatie). Em toda essa onda de avivamentos havia interesse por Israel, aguardando a sua volta à terra prometida e sua conversão a Jesus Cristo como ensinou Wilhelmus à Brakel.
De fato, cada época tem seus próprios desafios, inclusive pelo desenvolvimento da história geral. Parece que hoje entramos na época das trombetas, ou, pelo menos, do ensaio delas. Por isso, é necessário pensarmos seriamente sobre a escatologia, mas sempre no contexto da teologia em geral, especialmente em relação à eclesiologia, para não mancarmos. “Desviar” não é uma tendência nova, mas vem da primeira tentação diabólica. Por um lado, o pai da mentira e dos mentirosos tirou parte da Palavra do Senhor. Por outro lado, ele acrescentou algo, fazendo nossos primeiros pais crerem que o conhecimento, a ciência, era mais importante do que a obediência. Desde a Queda, esta tendência existe no homem, e existirá até a consumação dos séculos. A nossa tendência é (e, de fato, o fazemos, às vezes), de desviar para a esquerda ou direita, tirando da ou adicionando à sua Palavra, em todas as áreas da vida: no pensar, falar e fazer, muitas vezes disfarçado, mas sempre presente, latente ou patente. Não é difícil desviar, o difícil é andar direito (Is 30.21).
Esta tendência de desviar-se também se apresenta na área da teologia, ou seja, do nosso pensar sobre Deus e sua revelação, doutrina e ética (credenda et agenda). Por isso temos certeza de que esta tentação pode aparecer em todos os capítulos (loci) da teologia, seja, por exemplo, na teontologia, na pneumatologia, na eclesiologia ou na escatologia. Por isso temos de vigiar e orar (Mt 26.41), para que sejamos fiéis à Palavra fiel, e que tenhamos sabedoria para detectar possíveis ou, melhor, prováveis desvios. Como bons timoneiros, sob o grande Capitão, precisamos notar os ventos doutrinários e as correntezas (Ef 4.14).
O motivo principal da Reforma era corrigir os desvios na igreja romana. Reformar a forma deformada. Os reformadores não queriam uma outra igreja, mas a mesma igreja diferente. Por isso, uma vez expulsa da romana, a igreja protestante era de fato uma Igreja Católica Apostólica Reformada, como João Ferreira de Almeida insistia, seguindo o puritano inglês Perkins. Porém, por si mesma, a igreja não tem garantia de permanecer uma igreja fiel à Palavra de Deus. Vimos isto claramente durante a época do racionalismo e até no dia de hoje. Cada geração deve aprender a vigiar. Mas sempre na paz do Senhor (2Ts 3.16), para não ver fantasmas em todo canto, tornando-nos agitados e ásperos caçadores de heresias. Porque muitas vezes esses desvios são quase imperceptíveis no início, e nem sempre causados conscientemente, às vezes até por ingenuidade. Além disto, podem ser simplesmente como pequenas oscilações ao redor do eixo firme, segurado no seu trajeto terrestre pelo polo norte celestial da nossa existência: Deus mesmo e sua Palavra. Mas, por ingênua que seja a oscilação, toda atenção é pouca, pois o diabo não dorme e as sentinelas têm serviço 24 horas por dia, até a chegada ao porto celestial. Contudo, não estão de plantão sozinhos, pois há muitos voluntários (Sl 110.3) que querem servir fielmente ao Senhor dos senhores. E o que é muito mais importante, é que Deus mesmo guardará a sua casa (Sl 127.1; Mt 16.18; Hb 3.6). Por isso, as sentinelas precisam aprender aceitar a correção mútua (Pv 12.1) e dormir em paz, sabendo que estão sendo guardados pelo próprio Deus fiel (Sl 4.8; Fp 4.7), inclusive nos seus estudos sobre o Dia do Senhor, a escatologia.
Mas será que esse falar sobre Israel é sério mesmo? Ou, somente, uma futurologia de uns fanáticos com especulações perigosas? Uma futurologia séria usa dados de pesquisas (às vezes científicas), por exemplo, para poder projetar o crescimento do mercado. Mas aqui não partimos de levantamentos e pesquisas, mas das promessas certas do Deus Fiel (Jr 33.25s). E Ele aguarda o nosso “amém” de crente, até havendo perguntas (2Co 1.20). E perguntas são permitidas (Mt 24.3).
Mas será que esse falar sobre Israel é sério mesmo? Ou, somente, uma futurologia de uns fanáticos com especulações perigosas? Uma futurologia séria usa dados de pesquisas (às vezes científicas), por exemplo, para poder projetar o crescimento do mercado. Mas aqui não partimos de levantamentos e pesquisas, mas das promessas certas do Deus Fiel (Jr 33.25s). E Deus aguarda o nosso “amém” de crente, até havendo perguntas (2Co 1.20). E perguntas são permitidas (Mt 24.3).
Às vezes, profecias bíblicas são como uma flor que vai se abrindo muito devagar. Inicialmente, poucos imaginavam que aquele botão podia conter algo tão bonito. Já levou muito tempo essa conversa fraterna sobre promessas para Israel. Sempre havia uns que insistiam que havia ainda algo para os descendentes de Jacó, mas a maioria dos intérpretes sinceros não podia ver isto, dando uma interpretação espiritual a quase todas as promessas sobre um possível futuro para Israel depois de Cristo. Mas, hoje em dia, após aquela hecatombe satânica no próprio país da Reforma, entre 1933 e 1945, e depois do nascimento do Estado de Israel, em 1948, e especialmente depois da reconquista de Jerusalém, em 1967, os olhos se abriram mais, e viram pelo cumprimento que havia ainda promessas para o povo da antiga aliança (Ez 37). Mas, às vezes, não queremos ver. E há um dito que a man convinced against his will is of the same opinion still. Reconhecemos que 1967 foi um passo enorme, mas não completo ainda, pois o chão mais santo em Jerusalém não está sob o controle de Israel. E, exatamente ali, no lado de fora daquela mesquita com teto de ouro, se lê — embora honrando Jesus com palavras — que Deus não tem um filho! Este é o campo mais disputado do mundo. Lembramos que o Senhor disse pelo profeta pós-exílico Zacarias: “Naquele dia farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos; todos os que tentarem erguê-la serão gravemente feridos. Todas as nações da terra se ajuntarão contra ela” (Zc 12.3). Quem trará a paz ante-final para Jerusalém? Os recentes “Acordos de Abraão”?[2] Algum político? Ou o anticristo?
Sem dúvida, porém, no trânsito da vida há perigos em todo canto, também na corrente do “sionismo cristão”. E, historicamente, o maior perigo seria talvez um certo radicalismo. É interessante que o autor do livro é diretor do Seminário Martin Bucer. Depois de ler o livro dele, creio que Bucer (por volta do ano 1540) teria entendido melhor as conclusões deste pastor batista reformado. Mas, ao mesmo tempo, teria alertado contra um possível radicalismo posterior: “Porque aqui na cadeia em Estrasburgo temos um tal de Melchior Hoffman. A pregação dele levou à revolta de Münster. Quantas lágrimas vertidas naquela Nova Jerusalém construída por pecadores!” Nem Bucer nem o autor teriam participado de algo assim. Pois esses teólogos sabem que “obediência é melhor do que o sacrificar” e que existe somente um meio para “acelerar” o Dia: viver uma vida santa e pregar fielmente, porque Deus quer que todos cheguem ao arrependimento (2Pe 3.9-12). E Bucer sabia também que muitos desses “ana-batistas” nem queriam revolta, mas somente procuravam ser obedientes a Deus e à sua Palavra. E foi ali, entre aquela gente, humilde e aristocrática, que queria servir ao Senhor de todo o coração, que Calvino achou sua esposa.
Mas, de fato, existe a chance de exageros e desentendimentos. Por isso, quem sabe, seria melhor nem falar sobre a volta dos judeus ou publicar algo a respeito? Entendo o perigo e apoio completamente o cuidado para evitá-lo. Mas, por outro lado, querendo ou não querer, somos atalaias, que — e atalaias não se podem calar. Sem dúvida, certos trechos proféticos requerem uma interpretação espiritual, mas nem todos. Até o grande teólogo reformado holandês Herman Bavinck lutava com esse problema hermenêutico, solucionando-o por meio da espiritualização. Assim, nem os pronunciamentos de aspecto temporal, os “até” do Senhor Jesus (cf. Mt 23.39; 28.29), podiam convencê-lo da possibilidade de um futuro concreto, aqui na terra, dando assim, sem querer, ao “a-milenianismo” quase um status confessionis. O que sem dúvida acontece também no lado quiliasta, especialmente com a própria Bíblia de Scofield revisada em mãos. Podemos estar convencidos da nossa opinião, mas temos de ficar abertos para surpresas, como Calvino o fez. E isso não por um relativismo dogmático (confessado e/ou praticado), mas porque quem está na direção é o Senhor da História. E é exatamente isto que tem status confessionis.
Finalmente uma palavra sobre os palestinos. Karl Barth, expulso da Alemanha pelos nazistas, disse que “o homem que tem vergonha de Israel tem vergonha de Jesus Cristo”. Mas quando a perseguição (inicialmente branda) se levanta, será que temos coragem de falar ainda? A opinião pública sobre Israel está mudando rapidamente e já exerce pressão. Uns setenta anos atrás a maioria das pessoas apoiavam os judeus, talvez pela consciência coletiva pesada diante da passividade durante o Holocausto.[3] Porém, desde o início do novo milênio a situação mudou muito, mormente em consequência da guerra de 1967 quando os vizinhos árabes muçulmanos estavam decididos em apagar Israel do mapa. Por milagre, desta vez Israel escapou ainda, até empurrando o inimigo bem mais forte para além do Jordão. Isso, sem querer, transformou a IDF (Israel Defence Force, Forças de Defesa de Israel, o nome oficial das forças armadas do país) num exército de ocupação da metade da sua própria Terra Prometida.
Como resolver esse problema? Desocupar essa metade do seu país para que Israel volte a ser uma faixa litorânea com somente uns 15 km de largura no ponto mais estreito? Ou seja, retirar-se atrás da fronteira antebellum, como exigido? E, assim, abrir espaço para a organização de um estado palestino que, em pouco tempo se transformaria numa segunda faixa de Gaza? Em 2005 Israel desocupou essa “Filisteia” livremente, mas logo ela se tornou uma faca apontando para o coração judeu sob direção do Irã, com o Hezbollah, no sul de Líbano, sendo como uma bomba iraniana por cima da cabeça israelense. O muro em Belém, com seus check points vagarosos, não foi construído para deixar de fora os trabalhadores e visitantes, mas os terroristas. Sem dúvida, a maioria da população palestina quer paz, mas seus líderes não.[4] Ao contrário, incentivam os ataques contra Israel, pagando uma boa pensão para as famílias (a maioria pobre) cujo parente foi “martirizado” numa tentativa de matar judeus. Mártir, morto ou preso. E boa parte da contribuição internacional para os antigos refugiados é empregada para projetos semelhantes. Assim, o Departamento de Educação publica livros que ensinam ódio contra seus vizinhos israelenses, de sorte que o governo da Autoridade Palestina dispõe de um exército complementar de crianças e jovens, e ainda podem acusar Israel de matar menores.[5] Pelo mesmo motivo, nunca quiseram realmente resolver o problema dos 800.000 refugiados palestinos causado pela guerra de independência de 1948, apesar do fato que, ao mesmo tempo, quase o mesmo número de judeus foi expulso de países árabes. É que não querem resolver o problema, para usá-los como peões na tábua de xadrez político. E as Nações Unidas lhes pagam para manter esse espaço, agora com quase 3,5 milhões de pessoas, com muitos possíveis guerreiros.
Palestinos são árabes, que ocuparam Jerusalém de 638 até 1917. Árabes e judeus, ambos os povos são descendentes de Abraão, Ismael e Isaque. Mas um descendente foi escolhido, o outro descendente não (Gn 21.12). Esta eleição foi uma predestinação para que um deles recebesse graciosamente a honra de ser como um elo na corrente da bênção salvadora, a saber, ser um dos progenitores do Salvador prometido, o Senhor Jesus, quem vem de Israel. Agora, infelizmente, ali no umbigo da terra (Ez 38.12), há uma briga entre parentes. Especialmente, desde 1900, é Ismael contra Isaque. Apesar da Declaração de Balfour, de 1917, a Inglaterra não se manteve leal durante seu mandato de 30 anos, impedindo a sobreviventes do Holocausto de entrar naquela faixa litorânea estreita.[6] Era basicamente por causa do petróleo em que os árabes estão sentados. Ismael-não-eleito era de fato o primogênito, com direito a, pelo menos, uma dupla herança, e foi abençoado com muitíssimas terras no globo, com milhões de habitantes,[7] e muitos votos em organizações das Nações Unidas. Ao contrário, a Israel-eleita é minúscula e apanha no galinheiro dos povos. Quem sabe podemos entender o suspiro daquele pobre sitiante judeu na Ucrânia russa no filme Um violinista no telhado: “Sei que somos seu povo escolhido, mas ó Deus, o Senhor não poderia escolher outro?!”
Para quem seria mais difícil acreditar que essa volta dos judeus é bíblica? De certo, para os palestinos cristãos, e não são poucos.[8] E isto é quase impossível para eles, porque eles creem firmemente que a igreja é a substituição de Israel como povo da nova aliança. Pois é isso que aprenderam dos seus pais na fé. E crer no oposto faria deles inimigos políticos do próprio sonhado estado da “Palestina”. Por isso, às vezes, a perseguição vem de dois lados, como a família luterana Nassar experimentou, em 2022. Eles são proprietários de um sítio perto de Belém chamado Tent of Nations. Os judeus mal querem registrar o antigo direito de propriedade deles e os próprios compatriotas palestinos bateram tanto neles que acabaram no hospital. Por quê? Porque procuram amizade com Israel, como sua placa confessa: “nos recusamos a ser inimigos”.
Perseguição contra Israel experimentam também os que a apoiam, como a organização “Cristãos para Israel”, cujo braço comercial vende produtos de Israel. A tensão chega até ao nível universitário. Seus inimigos usam inclusive meios legais para conseguir seu intento, como pesquisas quase obrigatórias sobre quem está ajudando Israel. Pode servir depois na preparação de contramedidas. Foi assim que Hitler ganhou as eleições em 1933 — por meios democráticos.
Ben-Gurion observou que o maior desafio seria resolver esse dilema perigoso. Infelizmente a tentativa de ajudar os palestinos com desenvolvimento econômico também está sendo boicotado. Até líderes cristãos viajam para outros paises para convencer igrejas irmãs de apoiar o movimento BDS: Boycot, Desinvestment, Sanctions contra Israel.[9] E, assim, essas igrejas podem influenciar seus governos, por meio de políticos evangélicos simpáticos ao antissionismo. Na Holanda, uma comissão do partido CDA (Apelo Democrático Cristão) publica regularmente um boletim bem documentado, informando sobre os erros recentes de Israel contra os palestinos. E isso é fácil, porque Israel é composto por pecadores. De fato, aos seus inimigos não falta sagacidade para “judiar e prejudicar” (2 vezes ‘juda/judeu’) a Israel. E a imprensa, ávida por notícias, se alegra. Pois há um dito entre repórteres: No jews, no news. Sou filho da guerra, e entendo a resistência dos palestinos contra invasores, porque alguns dos nossos próprios parentes lutaram contra os nazistas, e meu pai ajudou judeus. Entendo que os palestinos consideram 15 de maio 1948 como o dia do nakba, a maior catástrofe. Mas terminando o mandato britâncico, como devia-se encher a lacuna de autoridade? A proposta das Nações Unidas foi dividir a área em dois estados, uma ‘Autoridade’ para os palestinos, outra para os judeus. Israel aceitou, os árabes a rejeitaram. É que o islame é uma religião política-religiosa. Para eles, o mundo está dividido em duas partes: a “casa do islam” com paz, e a “da guerra” (dar al-harb) com jihad; uma vez islamizada certa região, nunca pode voltar ao estado anterior. Por isso, a resposta era um “não” categórico. Teria outra opção? Uns cristãos e também alguns judeus dizem que a volta está certa, mas a organização de um estado errada porque devia esperar a presença do Messias. Porém, será que um estado “Palestina” iria permitir a volta dos judeus em massa, inclusive milhares de refugiados ucranianos fugindo do seu “país do norte” (2022; Zac 2.6)?
Mas, ó, Senhor, se os palestinos (que tiveram o privilégio de morar na terra de Abraão por tantos séculos) pudessem reconhecer que Israel está voltando para a terra prometida a Isaque, também Ismael seria abençoado junto com a prole revivida de Jacó! E que os israelenses pudessem obedecer ainda mais a ordem do Eterno de tratar os árabes palestinos em seu país como a si mesmos (Lv 19.33,34)! Pois, sem querer e de repente, desde 1967, estes se tornaram quase como “estrangeiros” na sua própria terra natal!
Este livro nos faz ouvir as vozes de muitos irmãos, especialmente da época da pós-Reforma até hoje. Teólogos que apontam para o cumprimento de várias profecias, sem dar a impressão de que a Palavra de Deus seja como um roteiro fixo de uma viagem de ônibus. E todos ecoam o “vigiai”, pois o tempo está próximo, como o era nos dias de Noé. Por isso, oramos para que esta leitura possa ajudá-lo a conduzir seu vizinho para seu relógio e, em seguida, para a arca da salvação, a fim de que ele e sua família tenham tempo de se preparar para o Dia do Senhor (1Pe 3.20).
Finalmente uma história interessante. No final de 2021 um voo da El Al aterrizou no aeroporto de Tel Aviv com 235 judeus a bordo. Vieram de Assam, a parte mais oriental da Índia. Os antepassados deles tinham sido deportados pelo rei da Assíria e, agora, mais de 2.700 anos depois, seus descendentes ainda sabiam o que eram: Bnei Menashe, Filhos de Manassés, voltando para sua terra ancestral! Ao mesmo tempo, a chegada deles é uma admoestação séria. Porque foi em 727 a.C. que o rei crente Ezequias fez uma campanha de evangelização e escreveu cartas convidando todo o povo a vir a Jerusalém para celebrar juntos a Páscoa. Mandou cartas com seu selo real não somente para Judá, mas também para às outras dez tribos de Israel, sob reis idólatras. Mas lá, eles riram dos mensageiros. E ninguém sabia que esta era a última campanha de evangelização, porque cinco anos depois Israel foi levado cativa para Assíria, em 722 a.C. Mais de sete séculos depois, na hora da apresentação do nenê Jesus no templo, lá estava uma profetisa idosa, Ana, da tribo Aser, vizinha de Manassés. Como ela chegou a morar em Jerusalém? Será que seus antepassados estavam entre aqueles que tinham obedecido ao apelo de Ezequias (2Cr 30.11)? Em 2015 a arqueóloga Eilat Mazar achou, num montão de lixo fora do muro de Jerusalém, um pequeno selo de 1 cm. Era um selo do rei Ezequias![10]
O apóstolo Paulo escreveu que “endurecimento veio em parte sobre Israel, até que chegue a plenitude dos gentios” (Rm 11.25). Outro “até” promissor e alertador, que aponta para um futuro certo, mas de data aberta.
A velocidade da história é como a velocidade do homem. Trezentos anos antes de Cristo a maior velocidade do conquistador Alexandre, o Grande, era de uns 40 quilômetros por hora, a cavalo. Mais de 2.000 anos depois, a velocidade maior do conquistador Napoleão era ainda a mesma. E, agora, já falam em 2.400 km por hora no “boom-avião” supersônico. Quando o vento sopra fortemente, todos notam, o mundo, Israel e a igreja. O mundo o notou e suas velas se encheram. Israel notou e seu jornalista tocou a trombeta. Foi por volta de 1900. Será que era como um sopro do inferno, do acaso ou… do Espírito Santo? Se for assim, será que a igreja também percebeu esse sopro? Por volta de 1900 nasceu o movimento pentecostal e começou uma campanha de evangelização que, apesar de problemas, se provou ter sido a maior depois de Pentecoste — como observou o historiador Mark Noll. Pessoas simples, mas que tinham estado com Jesus (At 4.13).
Senhor Jesus se perguntava a si mesmo se haveria fé na terra antes da vinda dele (Lc 18.8). Será que todos nós estaríamos dormindo como os discípulos (Mt 26.41)? Vamos prestar atenção, pois o tempo da graça para os gentios parece estar se esgotando, como já se percebe em países antes solidamente cristãos. O que fazer? Lutero disse que se soubesse que Jesus voltaria amanhã, ele plantaria hoje sua macieira. Talvez, ao se lembrar da palavra do seu Senhor: “Bem-aventurado o servo a quem seu senhor, quando vier, encontrar agindo assim” (Mt 24.46). A última ordem do nosso Rei é: “Indo, fazei discípulos”, discipulai! Quer dizer “indo”, andando pela estrada da vida, trabalhando normalmente, cada um na sua própria vocação, “discipulai” — este é o único imperativo em Mateus 28.19: “discipulai”. “E este evangelho do reino será pregado pelo mundo inteiro […] e então virá o fim” (Mt 24.14). A Rádio Trans Mundial confirma que o evangelho já pode ser ouvido em todo lugar pelo rádio e há pessoas em lugares isolados que tem recebido o Salvador sem ter visto missionário algum.
“O Espírito e a noiva dizem: vem”, Senhor Jesus! E o Senhor mesmo responde: “Certamente venho em breve” (Ap 22.17,20). Assim, ressoada a última trombeta, “o próprio Senhor descerá do céu com grande brado […]. Portanto, consolai-vos uns aos outros com essas palavras” (1Ts 4.16,18).
Paz seja com todos nós e sobre o Israel de Deus (Gl 6.16). Maranata!
Frans Leonard Schalkwijk
Presbítero docente das Igrejas Reformadas nos Países Baixos
Itajubá-MG, Pentecoste de 2022 AD
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[1] População de Israel em 1948 ca. 800.000; em 2022, ca. 9.500.000 (7.000.000 judeus; 2.000.000 árabes palestinos).
[2] Os “Acordos de Abraão”, assinados em 15 de setembro de 2020, entre Israel (judaísmo), Estados Unidos (cristianismo) e Emirados Árabes Unidos (islã), negociados principalmente por Jared Kushner, neto de judeu polonês sobrevivente do holocausto, que se tornou conselheiro e emissário do presidente Donald Trump, dos Estados Unidos.
[3] Eliezer Wiesel, sobrevivente do Holocausto, afirmou: “O cristão sincero sabe que o que morreu em Auschwitz não foi o povo judeu, mas o cristianismo”.
[4] Joh. Gerloff, Die Palestinenser. Volk im Brennpunkt der Gcschichte (2011, Hännsler).
[5] Itamar Marcus, “The Palestinian authority’s strategy against Israel”, em Jerusalem Post, em 3 de fevereiro de 2022.
[6] Leon Uris, Exodus (Rio de Janeiro: Record, 2018).
[7] O “mundo árabe” tem 640 vezes mais superfície que Israel e 50 vezes mais habitantes.
[8] Cristãos Palestinos, no ano 2000, mundialmente estimados em 500.000 (= 6% do total de Palestinos), dos quais 56% morava fora de Palestina (Wikipedia, Palestinian Christians).
[9] Johanan Katanacho, The land of Christ: A palestinian cry (Eugene: Pickwick, 2013).
[10] A imagem pode ser vista, por exemplo, em “Hezekiah Bulla”, em Watch Jerusalem, em: https://watchjerusalem.co.il/954-hezekiah-bulla.
Trata-se de um tema pouco conhecido, apesar das minhas ja formadas convicções dispensacionalistas, que despertou a minha atenção. Desejo fortalecer a pesquisa sobre o tema.
Muito bom. Excelente material de apoio para os pastores.