Introdução
Atualmente está muito em voga o modelo eclesiológico de igrejas missionais.
Muitas igrejas, pastores e líderes evangélicos tem se intitulados
como “missionais”. Mas de fato o que significa o termo missional?
Considerando o cenário urbano e o desafio das cidades, em especial nas
grandes metrópoles, percebe-se que esse modelo tem sido eficaz para levar o
evangelho ao homem urbano, pois esse paradigma tem se detido em questões
contemporâneas inquietantes, tais como: violência, meio ambiente, justiça social,
política e economia. Afinal o ser humano está no mundo e esses temas causam
certas preocupações legítimas em qualquer pessoa.
Sendo assim, este artigo tem como base teórica a dissertação: Missão, Cultura
e Transformação: Desafios para a prática missionária comunicativa (2010), do pastor
pentecostal David Mesquiati de Oliveira. Em sua dissertação, o autor estabelece
um diálogo com a dimensão comunicativa da teoria habermasiana, do filósofo
da Escola de Frankfurt, Jürgen Habermas, para classificar a ação missionária e
avaliar o seu impacto no mundo.
Desse modo, o pastor David Mesquiati procura articular a dimensão comunicativa
dessa teoria com a missão da igreja, as quais juntas (a ação missionária
com a dimensão comunicativa habermasiana) formam na concepção do autor um
paradigma missionário emergente. Portanto, o agir comunicativo e a ação da igreja
na dimensão social da vida é uma prática relevante e alternativa para interagir
com a sociedade pós-moderna.
Dessa forma, estabeleceremos uma reflexão teológica para melhor definir
sobre o que é este paradigma eclesiológico emergente, bem como suas teologias,
práticas e possíveis implicações para a missão. Na primeira seção será definido
o que é uma igreja missional. A segunda seção abordará acerca da misericórdia
como critério teológico para uma igreja missional. A terceira seção tratará sobre
possíveis implicações teológicas no modelo de igrejas missionais.
1. O que é uma igreja missional?
De início seria interessante definirmos o que de fato é uma igreja missional. No
primeiro capítulo (“A identidade e o papel da igreja”), do livro A Igreja Missional
na Bíblia: luz para as nações (2014), Michael Goheen traz a memória do leitor, a
icônica letra da música de John Lennon: Imagine. Nessa canção John Lennon
imaginava um mundo melhor, sem guerras, injustiças, contendas, misérias, desigualdades,
etc. Um sonho de comunidade aqui na terra.
Assim, Michael Goheen indaga: “Não é a igreja cristã que deve ser exatamente
a espécie de sociedade com a qual os hippies dos dias de Lennon sonharam?”
(GOHEEN, 2014, p. 18). Uma comunidade que torna visível estas coisas:
justiça, educação, fraternidade, igualdade e paz, aqui e agora no tempo presente da
vida comunitária (GOHEEN, 2014). Percebe-se que a sociedade em geral anseia
por isso, e quem tem o dever bíblico de ser luz entre as nações é a Igreja.
A Bíblia ensina que a Igreja é um povo eleito por Deus, o qual foi chamado
das trevas para proclamar a maravilhosa luz.
Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade
exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou
das trevas para a sua maravilhosa luz; vós, sim, que, antes, não éreis povo, mas,
agora, sois povo de Deus, que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora,
alcançastes misericórdia (1Pe 2.9-10).
“Essa maneira de compreender e expressar o papel e a identidade da igreja
recebeu a designação ‘missional’” (GOHEEN, 2014, p. 20). Esse termo é formado
pela palavra missão que no contexto religioso traz a ideia de envio, de uma pessoa
que foi enviada com um propósito específico, o qual é proclamar a Palavra de
Deus (COSTA, 2021). Essa palavra acrescida pelo sufixo “al” indica relação, pertinência.
Daí temos o adjetivo missional que em termos bem simples significa
enviado com uma pertinência. Mas qual seria esta pertinência?
Carriker responde essa indagação da seguinte forma:
O adjetivo ‘missional’ se instalou para se referir especificamente ao engajamento
das comunidades locais em alcançar pessoas de fora da igreja, mas que tinham
contato com seus membros. De certo modo, dizer que uma igreja é missional
significa dizer simplesmente que ela exerce sua vocação missionária no contexto
em que está inserida (CARRIKER, 2018, p. 9).
A concepção teológica do movimento das igrejas missionais é que essas comunidades
são enviadas por Deus no contexto local para agir com o propósito de
servir ao próximo. Esta é a pertinência. Servir ao próximo deixando de lado seus
interesses pessoais, exercendo sua vocação como igreja no contexto local. Assim,
“a ação missionária precisa ser práxis transformadora” (OLIVEIRA, 2010, p. 15).
Nesse ponto, Goheen acrescenta que:
Na sua melhor definição, ‘missional’ descreve não uma atividade específica da
igreja, mas a própria essência e identidade da igreja à medida que ela assume seu
papel na história de Deus no contexto de sua cultura e participa na missão de
Deus para o mundo (GOHEEN, 2014, p. 20, itálicos do autor).
Sendo assim, para David Mesquiati de Oliveira (2010), a ação no mundo é
a chave interpretativa para se compreender o conceito de igreja missional. “Esta
ação passa a ser uma chave hermenêutica: ação de Deus e ação das suas testemunhas/
discípulos” (OLIVEIRA, 2010, p. 16). Portanto, uma igreja missional é uma
igreja que age em meio a comunidade na qual está inserida. Pois, como o próprio
Jesus ensinou “não se acende uma candeia para coloca-la debaixo do alqueire, mas
no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa” (Mt 5.15).
Todavia, existe um grande desafio no mundo contemporâneo que é a pós-
-modernidade. Assim, a Igreja precisa lidar com essa sociedade pós-moderna que
é plural. O pastor David Mesquiati ensina que: “Uma postura tolerante e dialógica
conduzirá a igreja cristã a um novo espírito missionário” (OLIVIEIRA, 2010,
p. 19). Logo uma igreja missional é uma igreja que procura dialogar com esta
sociedade pós-moderna, a fim de proclamar as virtudes daquele que nos chamou
das trevas para uma maravilhosa luz.
Nesse sentido, o citado autor se apropria do instrumental da teoria da ação
habermasiana para defender “que é possível uma sociedade reger-se pela ação
comunicativa e voltar-se para um entendimento mútuo, abrindo mão de um agir
estratégico egocêntrico/etnocêntrico” (OLIVEIRA, 2010, p. 25). Portanto, o autor
aplica a teoria da ação comunicativa no âmbito eclesiológico para estabelecer:
“Um novo paradigma missionário ecumênico emergente”, pois: “Um novo tempo
[pós-moderno] demanda novos métodos e posturas” (OLIVEIRA, 2010, p. 40).
Dessa forma, o modelo de igrejas missionas, trata-se de um novo paradigma
emergente. Na próxima seção abordaremos acerca da misericórdia como critério
teológico para uma igreja missional.
2. A misericórdia como critério teológico para uma igreja missional
No poema O Contrário do Amor é a Indiferença, Martha Medeiros revela que o
contrário do amor não é o ódio como muitos acreditam; mas a indiferença. Segundo
Medeiros:
Para odiar alguém, precisamos reconhecer que esse alguém existe e que nos
provoca sensações, por piores que sejam.
[…]
Já para sermos indiferentes a alguém, precisamos do quê? De coisa alguma. A
pessoa em questão pode saltar de bungee-jumping, assistir aula de fraque, ganhar
um Oscar ou uma prisão perpétua, estamos nem aí.
Assim, o oposto do amor é a indiferença. Quando somos indiferentes demonstramos
que não nos importamos. Como diz a poetisa “estamos nem aí”. Portanto, uma igreja missional é uma comunidade que procurar comunicar o amor de Deus e superar a indiferença, e busca como critério teológico a prática da misericórdia para o desenvolvimento de sua eclesiologia. Pois uma igreja missional
é uma comunidade consciente das muitas necessidades das pessoas, e tem
a diaconia como um instrumento transformador.
Nesse sentido, David Mesquiati de Oliveira: “Em se tratando da América
Latina e das desigualdades tão gritantes, outro limite desafiador que um
modelo comunicativo busca contrapor é a indiferença. O critério teológico
proposto para superá-lo é a misericórdia” (OLIVEIRA, 2010, p. 77). Assim, o
autor comenta que: “Há muita coisa a ser feita pelos povos latino-americanos
– política, social, econômica e teologicamente – mas, a misericórdia precisa ser
um critério estruturante” (OLIVEIRA, 2010, p. 83). Portanto, a prática da misericórdia
deve ser um critério missionário a ser bem observado no contexto da
América Latina.
Podemos ver nas palavras do próprio Jesus, na parábola do Bom Samaritano
(Lc 10.25-37), a misericórdia como prática teológica. Essa passagem relata que
“certo homem, intérprete da Lei, se levantou com o intuito de pôr Jesus à prova”
e lhe indagou: “Mestre, que farei para herdar a vida eterna?” (v. 25). Jesus perguntou:
“Que está escrito na Lei?” (v. 26). Ele respondeu: “Amarás o Senhor, teu
Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o
teu entendimento; e: Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (v. 27). Jesus disse:
“Respondeste corretamente; faze isto e viverás” (v. 28).
Mas ele ainda querendo pôr Jesus à prova, perguntou: “Quem é meu próximo?”
(v. 29). Daí Jesus contou uma parábola que tinha como lição a misericórdia
como critério para a prática daqueles que queriam ser religiosos. Vejamos:
Jesus prosseguiu dizendo: Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e veio
a cair em mãos de salteadores, os quais, depois de tudo lhe roubarem e lhe causarem
muitos ferimentos, retiraram-se, deixando-o semimorto. Casualmente,
descia um sacerdote por aquele mesmo caminho e, vendo-o, passou de largo.
Semelhantemente, um levita descia por aquele lugar e vendo-o, também passou
de largo. Certo samaritano, que seguia o seu caminho, passou-lhe perto e, vendo-
o, compadeceu-se dele. E, chegando-se, pensou-lhe os ferimentos, aplicando-
lhes óleo e vinho; e, colocando-o sobre o seu próprio animal, levou-o para
uma hospedaria e tratou dele. No dia seguinte, tirou dois denários e os entregou
ao hospedeiro, dizendo: Cuida deste homem, e, se alguma coisa gatares a mais,
eu to indenizarei quando voltar (Lc 10.30-35).
Assim, Jesus perguntou para o interprete da Lei. “Qual destes três te parece
ter sido o próximo do homem que caiu nas mãos dos salteadores? (v. 36). E ele
respondeu: “O que usou de misericórdia para com ele”. Diante da resposta evidente,
Jesus ensinou: “Vai e procede tu de igual modo” (v. 37). “A misericórdia
é um amor específico. Que reconhece a dignidade do outro. Sensível ao outro.
Sempre pronto” (OLIVEIRA, 2010, p. 84).
Dessa forma, “A misericórdia como critério missionário acentua a realização
do amor” (OLIVEIRA, 2010, p. 85), sendo ela um critério teológico para uma
igreja missional. Contudo, esse modelo eclesiológico possui algumas possíveis
implicações que precisa ter cuidado, os quais serão abordados na próxima seção.
3. Possíveis implicações do modelo de igrejas missionais
O modelo de igrejas missionais tem se demonstrado bastante relevante no contexto
das cidades, pois tem uma postura consistente da missão da igreja no meio
urbano, sendo que encontra sua fundamentação bíblica na prática da misericórdia.
Como bem mencionado, trata-se de um novo paradigma missionário ecumênico
emergente (OLIVEIRA, 2010). Mas esse paradigma guarda algumas implicações
teológicas que podem levar a igreja a perder o foco da Missão. Portanto, é preciso
ter discernimento e cautela.
Uma destas implicações teológicas é o atual emprego do conceito de Missio
Dei articulado pelo teólogo alemão Karl Barth. Percebe-se que a Missio Dei
permeia o modelo eclesiológico de igrejas missionais. Assim, faz-se necessário
advertir que esse conceito tem se tornado ao longo dos anos muito amplo e vago.
Pois tudo que podemos fazer de bem (justiça social, envolvimento político, cuidado
com o meio ambiente, etc.), constitui-se em Missio Dei.
Logo isso pode levar um enfraquecido da ideia de missões. Áreas como,
por exemplo, o cuidado com o meio ambiente tem sido considerado como parte
da missão, de acordo com a ampla concepção de Missio Dei. Logicamente, nada
contra o cuidado com o meio ambiente. Temos que ter um meio ambiente ecologicamente
equilibrado, mas essa concepção abrangente tem abarcado várias áreas
e tornado vaga a ideia de missões.
Portanto o conceito de missão deve ser bem compreendido pela liderança
da igreja local, pois existe um perigo de se perder a ideia de missão em razão
da amplitude da Missio Dei. “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações,
batizando-os em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28.19). Esta
é a principal missão da Igreja, ir e fazer discípulos de todas as nações. É preciso
foco e determinação para fazer discípulos nas nações. Dessa forma, o conceito
de Missio Dei se não for bem compreendido, confundirá a mente das pessoas, as
quais pensarão que poderão ser missionários onde estão cuidando do meio ambiente,
engajando em movimentos sociais, e que não precisarão ir até os confins
da terra. Todavia, o Senhor comissionou a Igreja para ir às nações. Está é a
Grande Comissão.
Nesse sentido, surge uma outra possível implicação teológica, que consideramos
decorrente da primeira, a qual é o não cumprimento do princípio da
simultaneidade de levar o evangelho até os confins da terra. O princípio da simultaneidade
exorta a igreja a ter o encargo de levar o evangelho de Cristo a vários
povos e segmentos ao mesmo tempo. Ele é decorrente do texto de Atos 1.8, “mas
recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas
tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da
terra”. Nesse versículo fica claro a simultaneidade de se levar o evangelho tanto no
nível local, como regional, nacional e transcultural.
Em Atos 16.9 vemos que: “À noite, sobreveio a Paulo uma visão na qual
um varão macedônio estava em pé e lhe rogava, dizendo: Passa à Macedônia e
ajuda-nos”. Esse texto, assim como o de Mateus 28.19 e Atos 1.8 enfatizam a
necessidade de se cruzar as fronteiras para alcançar os perdidos com o evangelho.
As nações estão clamando. Assim, é preciso foco e determinação para fazer discípulos
nas nações. Portanto, uma igreja pode ser missional, cumprindo bem o seu
chamado para ser luz em nível local; mas deixar de ser missionária, não cumprindo
o ide de Jesus “até aos confins da terra”.
Por último, outra possível implicação teológica que existe no modelo das
igrejas missionais é a grande influência da Teologia da Missão Integral (TMI).
Alguns teólogos, dizem que a TMI carrega uma influência marxista e que seria
uma versão evangélica da Teologia da Libertação da Igreja Católica. No entanto,
vemos que a missão integral tem muitas contribuições positivas, em particular no
âmbito da América Latina e do Caribe.
A própria Bíblia ensina que:
Se um irmão ou uma irmã estiverem carecidos de roupa e necessitados do alimento
cotidiano, e qualquer dentre vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e
fartai-vos, sem, contudo, lhes dar o necessário para o corpo, qual é o proveito
disso? Assim, também a fé, se não tiver obras, por si só está morta (Tg 2.15-17).
Apesar disso, temos que analisar a TMI com cuidado, verificando cada ponto
e retendo aquilo que é bom para a igreja, sem perder a essência missionária.
Porque no afã de enfrentar as mazelas sociais, a missão integral, acaba por enfatizar
demasiadamente o aspecto diaconal em detrimento do aspecto missionário
da igreja. O próprio René Padilla disse que: “O mundo todo é um ‘campo missionário’
e cada necessidade humana é uma oportunidade de ação missionária”
(PADILLA, 2009, p. 20, grifamos). Demonstrando assim a TMI uma grande
ênfase na ação diaconal, através da necessidade humana.
Considerando algumas imagens que moldam a igreja, segundo Goheen, poderíamos
mencionar que a congregação que tem a TMI como ênfase para sua
prática eclesiológica pode se assemelhar a um posto de assistência social. Vejamos:
Igreja como posto de assistência social: O braço de assistência social do governo
existe para cuidar dos fracos, necessitados e pobres. A igreja compassiva,
preocupada com a misericórdia diaconal na sua vizinhança, pode se parecer
com esse tipo de instituição no seu cuidado pelos necessitados (GOHEEN,
2014, p. 35).
Portanto, ao definir a missão da igreja a partir dos problemas da sociedade,
a TMI tira o evangelho do foco e o substitui pela ação social. A Bíblia é muito
clara quando nos adverte da importância de cuidarmos dos necessitados, mas não
podemos atribuir a essa tarefa um caráter de centralidade da igreja, pois muito
além da necessidade humana, o homem precisa se reconciliar com Deus.
Conclusão
Considerando o que foi abordado neste artigo sobre o modelo das igrejas missionais,
percebe-se que este paradigma eclesiológico emergente, trata-se de um
bom modelo a ser aplicado no contexto urbano, pois resgata no meio da igreja o
ímpeto de transformação da sociedade, porquanto: “Vós sois o sal da terra; ora, se
o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão
para, lançado fora, ser pisado pelos homens” (Mt 5.13). Portanto, a igreja deve ser
um sal que tem sabor.
Nesse sentido, as igrejas missionais tem cumprido com o seu propósito bíblico
de levar o cristão a ser um agente de transformação da sociedade na qual está
inserido. Uma comunidade missional busca como critério teológico a prática da
misericórdia para o desenvolvimento de sua eclesiologia, a fim de levar mudança
no local em que está plantada e tornar visível no tempo presente, a justiça, a educação,
a fraternidade, a igualdade e a paz. Uma igreja missional não é indiferente,
porque verdadeiramente encarna o amor de Deus.
Todavia, percebe-se que o modelo de igrejas missionais dão uma grande
ênfase ao conceito de Missio Dei, bem como a Teologia da Missão Integral, e
esses aspectos devem ter a devida cautela pelo pastor da igreja local. Porquanto
a ênfase demasiada pode causar um problema na definição da missão e o não
cumprimento do princípio de fazer discípulos de todas as nações (Mt 28.19) e de
levar o evangelho simultaneamente até os confins da terra (At 1.8). Pois quando
a missão é feita tão-somente no nível local, ela é parcial. As nações também precisam
ser alcançadas. Portanto, a igreja deve ser o sal da terra e também luz para
todas as nações.
Enfim, a igreja precisa ser missional, mas sem deixar de ser missionária. Essas
duas vertentes devem andar juntas, apontando para a Grande Comissão e
exposição do Evangelho de Cristo.
_________________________
Referências bibliográficas
Bíblia. Bíblia de Estudo Almeida. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.
Carriker, Timóteo. O que é Igreja missional: modelo e vocação da igreja no Novo Testamento (Viçosa: Ultimato, 2018). 127 p.
Costa, Flávio Bessa da. A Origem da Palavra Missão. Disponível em: https://blogflaviobessa.blogspot.com/2021/10/a-origem-da-palavra-missao.html. Acesso em: 26 dezembro 2021.
Goheen, Michael W. A igreja missional na Bíblia: luz para as nações (São Paulo: Vida Nova, 2014). 286 p.
Medeiros, Martha. O Contrário do Amor é a Indiferença. Disponível em: https://www.pensador.com/o_contrario_do_amor_e_a_indiferenca/.Acesso em: 21 dezembro 2021.
Oliveira, David Mesquiati de. Missão, cultura e transformação: desafios para a prática missionária comunicativa. 2010. 172 f. Dissertação (Mestrado em Teologia) – Escola Superior de Teologia. Programa de Pós-Graduação. São Leopoldo.
Padilla, René C. O que é missão integral? (Viçosa: Ultimato, 2009). 136 p.
Karl Barth era suíço não alemão…
Obrigado pela observação.
Parabéns pelo artigo, muito instrutivo, informativo e necessário. Gostei dos seus apontamentos tanto na explicação quanto ao o que é uma igreja missional, a questão da misericórdia e também em relação as implicações teológicas. E a conclusão foi sensacional principalmente no que se diz respeito sobre a igreja ser missional e não deixar de ser missionaria. Que Deus continue te abençoando. muito obrigado por compartilhar este material.
Obrigado pelo comentário.