Pentecostais reformados

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Será que existem pentecostais reformados? Pode Azusa ter alguma relação com Genebra?[1]

É indiscutível que tanto a tradição reformada como o movimento pentecostal moderno têm contribuído enormemente para o avanço do cristianismo global. Por um lado, a tradição reformada foi singular em sua definição e defesa dos distintivos teológicos centrais do protestantismo quase que desde o seu nascedouro na Europa do século 16. Para além do âmbito eclesiástico, o calvinismo tem sido responsável por grandes avanços na produção e renovação cultural desde então, especialmente no Ocidente, chamando a atenção inclusive de observadores de fora do cristianismo até os dias atuais.[2] Por outro lado, o movimento pentecostal moderno é o fenômeno mais dinâmico de renovação espiritual do cristianismo do último século, chegando a influenciar 500 milhões de fiés — ou seja, cerca de um quarto de toda a população cristã mundial — em apenas um século da sua existência.[3] O movimento também representa o mais expressivo avanço evangelístico e missionário da história recente e, discutivelmente, de toda a trajetória do cristianismo.[4]

Apesar das virtudes indiscutíveis de ambas as tradições, as falhas e tendências de cada uma têm sido apontadas e acentuadas por lados opostos desse espectro teológico e eclesiástico, resultando em uma divisão aparentemente intransponível e diferenças ditas irreconciliáveis. Por um lado, os cristãos reformados têm apontado para o populismo e o pragmatismo pentecostal, aliado ao seu forte apelo às experiências religiosas, que tendem ao subjetivismo e ao misticismo, como um sério comprometimento da fé cristã e protestante pautada na autoridade final e absoluta das Sagradas Escrituras. Por outro lado, os cristãos pentecostais têm apontado para o academicismo e intelectualismo reformado, que tendem para um racionalismo e um naturalismo que ameaçam sufocar o testemunho e a operação contínuos do Espírito Santo, como uma séria barreira à vivência plena e fiel do cristianismo bíblico.

Todavia, reconhecidas as barreiras entre pentecostais e reformados, bem como as suspeitas mútuas, haveria a possibilidade de um diálogo respeitoso e uma cooperação mútua pautada nas virtudes de cada tradição? Para além de uma simbiose saudável entre as tradições pentecostal e reformada, seria possível até cogitar uma síntese entre esses dois campos?

Para um número crescente de cristãos nascidos e criados na tradição pentecostal, a aproximação com a tradição reformada tem surgido não apenas como uma possibilidade, mas como uma necessidade a fim de encontrar um ponto de equilíbrio entre a devoção e a doutrina, a teologia e a prática cristãs.[5] Sem rechaçar de imediato nem por inteiro suas experiências espirituais reais e legítimas vividas no pentecostalismo — desde a experiência da regeneração até a plenitude do Espírito Santo testemunhada, inclusive, pelos diversos dons carismáticos — esses cristãos estão em busca de uma teologia mais sólida e robusta que possa fundamentar e nortear sua carreira cristã. Em suma, tais cristãos não desejam rechaçar seu pentecostalismo, mas sim reformá-lo.

Para os observadores de fora do movimento pentecostal, especialmente os reformados, tal reforma do pentecostalismo por alguns pentecostais pode parecer uma missão impossível sem que haja uma ruptura completa com a tradição pentecostal. De fato, de um viés puramente doutrinário, é inconcebível para os reformados que uma tradição tão influenciada pelas correntes doutrinárias do arminianismo, do “batismo pelo Espírito Santo” como um segundo estágio da vida cristã e do dispensacionalismo seja capaz de suportar a exposição e aproximação às máximas teológicas reformadas.[6] Contudo, se enxergarmos o pentecostalismo principalmente não como um movimento doutrinário — apesar de, historicamente, ele pautar-se por algumas diretrizes teológicas características, inclusive as mencionadas acima — mas como uma proposta de resgate de uma espiritualidade fortemente pneumática e carismática, pautada nas Sagradas Escrituras, talvez a aproximação entre pentecostais e reformados não pareça tão absurda ou inimaginável.

À guisa de comparação, os comentários do Dr. Martyn Lloyd-Jones — um dos grandes campeões do resgate da teologia reformada no século passado — são bastante pertinentes ao refletir sobre a sua tradição de origem, o metodismo calvinista galês.[7] Já na época de Lloyd-Jones, falar de “metodistas calvinistas” soava tão absurdo aos ouvidos de muitos quanto falar hoje de “pentecostais reformados”. Contudo, como bem observou Lloyd-Jones, os metodistas calvinistas existiram desde a primeira geração do metodismo na vida dos seus líderes no País de Gales como Daniel Rowland (1713-1790), George Whitefield (1714-1770), Howell Harris (1714-1773) e William Williams (1717-1791). Curiosamente, eles não iniciaram sua trajetória no metodismo convencidos das doutrinas associadas ao calvinismo, apesar de as descobrirem pouco tempo depois do início do avivamento metodista na Inglaterra dos irmãos John e Charles Wesley. Foi por conta dessa aproximação com a tradição reformada que os metodistas galeses acabaram distanciando-se dos seus contemporâneos e colegas ingleses, apesar de reterem, como estes, o mesmo fervor evangelístico e espiritual.

À luz das diferenças teológicas marcantes entre o calvinismo e o metodismo popular de convicção arminiana disseminado pelos irmãos Wesley, como reconciliar as duas tradições? Como bem observou Lloyd-Jones, a solução encontrada pelo metodismo calvinista galês consistiu da associação entre o melhor da doutrina calvinista com o melhor da espiritualidade metodista. Da tradição reformada, os metodistas calvinistas galeses absorveram a ênfase central na soberania de Deus, especialmente no tocante à suficiência da graça de Deus na pregação do evangelho, na conversão e regeneração das almas, bem como no avivamento do cristianismo centrado na Palavra de Deus. Da tradição metodista, estes mesmos irmãos retiveram uma devoção disciplinada pelas Escrituras Sagradas e uma busca incessante por uma vida íntima e profunda com Deus e seu Santo Espírito.

Em retrospecto, da ótica de Lloyd-Jones, o metodismo calvinista galês não só preservou o melhor de ambas as tradições, como também representou a síntese desejável entre esses dois campos. Em suas palavras, o metodismo calvinista representa a salvação do metodismo, pois seu calvinismo salvaguarda o metodismo de descambar para um subjetivismo e misticismo divorciados das Escrituras Sagradas. Todavia, o metodismo calvinista representa a salvação do calvinismo, pois seu metodismo salvaguarda o calvinismo de deteriorar-se em uma religião intelectual, fria e desalmada.[8]

A síntese representada pelo metodismo calvinista galês desde o século 18 serve de importante precedente histórico e de inspiração em potencial para os novos pentecostais reformados no início do século 21. Por um lado, este grupo de pentecostais deseja preservar a essência da espiritualidade pentecostal, a saber, o seu biblicismo e o seu sobrenaturalismo.[9] Isso significa que tais pentecostais desejam preservar sua lealdade à autoridade final e absoluta das Escrituras Sagradas, mesmo enquanto cultivam uma abertura radical para o mover sobrenatural de Deus por meio da operação contínua e poderosa do Espírito Santo.[10] Por outro lado, este mesmo grupo almeja reformar a sua hermenêutica bíblica à luz do teocentrismo e cristocentrismo característicos da tradição reformada, sob a convicção de que toda a Escritura aponta para a glória soberana de Deus e de que toda ação e intervenção sobrenatural do Espírito Santo visa a exaltação do Senhor Jesus Cristo e do seu evangelho.[11],[12]

O resultado da síntese pentecostal-reformada, aos olhos deste autor e da sua denominação no Brasil de confissão reformada e pentecostal — a Aliança das Igrejas Cristãs Nova Vida[13] — é uma combinação entre os distintivos doutrinários centrais da tradição reformada e os elementos característicos da espiritualidade pentecostal. Por um lado, nós pentecostais reformados aderimos firmemente aos cinco ‘solas’ do protestantismo (sola Scriptura, solus Christus, sola gratia, sola fide, soli Deo gloria) e também às doutrinas da graça (depravação total, eleição incondicional, expiação limitada, graça irresistível e perseverança dos santos), o que representa uma ruptura com as nossas raízes arminianas.[14] Nesse particular, cremos que os distintivos doutrinários reformados melhor preservam a centralidade e a suficiência da graça soberana de Deus na proclamação do evangelho, autenticada pela ação sobrenatural do Espírito Santo.

Também compreendemos, junto com a tradição reformada em sua maioria,[15] que o “batismo pelo Espírito Santo” não representa uma segunda iniciação ou segundo estágio da vida cristã, mas sim a imersão inicial do cristão na vida do Espírito quando da sua regeneração mediante a rendição ao evangelho pela fé em Cristo. Apesar desta segunda ruptura com nossas raízes pentecostais, não cremos que o batismo inicial com o Espírito Santo na conversão prescinde ou exclui a possibilidade e a necessidade de múltiplos preenchimentos do Espírito, visando uma vida de crescente santidade e serviço eficaz no Reino de Deus.[16] Nisso fazemos coro com o eminente comentarista D. A. Carson quando ele afirma:

Apesar de não encontrar apoio bíblico para a teologia da segunda bênção, encontro apoio para uma teologia da segunda, terceira, quarta ou quinta bênção. Apesar de não ver nenhum charisma estabelecido biblicamente como critério para um segundo revestimento do Espírito, vejo que existem níveis de unção, bênção, serviço e alegria santa junto a outros dons mais celebrados atualmente, associados àqueles cujos corações foram tocados especialmente pelo soberano Deus. Embora eu ache extremamente perigoso buscar uma segunda bênção que seja atestada pelo falar em línguas, também acho que não anelar profundamente por Deus seja algo tão perigoso quanto isso, tornando-se satisfeito com um cristianismo meramente teórico que seja seguro, mas também complacente; ortodoxo, mas também engessado; sensato, mas também adormecido.[17]

Cremos também na operação contínua de todos os dons espirituais carismáticos desde os tempos apostólicos — diferente dos nossos irmãos reformados cessacionistas —, apesar de não reconhecer um único dom como sendo autenticador da “plenitude” ou “batismo no Espírito Santo”.[18] Novamente, D. A. Carson observa precisamente que:

…o movimento carismático [pentecostal] tem desafiado a igreja a esperar mais de Deus, a esperar que Deus derrame seu Espírito sobre nós por meio de formas que quebrem nossos moldes tradicionais para pôr em xeque uma teologia que, sem garantias exegéticas suficientes, rejeita toda possibilidade do que é miraculoso, com exceção da regeneração.[19]

Nesse particular, portanto, cremos que a ênfase da espiritualidade pentecostal na busca por mais da vida e do poder do Espírito Santo, tanto dos seus frutos como dos seus dons, melhor condiz com o desejo por um testemunho vigoroso e vibrante do evangelho de Jesus Cristo neste mundo — quer na devoção pessoal e familiar, quer na vida congregacional e na evangelização, quer em nosso testemunho público e social como povo de Deus na terra.[20]

Por fim, quer a síntese pentecostal-reformada pareça convincente e coerente ou não aos seus observadores e críticos[21], minimamente ela aponta para um diálogo possível e proveitoso entre essas duas tradições aparentemente antagônicas. Como bem observou o respeitado teólogo reformado I. John Hesselink a respeito da aproximação do movimento carismático-pentecostal e a tradição reformada:

…pode parecer que a tradição reformada e o movimento carismático, com sua abordagem e teologia, são entidades basicamente diferentes, se não antitéticas, pois em toda a tradição protestante, a reformada tem se destacado por sua ênfase na doutrina e na teologia. Por outro lado, o movimento carismático dá grande ênfase à experiência. As igrejas reformadas destacam-se por seus teólogos, não por seus ‘santos’ ou evangelistas. Nós nos orgulhamos de nossas confissões e catecismos, de nossa sólida teologia e pura doutrina. Por outro lado, os grupos carismáticos e pentecostais gabam-se das curas e das experiências de êxtase. Os cristãos reformados tendem a ser cerebrais, frios e analíticos. Os carismáticos promovem o entusiasmo, o “vamos que vamos” e os sentimentos calorosos.

Apesar dessas divergências aparentes, Hesselink conclui:

É provável que os reformados presbiterianos sejam limitados na experiência da realidade, da alegria e plenitude do Espírito. É provável que aos pentecostais esteja faltando uma compreensão bíblica adequada da obra do Espírito. Sendo assim, uns precisam dos outros e podem se complementar entre si. A coexistência e não uma guerra quente — ou mesmo fria — parece-nos ser uma resposta lógica e feliz à nossa situação.[22]

Assim cremos e assim seja, pela graça do Senhor e para a glória de Deus somente!

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[1] Esse artigo foi primeiramente publicado no volume editado por Marcone Bezerra Carvalho e Rosana Ricárdez Frías, Rostros del calvinismo en América Latina: presbiterianos, reformados, congregacionales y valdenses (Santiago de Chile: Mediador Ediciones y Primera Ediciones, 2021), p. 447-453.

[2] Segundo a matéria de capa da revista Time de 23 de março de 2009, o “novo calvinismo” figura entre as dez ideias mais influentes do início deste século (David Van Biema, et. al., “10 ideas changing the world right now” [Time Magazine 173.11], disponível em http://content.time.com/time/specials/packages/article/0,28804,1884779_1884782_1884760,00.html (acesso em 09 agosto 2020).

[3] Mark A. Noll, Momentos decisivos da história do cristianismo (São Paulo: Cultura Cristã, 2000), p. 313-314.

[4] Como bem observa Douglas Jacobsen, o paralelo histórico mais próximo desse movimento religioso explosivo e expansivo ocorreu no século seguinte à morte de Maomé (633-732), fundador do islamismo, salvo que o pentecostalismo não dispôs do poderio militar e político para espalhar sua influência pelo mundo. (A Reader in Pentecostal Theology: Voices from the First Generation [Bloomington, IN: Indiana University Press, 2006], p. 1)

[5] Para um relato detalhado da trajetória de uma família de pentecostais radicada no Brasil desde 1960 em direção à teologia e tradição reformada, confira as obras de Walter e John McAlister, O pentecostal reformado (São Paulo: Vida Nova, 2018), p. 21-37, e Walter McAlister, Neopentecostalismo – a história não contada: quem foi Roberto McAlister, conhecido com o pai desse movimento (Rio de Janeiro: Anno Domini, 2012).

[6] Para um breve resumo histórico dos antecedentes históricos e teológicos do movimento pentecostal moderno e seus desdobramentos subsequentes no mundo, especialmente no Brasil, confira o artigo de Alderi Souza de Matos, “O movimento pentecostal: reflexões a propósito do seu primeiro centenário”, Fides Reformata XI/2 (2006), p. 23-50.

[7] As observações a seguir derivam-se da palestra “William Williams and Welsh Calvinistic Methodism” (1968) em The Puritans: their Origins and Successors – Addresses Delivered at the Puritan and Westminster Conferences 1959-1978 (Carlisle, PA: Banner of Truth, 1987), p. 191-214.

[8] Lloyd-Jones, The Puritans, p.208-214.

[9] McAlister, O pentecostal reformado, p. 59-77.

[10] Para uma defesa da integridade bíblica, hermenêutica e teológica dessa posição, veja a obra de Craig S. Keener, A hermenêutica do Espírito: lendo as Escrituras à luz do Pentecostes (São Paulo: Vida Nova, 2018).

[11] McAlister, O pentecostal reformado, p. 79-92.

[12] Um outro aspecto importantíssimo e até mesmo central à hermenêutica bíblica reformada diz respeito à leitura aliancista das Escrituras Sagradas, com evidentes repercussões para os campos da escatologia, da eclesiologia e dos sacramentos, especialmente a administração do batismo cristão. Para um tratamento mais prolongado desse assunto, especialmente a defesa da posição credobatista reformada, confira McAlister, O pentecostal reformado, p. 139-159, 161-175, e especialmente 177-196. Curiosamente, a porta de entrada da família McAlister para a teologia reformada deu-se por meio do contato inicial do fundador da Igreja Cristã Nova Vida, o Bispo Roberto McAlister (1930-1993), com a teologia das alianças, que o levou a refutar o pré-milenismo dispensacionalista dos seus antecessores pentecostais pela corrente amilenista (McAlister, Neopentecostalismo, p. 134). A partir daí, coube ao seu filho e sucessor, o Bispo Walter Robert McAlister Jr. (1956- ), atual Primaz da Aliança das Igrejas Cristãs Nova Vida, o desafio de conduzir a denominação fundada pelo seu pai a um processo de reavaliação teológica que resultou na síntese apresentada a seguir.

[13] Para mais informações, confira http://www.icnv.com.br/conheca-a-icnv/declaracao-de-fe (acessado em 12 agosto 2020).

[14] McAlister, O pentecostal reformado, p. 93-137.

[15] Para uma exceção notável, veja Martyn Lloyd-Jones, O batismo e os dons do Espírito: poder e renovação segundo as Escrituras (Natal: Carisma, 2018).

[16] McAlister, O pentecostal reformado, p. 197-213.

[17] A manifestação do Espírito: a contemporaneidade dos dons à luz de 1Coríntios 12-14 (São Paulo: Vida Nova, 2013), p. 162.

[18] McAlister, O pentecostal reformado, p. 215-238.

[19] A manifestação do Espírito, p. 183.

[20] McAlister, O pentecostal reformado, p. 239-257.

[21] Apesar da sugestão de muitos que a síntese aqui apresentada seja melhor descrita como “calvinista-carismática”, mantemos a nomenclatura “pentecostal-reformada” por uma questão de clareza e honestidade acerca da nossa trajetória histórica. Diferente de cristãos calvinistas que se abriram para a experiência dos dons carismáticos, nós pentecostais oriundos do pentecostalismo clássico nos abrimos para a teologia reformada. Portanto, apesar das semelhanças em doutrina e prática entre “calvinistas carismáticos” e “pentecostais reformados”, cada termo representa uma trajetória histórica distinta oriunda de pontos de partida distintos.

[22] “O movimento carismático e a tradição reformada” em Grandes temas da tradição reformada, ed. Donald K. McKim (São Paulo: Pendão Real, 1998), p. 337,342.

1 COMENTÁRIO

  1. Olá pastor John McAlister.
    Pelo que pude perceber em seu texto, me parece que o diálogo proposto entre reformados e pentecostais não faz jus a realidade de ser um pentecostal.
    Aparentemente a formulação proposta se refere a um reformado carismático, ou um calvinista continuísta. Existem algumas bases para ser considerado pentecostal, como a segunda bênção por exemplo.
    Me parece que o diálogo entre tradições proposto no texto só utiliza o pentecostalismo como apêndice em um tópico da pneumatologia.
    Outra questão é que o texto deixa implícito que o pentecostalismo não possui uma teologia robusta. Este conceito não parece contemplar a realidade da teologia pentecostal. Devemos considerar que o movimento pentecostal moderno tem pouco mais de 100 anos, já os reformados tem mais de 500 anos, obviamente haverá mais material reformado do que pentecostal, mas mesmo assim conseguimos enxergar excelentes teólogos pentecostais, tais como Robert Menzies, Gordon Fee, Craig Keener, Stanley Horton, Amos Young, dentre outros, nos mostrando que existe uma teologia pentecostal robusta.

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