Introdução à cosmovisão reformada: Anotações quase aleatórias (7)

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Leia antes a parte 6 aqui

D. SOMOS ADMINISTRADORES
DOS BENS DE DEUS

“Visto que nosso Pai celestial nos concede todas as coisas por sua livre graça, devemos ser imitadores de sua graciosa benevolência, praticando também atos de bondade em favor de outrem; e em razão de nossos recursos virem dele, não somos mais que despenseiros dos dons de sua graça” – João Calvino.1

1) Tudo pertence a Deus
A Bíblia nos ensina que todas as coisas nos são dadas pela benignidade de Deus e são destinadas ao nosso bem e proveito. Deste modo, tudo que temos constitui-se em um depósito do que um dia teremos de dar conta. “Portanto, assim importa administrá-las para que aos ouvidos nos soe constantemente esta ordem: ‘Dá conta de tua mordomia’ [Lc 16.2]”.2 Deus concede-nos bens para que os gerenciemos. Ele continua sendo o Senhor de tudo: “Quando Deus nos envia riquezas não renuncia a sua titularidade, nem deixa de ter senhorio sobre elas (como o deve ter) por ser o Criador do mundo. (…) E ainda que os homens possuem cada um sua porção segundo Deus os há engrandecido mediante os bens deste mundo, não obstante, ele sempre continuará sendo Senhor e dono de tudo”.3 Portanto, “o uso legítimo de todas as graças é o liberal e generoso compartilhar com os outros. Nenhuma, nem mais certa, regra, nem mais válida exortação para mantê-la, se podia excogitar do que onde somos ensinados que todos os dotes de que somos possuidores são consignações de Deus, creditadas à nossa confiança com esta condição: que sejam dispensadas em benefício do próximo (1Pe 4.10)”.4

2) O sentido da riqueza

“Os crentes gozam de genuína riqueza quando confiam na providência divina que os mantêm com suficiência e não se desvanecem em fazer o bem por falta de fé. (…) Ninguém é mais frustrado ou carente do que aquele que vive sem fé, cuja preocupação com suas posses dilui toda a sua paz” – João Calvino.5

Para Calvino a riqueza residia em não desejar mais do que se tem, e a pobreza, o oposto.6 Por sua vez, também entendia que a prosperidade poderia ser uma armadilha para a nossa vida espiritual: “Nossa prosperidade é semelhante à embriaguez que adormece as almas”.7 “Aqueles que se aferram à aquisição de dinheiro e que usam a piedade para granjearem lucros, tornam-se culpados de sacrilégio”.8 Daí que, para o nosso bem, o Senhor nos ensina através de várias lições a vaidade dessa existência.9 Os servos de Deus não podem ser reconhecidos simplesmente pela sua riqueza. Esclarecendo uma interpretação errada de Eclesiastes 9.1, afirma: “Se alguém quiser julgar pelas coisas presentes quem Deus ama e quem Deus odeia, trabalhará em vão, visto que a prosperidade e a adversidade são comuns ao justo e ao ímpio, ao que serve a Deus e ao que lhe é indiferente, de onde se infere que nem sempre Deus declara amor aos que ele faz prosperar temporalmente, tampouco declara ódio aos que ele aflige”.10 Comentando o Salmo 62.10, ele afirma que “Pôr o coração nas riquezas significa mais que simplesmente cobiçar a posse delas. Implica ser arrebatado por elas a nutrir uma falsa confiança. (…) É invariavelmente observado que a prosperidade e a abundância engendram um espírito altivo, levando prontamente os homens a nutrirem presunção em seu procedimento diante de Deus, e a se precipitarem em lançar injúria contra seus semelhantes. Mas, na verdade o pior efeito a ser temido de um espírito cego e desgovernado desse gênero é que, na intoxicação da grandeza externa, somos levados a ignorar quão frágeis somos, e quão soberba e insolentemente nos exaltamos contra Deus”.11 Ele considera ainda a cobiça ao dinheiro uma “praga” que, conforme Paulo nos ensina (1Tm 6.10), traz muitos males: “Os que sofrem dessa praga gradualmente se degeneram até que renunciam completamente a fé”.12
   
Devemos em todas as coisas ser gratos a Deus, que nos confere tudo o que temos, usando com prudência os bens que ele nos concede para o seu serviço. “Quanto mais liberalmente Deus trate alguém, mais prudentemente deve ele vigiar para não ser preso em tais malhas”.13 “Quando depositamos nossa confiança nas riquezas, na verdade estamos transferindo para elas as prerrogativas que pertencem exclusivamente a Deus”.14 A nossa riqueza está em Deus, aquele que soberanamente nos abençoa.15

Portanto, “…. é uma tentação muito grave, ou seja, avaliar alguém, o amor e o favor divinos segundo a medida da prosperidade terrena que ele alcança”.16 Do mesmo modo, as aflições não devem ser vistas de forma mística e supersticiosa: “É certamente um erro muitíssimo comum entre os homens olharem eles para os que se acham oprimidos com angústias como se fossem condenados e réprobos. Visto que, de um lado, a maioria dos homens, julgando o favor divino pelo prisma de um estado incerto e transitório de prosperidade, aplaudem os ricos e aqueles para quem, como dizem, a fortuna sorri. E então, de outro lado, agem com desprezo em relação aos que enfrentam infortúnio e miséria, e estultamente imaginam que Deus os odeia por não exercer sobeja clemência para com eles como o faz em favor dos réprobos. O erro do qual falamos, consiste em que a atitude de se julgar injusta e impiamente é algo que tem prevalecido em todas as eras do mundo.

As Escrituras em muitas passagens clara e distintamente afirmam que Deus, por várias razões, prova os fiéis com adversidades, numa ocasião para exercitá-los à paciência e noutra para subjugar as inclinações pecaminosas da carne, e ainda noutra para purificá-los dos resíduos que restam das paixões da carne, os quais ainda persistem neles; às vezes para humilhá-los, às vezes para fazer deles um exemplo para outros e ainda outras vezes para instigá-los à contemplação da vida celestial”.17 Isto porque, “Riquezas e outros confortos mundanos devem ser vistos como que propiciando alguma experiência do favor e benevolência divinos, mas não se deduz daí que os pobres sejam objetos do desprazer divino; ter um corpo saudável e boa saúde são bênçãos de Deus, porém não devemos conceber que isso constitua prova de que a fraqueza e a enfermidade devam ser consideradas com desaprovação”.18 Quanto ao dinheiro, como tudo que temos provém de Deus, “o dinheiro em minha mão é tido como meu credor, sendo eu, como de fato sou, seu devedor”.19 Somos sempre e integralmente dependentes de Deus: “Um verdadeiro cristão não deverá atribuir nenhuma prosperidade à sua própria diligência, trabalho ou boa sorte, mas antes ter sempre presente que Deus é quem prospera e abençoa”.20
 
Jesus Cristo é quem nos pedirá conta. O mesmo Jesus, que em sua vida terrena viveu de forma sóbria e modesta, combatendo todo excesso, soberba, ostentação e vaidade.

3) A justa graça de compartilhar com alegria

“Notemos bem como podemos ser sempre liberais mesmo quando mergulhados na mais terrível pobreza, se suprimos as deficiências de nossas bolsas pela generosidade de nossos corações” – João Calvino.21

A grandeza de nosso trabalho não está simplesmente no que fazemos, mas como e com qual objetivo o fazemos. É agradável a Deus que através de nosso trabalho a sociedade seja beneficiada.22 Calvino entende que o ato de repartir o que temos consiste em uma prática de justiça relacionada ao propósito de nossa existência: “Assim como não nascemos unicamente para nós mesmos, também o cristão não deve viver unicamente para si mesmo, nem usar o que possui somente para os seus propósitos particulares ou pessoais”. Continua: “Já que dar assistência às necessidades de nosso próximo é uma parte da justiça – e de forma alguma é a menor parte –, os que negligenciam esta parte de seu dever devem ser tidos na conta de injustos”.23 A nossa “riqueza”, ou seja, suficiência, como resultado da bondade de Deus, tem um sentido social: “O Senhor administra em nosso favor tanto quanto nos é proveitoso, às vezes mais e às vezes menos, mas sempre na medida em que ficamos satisfeitos e que vale muito mais do que ter o mundo inteiro e sermos consumidos. Dentro desta suficiência devemos ser ricos para o bem de outrem. Porque Deus não nos faz o bem com o fim de cada um de nós guardar para si mesmo o que recebe, mas para que haja mútua participação entre nós, de acordo com os reclamos das necessidades”.24 A ajuda aos nossos irmãos só se torna possível quando nos despimos da primazia de nossos interesses pessoais; quando renunciamos ao nosso direito em prol do outro.25 “Que esta, pois, nos seja a regra para a benevolência e beneficência: tudo quanto Deus nos dispensou com que possamos assistir ao próximo, somos disso mordomos que estão obrigados a prestar conta de sua mordomia. Essa, afinal, é sobretudo a mordomia correta: a que se amolda à norma do amor. Daí resultará que não só juntaremos ao cuidado de nossa própria utilidade a diligência em fazer o bem ao próximo, mas que também subordinaremos nosso proveito ao dos demais”.26
 
Ajudar aos necessitados deve ser entendido não como a perda de algum bem, antes, como um privilégio que é-nos concedido pela graça de Deus, que nos capacita a sermos generosos e a suportar com paciência as tribulações. “Os membros de Cristo têm o dever de ministrar uns aos outros, de modo que, quando nos dispomos a socorrer nossos irmãos, não fazemos mais do que desempenhar o ministério que é também dever deles. Por outro lado, negligenciar os santos, quando necessitam de nosso socorro, é algo mais do que apenas ausência de bondade; é usurpá-los daquilo que lhes é devido”.27 Em outro lugar: “Ainda que seja universalmente consensual que prestar ajuda ao necessitado é uma virtude louvável, nem todos os homens consideram o dar uma vantagem, tampouco o atribuem à graça de Deus. Ao contrário, acreditam que alguma coisa sua, ao ser doada, perdeu-se.28 No entanto, Paulo declara que quando prestamos auxílio aos nossos irmãos, devemos atribuí-lo à graça de Deus, e devemos considerá-lo um extraordinário privilégio a ser ardorosamente buscado. (…) Os homens rapidamente fracassam quando não são sustentados pelo Espírito do Senhor, que é o Autor de toda consolação, e uma inveterada carência de fé confiante nos permeia e nos mantém afastados de todos os deveres de amor até que superemos tudo isso pela graça do mesmo Espírito”.29 Pregando em 30 de outubro de 1555, disse: “Deus mescla rico e pobre de um modo que eles podem se reunir e manter comunhão, de maneira que o pobre recebe e o rico dá”.30

No entanto, esta ajuda não poderá ser com arrogância; antes deve ser praticada com amor, prontidão, humildade, cortesia, simpatia e alegria. Aliás, somente assim as nossas esmolas se constituem em sacrifício agradável a Deus: “A esmola é um sacrifício agradável a Deus. Pois quando diz que Deus ama ao doador contente, ele deduz o contrário, ou seja: que Deus rejeita o constrangimento e a coerção. Não é sua vontade dominar-nos como tirano; ele nos revela como Pai, portanto requer de nós a espontânea obediência de filhos”.31

Todavia, Calvino constata com tristeza:

Quase ninguém é capaz de dar uma miserável esmola sem uma atitude de arrogância ou desdém. (…) Ao praticar uma caridade, os cristãos deveriam ter mais do que um rosto sorridente, uma expressão amável, uma linguagem educada.

Em primeiro lugar, deveriam se colocar no lugar daquela pessoa que necessita de ajuda, e simpatizarem-se com ela como se fossem eles mesmos que estivessem sofrendo. Seu dever é mostrar uma verdadeira humanidade e misericórdia, oferecendo sua ajuda com espontaneidade e rapidez como se fosse para si mesmos.

A piedade que surge do coração fará com que se desvaneça a arrogância e o orgulho, e nos prevenirá de termos uma atitude de reprovação ou desdém para com o pobre e o necessitado.32

Em nossa beneficência, nada devemos esperar em troca, ainda que esta seja uma prática comum. Aliás, “quando damos nossas esmolas, nossa mão esquerda deve ignorar o que a mão direita fez”.33 Comentando o Salmo 68, ele enfatiza que o Deus da glória é também o Deus misericordioso; em seguida observa a atitude pecaminosa comum aos homens: “Geralmente distribuímos nossas atenções onde esperamos nos sejam elas retribuídas. Damos preferência a posição e esplendor, e desprezamos ou negligenciamos os pobres”.34 E quanto à ingratidão tão comum ao gênero humano? Bem, em nossa ajuda aos nossos irmãos não devemos nos preocupar com isso, visto que “ainda que os homens sejam ingratos, de modo que pareça termos perdido o que lhes damos, devemos perseverar em fazer o bem”.35 E mais: “…. não dependemos da gratidão humana, e, sim, de Deus que se coloca no lugar do pobre como devedor, para que um dia venha restituir-nos cheio de solicitude, tudo quanto distribuímos…”36

4) O valor de cada um
As pessoas devem ser avaliadas não pelo seu dinheiro, mas por sua piedade. Os piedosos aprendem a reverenciar e a imitar os genuínos servos de Deus:

Aprendamos, pois, a não avaliar uma pessoa pelo prisma de seu estado ou seu dinheiro, nem pelo prisma de suas honras transitórias, mas avaliá-la pelo prisma de sua piedade ou de seu temor a Deus. E certamente que ninguém jamais aplicará verdadeiramente seu intelecto ao estudo da piedade que, ao mesmo tempo, também não reverencie os servos de Deus; da mesma forma, por outro lado, o amor que nutrimos por eles nos incita a imitá-los em sua santidade de vida.37

E. SOCORRO E ORAÇÃO
Da Oração do Senhor, Calvino extrai o princípio de que devemos nos preocupar com todos os necessitados. Contudo, sabendo da impossibilidade de conhecermos a todos e de termos recursos para ajudar a todos os que conhecemos, ele diz que a ajuda não exclui a oração nem esta àquela. Portanto devemos orar por todos:

O mandamento de Deus que nos compele a socorrer a indigência dos pobres é mandamento geral. E, todavia, os que obedecem a esse mandamento e com este fim fazem misericórdia estendendo seus bens a todos os que eles veem ou sabem que têm necessidade, não obstante não dão ajuda a todos os que têm igual necessidade, ou por não poderem conhecê-los a todos, ou porque não têm meios suficientes para supri-los. De igual modo, não contrariam a vontade de Deus aqueles que, considerando e tendo em mente a sociedade comum da igreja, a comunidade cristã, fazem uso das orações particulares por meio das quais, com palavras particulares, mas com espírito amplo e afeto comum, encomendam a Deus a si mesmos ou outros, cuja necessidade Ele lhes quis dar a conhecer mais de perto. Se bem que nem tudo que diz respeito à oração é semelhante a fazer caridade. Porque não podemos socorrer com os nossos bens senão aqueles cuja pobreza conhecemos, mas podemos e devemos ajudar pela oração mesmo aqueles dos quais não temos conhecimento, e que estão distantes de nós por qualquer distância que haja no tempo ou no espaço. Isso se faz por causa da amplitude geral das orações, amplitude que abrange todos os filhos de Deus, no número dos quais eles também estão incluídos.38

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1João Calvino, Exposição de 2 Coríntios, (2Co 8.4), p. 169.
2J. Calvino, As Institutas (2006), III.10.5. Veja-se também John Calvin, Commentaries on The First Book of Moses Called Genesis, Grand Rapids, Michigan: Eerdamans Publishing Co., 1996 (Reprinted), vol. 1, (Gn 2.15), p. 125.
3Juan Calvino, El Señor dio y El Señor quito: In: Sermones Sobre Job, Jenison, Michigan: T.E.L.L., 1988, (Sermon nº 2), p. 42.
4João Calvino, As Institutas, III.7.5.
5João Calvino, Exposição de 2 Coríntios, (2Co 9.11), p 193-194.
6“Confesso, deveras, que não sou pobre; pois não desejo mais além daquilo que possuo” (João Calvino, O Livro dos Salmos, vol. 1, p. 46). “Nossa cobiça é um abismo insaciável, a menos que seja ela restringida; e a melhor forma de mantê-la sob controle é não desejarmos nada além do necessário imposto pela presente vida; pois a razão pela qual não aceitamos esse limite está no fato de nossa ansiedade abarcar mil e uma existências, as quais debalde sonhamos só para nós” (João Calvino, As Pastorais, (1Tm 6.7), p. 168).
7Juan Calvino, El Uso Adecuado de la Afliccion: In: Sermones Sobre Job, Jenison, Michigan: T.E.L.L., 1988, (Sermon nº 19), p. 227. “Certamente, o marfim, o ouro e as riquezas são boas criaturas de Deus, permitidas, e até destinadas ao uso dos homens; também em nenhum lugar se proíbe ao homem rir ou fartar-se ou adquirir novas propriedades ou deleitar-se com instrumentos musicais ou beber vinho. É certo. Mas, quando alguém goza abundância de bens, se ele se deixar envolver pelas coisas que lhe causam deleite, embriagar sua alma e seu coração com os prazeres desta vida e viver buscando outros novos, muito longe estará do uso santo e legítimo dos dons de Deus” (João Calvino, As Institutas da Religião Cristã: edição especial com notas para estudo e pesquisa, São Paulo: Cultura Cristã, 2006, vol. 4, (IV.14), p. 96-97. Ver também: João Calvino, O Livro dos Salmos, vol. 1, (Sl 30.6), p. 631; As Pastorais, (1Tm 6.17), p. 181.
8João Calvino, As Pastorais, (1Tm 6.6), p. 168. “Todos quantos têm como seu ambicioso alvo a aquisição de riquezas se entregam ao cativeiro do diabo” (João Calvino, As Pastorais, (1Tm 6.8), p. 169).
9Veja-se: João Calvino, A Verdadeira Vida Cristã, p. 60.
10João Calvino, As Institutas da Religião Cristã: edição especial com notas para estudo e pesquisa, São Paulo: Cultura Cristã, 2006, vol. 2, (II.4), p. 26. Esta mesma linha de argumentação é seguida em outro lugar: “Onde, pois, o temor de Deus não é prevalecente, a confiança na prosperidade consiste no menosprezo e motejo de sua imensurável munificência. Segue-se disso que aqueles a quem Deus tem poupado nesta vida receberão sobre si a aplicação de um castigo mais severo, visto que têm adicionado sua rejeição ao convite paternal de Deus a suas demais perversidades. Ainda que todos os favores divinos sejam inumeráveis provas de sua paternal bondade, todavia, visto que às vezes ele tem diferentes objetivos em vista, os ímpios se equivocam ao vangloriar-se de sua prosperidade, como se fossem bem-amados de Deus, ao mesmo tempo em que este paternal e liberalmente os sustenta” (João Calvino, Romanos, 2. ed. São Paulo: Parakletos, 2001, (Rm 2.4), p. 81-82). Ver também: João Calvino, O Livro dos Salmos, vol. 1, (Sl 17.14), p. 346.
11João Calvino, O Livro dos Salmos, vol. 2, (Sl 62.10), p. 580.
12João Calvino, As Pastorais, (1Tm 6.10), p. 170.
13João Calvino, O Livro dos Salmos, vol. 1, (Sl 30.6), p. 633.
14João Calvino, As Pastorais, (1Tm 6.17), p. 182.
15“…. a glória de Deus deve resplandecer sempre e nitidamente em todos os dons com os quais porventura Deus se agrade em abençoar-nos e em adornar-nos. De sorte que podemos considerar-nos ricos e felizes nele, e em nenhuma outra fonte” (João Calvino, O Livro dos Salmos, vol. 2, (Sl 48.3), p. 356).
16João Calvino, O Livro dos Salmos, vol. 1, (Sl 17.14), p. 346. Pelo contrário, em outros lugares, ele diz: “Se, então, nós temos cometido fornicação contra Deus, toda nossa prosperidade deveria ser mantida sob suspeição; por esta desobediência, abusando das bênçãos de Deus” (John Calvin, Calvin’s Commentary, Grand Rapids, Michigan: Baker Book House, 1996 (Reprinted), vol. XIII, (Os 9.1) p. 309). “Prosperidade é como mofo ou a ferrugem” (John Calvin, Calvin’s Commentary, vol. XV, (Zc 13.9) p. 403).
17João Calvino, O Livro dos Salmos, vol. 2, (Sl 41.1), p. 240-241.
18João Calvino, O Livro dos Salmos, vol. 3, (Sl 91.15), p. 458.
19João Calvino, O Livro dos Salmos, vol. 2, (Sl 56.12), p. 504.
20João Calvino, A Verdadeira Vida Cristã, p. 42.
21João Calvino, Exposição de 2 Coríntios, (2Co 8.2), p. 167.
22Cf. John Calvin, Commentary on a Harmony of the Evangelists, Grand Rapids, Michigan: Baker Book House, 1996 (Reprinted), vol. 2, (Mt 25.24), p. 444.
23João Calvino, Exposição de 2 Coríntios, (2Co 9.10), p. 193.
24João Calvino, Exposição de 2 Coríntios, (2Co 9.8), p. 191.
25Cf. João Calvino, As Institutas, III.7.5.
26J. Calvino, As Institutas (2006), III.7.5. Ver também André Biéler, O Humanismo Social de Calvino, p. 72-74.
27João Calvino, Exposição de 2 Coríntios, (2Co 9.1), p. 186-187. Beza narra que com o grande crescimento da igreja em Genebra, composta intensamente de imigrantes, “deu azo a que os estrangeiros que aqui vinham radicar-se formassem uma associação com vistas a subvencionar as diretas necessidades de seus pobres, para que a cidade não fosse sobrecarregada em demasia” (Theodoro de Beza, A Vida e a Morte de João Calvino, p. 38).
28Quando fazemos o bem nada perdemos; é Deus mesmo que nos recompensará, na eternidade e aqui: “O que sai de nós para alguém, parece diminuir o que possuímos; mas o tempo da ceifa virá, quando os frutos aparecerão e serão recolhidos. Pois o Senhor considera o que é doado aos pobres como sendo doado a ele mesmo, e um dia reembolsará o doador com fartos juros. (…) Esta colheita deve ser entendida tanto em termos de recompensa espiritual de vida eterna como também uma referência às bênçãos terrenas com as quais o Senhor agracia o benfeitor. Não é somente no céu que o Senhor recompensará os feitos nobres do justo, mas o fará ainda neste mundo” (João Calvino, Exposição de 2 Coríntios, (2Co 9.6), p. 189).
29João Calvino, Exposição de 2 Coríntios, (2Co 8.1), p. 166.
30João Calvino, Sermon Dt 15.11-15 (Sermão 95): In: Herman J. Selderhuis, ed. Calvini Opera Database 1.0, Netherlands: Instituut voor Reformatieonderzoek, 2005, vol. 27), p. 342.
31João Calvino, Exposição de 2 Coríntios, (2Co 9.7), p. 190. Comentando Romanos, analisando uma possibilidade de interpretação da palavra “liturgia” empregada por Paulo, ele escreve: “Paulo, estou plenamente certo, está se referindo a algum tipo de sacrifício feito pelos crentes, quando dão de sua própria subsistência para mitigar a pobreza de seus irmãos. Ao quitarem uma dívida de amor, à qual se achavam penhorados, oferecem a Deus, ao mesmo tempo, um sacrifício de aroma suave” (João Calvino, Romanos, 2. ed. São Paulo: Parakletos, 2001, (Rm 15.27), p. 514-515).
32João Calvino, A Verdadeira Vida Cristã, p. 39.
33John Calvin, Calvin’s Commentaries, Grand Rapids, Michigan: Baker Book House Company, 1996 (Reprinted), vol. XVIII, (At 5.1), p. 196.
34João Calvino, O Livro dos Salmos, vol. 2, (Sl 68.4-6), p. 645.
35João Calvino, Exposição de 2 Coríntios, (2Co 8.10), p. 173. “É realmente verdade que não há nada que fira tanto os que possuem uma disposição mental ingênua que quando os perversos e ímpios os recompensam de forma um tanto desonrosa e injusta. Mas quando ponderam sobre esta consoladora consideração, de que Deus não é menos ofendido com tal ingratidão do que aqueles a quem se faz a injúria, eles não têm nenhuma justificativa de se magoarem com tanto excesso” (João Calvino, O Livro dos Salmos, vol. 2, (Sl 38.19-20), p. 192).
36João Calvino, Exposição de 1 Coríntios, (1Co 16.2), p. 500.
37João Calvino, O Livro dos Salmos, vol. 1, (Sl 15.4), p. 294. Vejam-se também: João Calvino, O Livro dos Salmos, vol. 1, (Sl 17.14), p. 346; vol. 2, (Sl 41.1), p. 240-241.
38João Calvino, As Institutas da Religião Cristã: edição especial com notas para estudo e pesquisa, São Paulo: Cultura Cristã, 2006, vol. 3, (III.9), p. 121.

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